Impressões semanais: Vividred Operation 9 – 24 minutos de puro Wakamari shipping

-Nã…não é como se eu tivesse colocado essa imagem só pra chamar a sua atenção, ok? 

      
-Wakaba decide levar Himawari para uma visita ao novo reator, com a condição de que ela saia para passear na rua usando um vestido novo em troca. Lá, elas encontram Akane e Aoi, que a está ajudando em seu trabalho de meio período. Após se despedirem, Wakaba e Himawari vão para o Shopping, onde são abordadas por representantes de uma revista, que propõem uma sessão de fotos com Himawari. Wakaba aceita. No dia seguinte, as garotas estão na sala de aula comentando sobre a possível estréia de Himawari como modelo, quando Wakaba entra na sala anunciando que os editores da revista adoraram as fotos e estão interessados em assinar um contrato com a mesma. Himawari se decepciona com Wakaba por ter marcado a sessão de fotos no mesmo dia da visita ao reator e sai correndo da sala de aula. Wakaba logo percebe o panfleto e corre atrás dela para pedir desculpas. Himawari aceita fazer a sessão de fotos, mas com a condição de que Wakaba seja sua serva por um dia. Himawari acaba dormindo durante o intervalo, e a staff da revista decide trocar seus grampos de cabelo por outros para combinar com seu próximo vestido. Wakaba vê os grampos em cima da mesa e guarda em seu bolso. As duas garotas e toda a staff se abrigam da no interior do shopping. Himawari percebe que seus grampos sumiram, e vai à praia procurá-los. Wakaba vai atrás dela novamente para assegurá-la de que os grampos estão seguros. Um alone aparece, e as duas se transformam. Enquanto isso, Vividblue está tentando abrir caminho até ele, mas é impedida pelo seu “bombardeio cinético”. Himawari e Wakaba chegam ao local para dar apoio, possibilitando Vividblue a dar o golpe final. Ao fim do episódio, Himawari poe Wakaba a par do fato de que já reservou excursões em fábricas para o ano todo, enquanto Rei mais uma vez se reafirma sua determinação em um lugar conveniente.
-Mil desculpas pelo resumo gigantesco, mas esse episódio foi estupendo, por isso entrei tanto em detalhes. Por onde começar? Hum…primeiro a cena pré-abertura.
-Aquele prólogo me deixou aturdido. Eu jurando que aquela voz pertencia à mãe da Himawari, e a câmera corta a cena e mostra a Wakaba de costas. Excelente trabalho das Seyuus, tanto a da Wakaba com a voz de mãe preocupada com a filha quanto a Himawari respondendo em um tom enpivetado. Nota 10. Um fanservice básico para quem queria saber os detalhes íntimos da amizade entre as duas. Vemos também como isso afeta o modo de vida da Himawari ao apurar a informação de que ela limpa o seu quarto toda semana. Não só limpa o seu quarto como clareia o ambiente, demovendo Himawari de seu estilo de vida Hikikomori . E ela já faz isso de forma cabalmente natural, como se já fosse pré-estabelecido que a sua presença é absolutamente necessária naquele recinto. Ah, como eu queria que o anime tivesse 2-cours. Eu queria ter visto essa evolução gradativa da amizade entre as duas com mais detalhes, não só ficando no fanservice shoujo-ai, mas explorando o lado emocional também.

-Wakaba, é claro, sai por aí ostentando Himawari como um troféu, e se sente orgulhosa da atenção que ela atrai. Pode olhar, mas tenta dar em cima dela pra você ver o que acontece:
Sai de perto, pênis ambulante!
É disso que eu to falando! Espanta esses cuecas pra longe, Wakaba!  Não deixe eles macularem sua querida Himawari. É interessante como o comportamento de Himawari muda quando está na rua. Dentro de casa, Wakaba é aquela chata que fica mexendo nas coisas dela. Fora, a história é outra. Ela não consegue largar da barra da camisa dela de tão embaraçada que está.
-Não é muito importante, mas descobrimos que o pai da Aoi é o dono do shopping. Novamente digo que queria que o anime tivesse 2-cours. Essa falta de contextualização familiar das Vivids (com excessão da Akane) é algo que pra mim seria um plus no aproveitamento do anime e na avaliação. A família é a base de tudo. É muito mais fácil de entender uma personagem quando a família está inserida em sua vida corriqueira. O caso da Wakaba talvez não seja muito interessante de ser abordado, mas eu realmente me embeveceria se certa ênfase fosse dada em como a família de Himawari lida com seu sedentarismo e como a família de Aoi lida com sua doença. A carência de atenção paterna/materna por parte de Aoi seria um tema interessante a se explorar, e contribuiria para criar mais camadas para sua personagem.
-Não basta o shipping dos fãs e dos criadores, as próprias personagens já estão se shippando umas com as outras. Aiaiai, isso é demais pro meu coração. Top quality service.

