Impressões semanais: Kamisama no Ina Nichiyoubi 03: O último suspiro de um imortal.
“Deus é uma criança com uma fazenda de formigas e uma lupa” de John Constantine.
Chegamos ao fim do primeiro arco e infelizmente inicio dos meus pesares. Algumas decisões e atitudes tomadas por personagens no episódio passado foram bastante questionadas não só nos comentários daquela resenha, mais em outros locais de debate. O que se presencia nesse terceiro episódio é novamente essas e outras inconsistências saltando a tela na esperança de serem ignoradas.
O que fizeram com você, Yui? Ok, esta é apenas a segunda vez que este personagem aparece e já temos toda sua base construída desmoronada em apenas alguns minutos. Na verdade, é como se todo o drama aparente no segundo episódio tivesse sido deletado do roteiro e um novo Yui surgiu. Um Yui que não se lembra de sua vingança, um Yui que elogia o amigo que matou sua esposa, que vai salvá-lo na hora do perigo. Sinceramente, não sei qual será a finalidade deste personagem agora que justamente a ferramenta que iria desenvolvê-lo se foi. E isso me decepciona, pois o mesmo tinha um grande potencial.
MFW quando vi essa cena. Desde quando ela é tão hábil assim? |
Hampnie morreu e com ele algumas perguntas sem respostas. Não sabemos como foi sua relação com a mãe de Ai, o porquê de uma hakamori começar a nutrir sentimentos por alguém. Não sabemos qual segredo se escondia naquela vila, informação essa que aparentemente só ele devia saber (talvez a Scar saiba). Ficaremos apenas na hipótese de que um imortal enterrado por uma hakamori morre, pois essa informação não foi citada. Certo, animes não precisam ser expositivos e explicativos de mais, só que ele era um imortal, como assim de repente ele pode morrer se for enterrado? Ao menos um diálogo da Scar ou da Ai comentando essa possibilidade seria o suficiente.
Percebam que o Hampnie estava preso a uma cruz invertida. |
Quanto à motivação do Dante, digo, Hampnie, é bonita, romântica, mas não deu o feeling que desejava, dessa vez por causa da direção. O impacto de sua morte não foi sentido com força, pois tanto a revelação, as cenas seguintes dele ao lado de Ai foram rápidas, não deu tempo de sentir nada. Como o Marco comentou comigo antes de eu escrever esse post, era necessário pelo menos mais um episódio para que ocorresse resultado pretendido.
Não, cenas estáticas do pai e da filha juntos não trazem emoção nenhuma. Precisava-se de interação, diálogos, algo que fizesse o espectador realmente sentir que eles eram pai e filha. Imaginem um episódio somente dedicado a isso, uma cena em meio aquela felicidade onde o Hampnie declarasse para Ai seu desejo de ser enterrado, a tristeza dela ao saber a decisão do pai. Pensaram? Perceberam todo o feeling perdido por uma decisão de adaptarem as pressas? Até mesmo aquela última cena, auxiliada por uma boa insert song teria o dobro do efeito se tivesses feito o que citei acima. Foi sim uma boa cena, o único momento inspirador deste episódio. Vou até baixar aquela música quando lançarem.