Impressões semanais: Vividred Operation 12 – Quando a direção perde o embalo

-Esse episódio foi satisfatório, mas não muito entusiasmante a meu ver.


Quadros como esse foram brochantes nos primeiros minutos
-Os primeiros 10 minutos sofreram com uma direção defasada e pouco criativa. Considerando o clima de tensão ao fim do último episódio, seria esperado que as garotas partissem de imediato a fim de interceptar e obliterar a ameaça. Tudo bem que era necessário que a Akane tivesse seus minutos de lamúria, mas elas se delongaram demais para tomar uma decisão, tendo em vista que o Alone já havia se posicionado logo acima do motor de manifestação. Todo aquela acomodação e desespero por parte do Dr.Isshiki e das garotas simplesmente não convenceu. Não é assim que funciona, eles inverteram a ordem natural das cenas e como consequência jogaram qualquer chance de emular alguma tensão pela janela. Primeiro todas as garotas mágicas precisam enfrentar o chefe final com todas as suas forças fazendo uso das técnicas mais poderosas até então, para depois serem derrotadas e perderem a esperança. Qualquer um que assistiu Precure ou Sailor Moon sabe disso. Até o canalha do Urobuchi esperou todas as suas garotas mágicas serem mortas para em seguida introduzir o desespero. Yoshino não estudou o gênero com afinco, como evidenciam esses erros amadores.

-Ponto positivo para a participação do exército na exterminação do último Alone. Ao contrário das meninas, eles ainda se valiam de algum senso de urgência. Mas a cena perde impacto se considerarmos a ação que se segue à mesma.


Sério que as transformações anteriores ainda tem esse potencial? E sério que a mamãe corvo não tentou, por exemplo, se deslocar ou contrair as asas de modo a impedir a entrada de Akane no seu núcleo? Sinto como se estivesse assistindo Dragonball Z, onde os vilões esperam o Goku lançar o Kamehameha ao invés de desviar do ataque.  Ela deveria ser o maldito final boss do anime, e mesmo assim está perdendo para o Alone do episódio 8 em termos de dificuldade. Não houveram entraves, obstáculos, foi tudo muito direto e desobstruído. Nem as cenas de trabalho em equipe em que as garotas caíam e estimulavam Akane a seguir em frente me convenceram (ao contrário dessa aqui). Me pergunto o que a direção estava pensando. Imagino que toda a verba tenha convergido para a transformação da Vividred (que comparada às outras, foi até bem simples) e para o olho de Hórus da mamãe corvo.


-Eles estavam tão fartos de referenciar Madoka que a técnica especial da Vividred foi um soco ao invés dos previsíveis arco e flecha. A essa altura nem me importo mais, pois já satisfiz minhas necessidades de boas sequências de ação assistindo o filme de Nanoha A’s (muito bom o filme, inclusive) que ocupam um tempo considerável da exibição (quase uma hora inteira de ação, se não me engano). Quando um Mahou Shoujo com poucos elementos para se redimir começa a decepcionar na execução dos mesmos, é porque já está na hora deste ser esquecido no tempo e dar passagem a outros projetos mais ambiciosos e dedicados. Vividred foi bom nos episódios iniciais, mas à medida que a narrativa avançava, o “efeito Docking” se esvaiu e a falta de criatividade e esforço por parte da produção foi ocupando os holofotes. Realmente uma pena, pois tinha um potencial imenso para se destacar em uma temporada como essa.

-Adios, Vividred. Mais um anime concluído.