-Não bastava Wakaba carregar um vestido para emprestar às amigas, e ela ainda assina uma revista chamada “Girl’s nature”. Wakaba, você poderia ser menos óbvia, não é? Daqui a pouco vai estar competindo com a Tomoyo em termos de ser agressiva e deixar suas preferências sexuais claras. Porém, ela ainda tem um longo caminho pela frente, visto que não é capaz de interpretar as reações de Himawari muito bem. 
-Nessa cena em específico, eu não consegui prever o rumo que ia tomar. Normalmente, um desentendimento (seguido de alguém correndo) pode levar a dois caminhos:
1) O clímax da história, com o garoto no caso correndo atrás da garota e a segurando pelo pulso, declarando seu amor e blábláblá.
2) Um entrave temporário na comunicação, quando o garoto se sente tão culpado/frustrado que lhe falta a coragem para pedir desculpas. Ele tenta ligar para ela, mas o número está fora de área, vai na casa dela e ela não responde, e mais tarde algum evento inusitado faz com que eles se reconciliem.

-Na minha concepção, a narrativa iria seguir pelo segundo caminho, pois o episódio estava na metade, e era muito cedo para um eventual clímax. O que aconteceu foi algo totalmente fora do que estava previsto. Himawari aceitou o convite em troca de um favor.
-Wakaba não parece estar muito descontente com essa “punição”. E Himawari nem desconfia do porquê.
-E esse aqui é o “clímax” do episódio. Himawari valoriza tanto os grampos que Wakaba lhe deu de presente que voltou à praia para procurá-los. Infelizmente a maré subiu, mas mesmo assim ela entrou na água. E pra mim, o episódio acabou nessa cena. Tudo o que se seguiu passou a não importar mais. Alguns vão achar melodramático, eu também achei um pouco. Não é um dos melhores episódios românticos já feitos em anime. Julgando por uma perspectiva técnica, é até meio improvisado, amador e clichê ela perder um objeto importante,  ir procurá-lo, e convenientemente o objeto ser um presente da Wakaba, mas convenhamos que só pelos momentos “HNNNNGGGGGG!” que a Himawari proporcionou. 

Oh no! The Animation budget has run out!
-Não é fácil encontrar shoujo-ai decente, então temos que nos virar com alguns episódios esporádicos, não é mesmo? E Mahou Shoujo é o gênero perfeito para isso. Os tempos em que garotas mágicas tinham namorados acabaram. De que adianta namorar um Zé-ruela que está em um patamar completamente diferente do seu e não pode fazer nada para ajudar nas suas batalhas (me refiro aos Mai-himes e superpigs da vida). Na maioria dos casos, os personagens masculinos objetos de afeto são apenas “wish-fullfilling” da parte dos otakos para que eles achem que uma mulher repleta de dotes e qualidades vai dar atenção a eles simplesmente por existirem. Para isso já foi criado o gênero “Magical girlfriend”, em que uma garota cai no colo do protagonista sem razão aparente e se apaixona pelo protagonista genérico por um motivo esdrúxulo. Não, não, rapaz. Lugar de homem em Mahou Shoujo é no banco de reservas.
-Só um adendo. Considerando a construção do episódio, o ataque do alone seria o momento perfeito para que Himawari e Wakaba de alguma forma burlassem o Vivid system e fizessem docking. Cortando algumas cenas aqui e acolá, seria bem plausível encaixar esse docking alternativo no episódio. A explicação? O poder da amizade delas cresceu, simples assim. É um tema recorrente em Mahou Shoujo, logo não seria de todo ilógico.

Até a próxima.