-Maio foi um daqueles em que eu não vi nada do que disse que iria ver e a lista ficou relativamente curta.
1)Valvrave the liberator (episódios 4-8)
-Valvrave não teve um começo muito bom no que concerne as qualificações de personagem, lógica de enredo e criatividade. Melhorou? Não sei dizer, mas que ficou divertido pra caralho, ficou. Desde a Shouko com suas truanices, o Moisés abrindo o caminho entre os estudantes, o Haruto sendo sacaneado a todo instante e o L-elf prevendo o futuro e arremessando nossas suspensões de descrença pela janela, é fácil perceber que o Ookouchi se encontra em um frenesi de libertinagem enquanto constrói e desconstrói os atores desse repertório das mais variadas formas possíveis, lapidando a narrativa aos poucos em paralelo com a comédia (tanto a voluntária como o involuntária). Valvrave só precisa ter um pouco mais de cuidado com a forma que tenta introduzir seus personagens, às vezes muito desinteressante. Ninguém se importa se o presidente do conselho estudantil quer monopolizar os Valvraves ou não, Ookouchi! Só falta acertar um pouco mais esse aspecto e quem sabe melhorar as batalhas (poderiam introduzir um combate melee a la Gundam Seed com sabres de luz e tudo mais). Dito isso, é o anime que eu mais espero semanalmente. Deixo aqui a sugestão de leitura de um post muito bom do blog gringo Moesucks: Valvrave the Liberator Ep. 1-6: I know I am hero!
2) Shingeki no Kyojin (episódios 5-8)
-O excesso de quadros estáticos neste aqui se fez notar muito mais nesses 4 últimos episódios a ponto de incomodar inclusive a mim, e numa dessas alguém intercedeu a favor da produção afirmando que os animadores estão em falta (imediatamente fui pesquisar, e realmente estão). Pessoalmente, desde 2011 esse estúdio vem me decepcionando, logo está longe de ser um dos meus favoritos, ainda mais sem animadores. Não obstante, em termos de entretenimento, SnK está muito acima da média das outras obras que acompanhei nesse meio tempo, e mesmo sem a devida animação consegue impressionar, não por uma qualidade de roteiro excepcional ou personagens ultracarismáticos (muitos deles necessitam de um maior desenvolvimento ainda, incluindo os três principais, mas estão no caminho certo), mas pela direção que enfatiza a dramatização, brinca com o desespero do elenco e diversifica os titãs impulsionando uma onda de memes e fanarts muito acima da média de qualquer anime nos últimos 2 anos. Quando você aprendi a rir dos personagens com aquelas sombras exageradas em torno dos olhos com o semblante de desistência e esquece de que teoricamente deveria sentir pena dos mesmos, fica muito mais fácil aproveitar a carnificina titânica. Shingeki no Kyojin é meio bobo nessas caracterizações e em exacerbar algumas mortes (de outra forma não seria tão popular), e sempre me surpreende como as reações alheias divergem das minhas no sentido de se envolverem emocionalmente. O Carlírio até chorou no primeiro episódio, abençoado seja.
3) Hentai Ouji to Warawanai Neko (episódios 4-7)
-Henneko vem me surpreendendo positivamente desde o episódio 2. Os episódios 4 e 5 escorregaram um pouco, mas o 6 e 7 se destacaram tanto em sutileza, execução e excelência que o anime acabou subindo posições nessa lista. Tudo é tão premeditado e consistente que é difícil não aplaudir os culhões do autor. O arco do apocalipse foi trabalhado com sensibilidade e ainda conseguiu balancear esta com o fanservice e os momentos HNGGGGGGG do elenco feminino. Até a onee-chan teve o seu momento fuwafuwa com aquele beijo no rosto do Yokodera. Personagens simples mas bem manipulados podem alavancar a qualidade consideravelmente.
