Impressões semanais: Sekai Seifuku 5
– Asuta, por não ser blogueiro de anime, passa por esse tipo de situação frequentemente. Lucky guy.
Tsundere |
“Segunda tenente Robin. Você sabe quem paga seu salário? Os impostos deste país. Você não acha que deve pedir perdão aos trabalhadores deste país“? Após dois episódios um pouco complexos e interpretativos em demasia, temos aquele episódio light, modesto, que sabe jogar seguro e não vai se arriscar a fazer algum tipo de bobagem que vá contra a proposta do anime ou entrar em caminhos obscuros que destoam do tema central, seja ele qual for (não, eu ainda não sei do que esse anime realmente se trata, se é que trata de alguma coisa com ênfase). Já que o terceiro episódio foi meio “fascista” de acordo com diversas interpretações, faz todo sentido que a organização secreta que luta contra o mal representa o funcionalismo público na escala da sociedade, o que faz sentido, considerando que eles não fizeram nada até agora além de observar (com exceção do começo do episódio).
-Isso não faz parte do funcionalismo público, mas com certeza agrada o público quando acontece. É o velho fanservice, meus queridos. Em Sekai Seifuku, o fanservice é inserido de forma não exatamente “sutil”, mas sim em um nível que não compromete o estruturalismo da escrita narrativa. Em outras palavras, ele não está lá só para ocupar espaço nem é algo que você possa dizer “oh, não esperava isso nesse anime”, tendo em conta que um dos membros do Zvezda é uma loira que vai para a batalha só com uma capa preta, um chapéu, uma máscara e uma calcinha. No caso, o 69 que culminou mais tarde nos tentáculos e no salvamento da White Robin criou uma tensão romântica entre dois personagens que se gostam, mas são inimigos e não sabem a identidade um do outro. Ok, não é lá aquele casal shippavel, até porque os dois são bem simples e não foi dedicado muito tempo à sua caracterização, mas o lado positivo disso é o Asuta estar começando a atuar conforme o jogo de mascarados da Zvezda. O anime não se leva muito a sério, mas vamos ter esperança de que algo mais sombrio e um desenvolvimento de personagem possa esteja planejado, pois esperança é a última que morre.
-Vocês já devem ter percebido que mesmo com as piadinhas sexuais e tal, Sekai Seifuku não é exatamente um anime de “comédia” e não faz isso tão bem a ponto de arrancar risadas, pelo menos do meu ponto de vista. Estamos falando do criador de Darker than black, aquele anime em que as pessoas sem emoções lutam contra outras pessoas sem emoções em um mundo sistematizado. A melhor coisa que ele vai conseguir é uma sátira bem planejada, e as brincadeirinhas provavelmente ficam por conta do cara da Nitro Plus, já que os jogos deles envolve tentáculos e outras analogias sexuais para os leitores terem para o que fapar. Às vezes parece que ele quer ser filosófico mas o mesmo tempo quer tentar aproveitar o slice of life, a segunda parte claramente ofuscada pela primeira, mas enfim, vamos ver no que vai dar.
Nota: 60/100