4) Dokidoki Precure (episódios 14-17)
-Dokidoki não teve picos ou vales consideráveis de qualidade, exceto talvez pelo episódio 15 (ao menos foi introduzida a nova técnica). Uma personagem que vem se destacando ultimamente é a Regina (do meu avatar) em se tratando de sua personalidade e como a mesma influencia e é influenciada pelas garotas, o que a torna uma potencial aliada em um futuro próximo ou distante. Precure vem se mantendo como uma série que é um misto de episódica e por arcos, onde há sempre um elemento (no caso os royal crystals) que evidenciam algum progresso narrativo. O próximo mês deve ser intenso, espero uma melhora considerável na animação com o provável primeiro grande confronto que deverá se dar lá pelo episódio 20 e poucos. E sim, eu vou voltar aos posts semanais.
5) Hataraku Maou-Sama (episódios 5-8)
-Ultimamente Maou vem me proporcionando Mixed feelings. Sabe quando a premissa de um enredo se “esgota”? É o que parece estar acontecendo. Por vezes, este parece estar em recorrência de alguns eventos anteriores e idéias já utilizadas, tanto que nem sei mais o que dizer nos posts semanais além de algumas anedotas e cenas, parece que todo o “grosso” do enredo já foi feito. O “build-up” para o fim do arco já não tem a mesma qualidade, a mesma criatividade dos 4 primeiros episódios. É possível que seja apenas um arco mediano que não compromete a light novel como um todo, mas o anime tem apenas 1 cour, aí complica. Não é uma queda de qualidade extrema, pois ainda é engraçado, apenas não mais tão forte tematicamente.
6) Majestic Prince (episódios 5-9)
-Majestic Prince funciona bem na proposta de cinco adolescentes idiotas e fracassados pilotando mechas contra seres espaciais desconhecidos, e um exemplo disso foi o filme pornô no episódio 5, que quase me fez cair da cadeira. Quando eles entram no Plot é que as coisas complicam um pouco. O que foi aquele episódio 7? Aqueles vilões pareciam ter saído diretamente dos mechas infantis do início dos anos 90 e focar nos mesmos faz pouco sentido, pois eles tem pouco a acrescentar. O cara de cabelo branco cismou com o Izuru sabe-se-lá porque e ah, ele estupra mulheres para quem não sabe. As dinâmicas entre os personagens continuam boas, o difícil é fazer os vilões calarem a boca. O time doberman nos episódios 5 e 6 foi uma adição positiva, principalmente no que se refere aos diálogos entre o líder deles e o Izuru, que estava acostumado a ser tratado como inferior por todos os estudantes e viu ali um companheiro simpático e humilde, mas desconfio que eles serão esquecidos em breve. O drama não funciona muito bem por se focar demais no fato de que eles perderam as memórias e chamar atenção para isso em qualquer oportunidade, mas pelo lado positivo já é possível visualizar um princípio de desenvolvimento/conflito interpessoal com a adição de uma nova personagem e a suposta atração de Kei por Izuru. Agora as coisas devem começar a andar.
7)Suisei no Gargantia (episódios 5-8)
-Gargantia tem o problema de não saber intercalar a caracterização dos personagens com o andar da trama, e a prova disso é que mesmo com 2/3 do anime já concluídos ainda não sabemos quase nada sobre os mesmos. A estadia de Ledo, por outro lado, parece que durou muito pouco, e mesmo assim a produção se deu ao luxo de animar um episódio de praia. Ledo partiu, mas continua uma existência distante sob a qual os “gargantianos” tem de manter vigília, e eu por conseguinte não consegui me afeiçoar a quase ninguém naquela civilização, nem mesmo a Ridget que teve um episódio só para ela. Suspeito que Gargantia se faça valer apenas pelos plot twists ao seu término. Olhando como conjunto, realmente não parece ser o tipo de obra para a qual Urobuchi seja adequado.
Personagem do mês – Rukino Saki
-Realmente não consegui pensar em nenhum outro para ocupar esse pódio. Desde o segundo episódio ela tem chamado minha atenção, e sua estréia no sexto foi incrível, conquistando o público com sua ousadia, impetuosidade e obstinação. Saki é uma mulher que sabe o que quer, e agarra a oportunidade quando a vê, não se intimidando perante as críticas alheias. Forte, independente e feminina, ela brilha em seu próprio palco.