Impressões semanais: Yowamushi Pedal 18 e 19

-O que todo mundo já sabia que ia acontecer aconteceu: os primeiranistas ganharam. Com isso brados de alegria foram entoados e lágrimas de tristeza foram vertidas, mas tudo isso logo deu lugar a um clima mais estável quando a adrenalina desceu e os ânimos foram aplacados. É como aquele jogo de futebol superemocionante em que dois times adversários empatam e entram no período de prorrogação. Todos estão cansados e sem forças para continuar, e o próprio telespectador também já não aguenta mais e quer que o resultado venha o mais rápido possível. Sim, essa foi uma mera prorrogação do último episódio.

-E como vocês sabem, sempre que o anime não está tratando das corridas, a psique do Onoda reavê o foco principal. Era esperado que alguma merda acontecesse para que ele perdesse a confiança em si mesmo mais uma vez, e pra isso o pedal fez questão de arrebentar. Yowamushi é um anime previsível até demais, então se vocês acharam que alguém não iria acabar aparecendo pra ajudar o Onoda, se enganaram. É de praxe já que toda vez que ele receber um upgrade no equipamento, vai ser logo depois de uma crise, sempre é. O mesmo aconteceu no episódio em que ele recebeu a bicicleta de corrida, embora nesse ele tenha ficado até mais controlado e não tenha ficado tão na cara que a cena foi unicamente para gastar um pouco de tempo, e uma crise logo perto da linha de chegada faz mais sentido que uma crise logo no começo da corrida.

-E para os perdedores há de restar algo, como memórias da volta final ou benditas lesões. Perder é frustrante, eu sei disso, mas a mente humana felizmente não é tão preto no branco assim. Uma derrota não é nada menos que um resultado lógico que engendra vários aspectos, como stamina, força muscular, alimentação, psicológico e outros. Como disse o capitão, esse tipo de coisa pode acontecer e são os pequenos detalhes e não a determinação que decidem que é o vencedor da corrida. Eles estão fazendo o que gostam de fazer, isso que importa.

-Hime Hime, Hime! Suki Suki Daisuki Hime Hime! Kira Kirarin~ Kimi to minna ireba, watashi tte zettai, muteki! Hime Hime, Hime! Suki Suki Daisuki Hime Hime! Como eu estava com saudade dessa música, por Godoka! O próximo passo é criar um anime de Mahou Shoujo com bicicletas, ou quem sabe tanques, já que tudo fica bem com tanques. Nesse episódio, retornamos ao que classificam como “calmaria após a tempestade”.

-Ri dessa cena com vontade, jamais teria esperado algo parecido em Pedal. Porra, Naruko, jamais esperava isso de você, rapaz! Ainda sobre a Kanzaki, faço as palavras da amiga feia dela as minhas: o Onoda vai acabar interpretando isso de maneira errada, é por isso que detesto garotas gentis.

-O negócio é que enquanto o Onoda continuar sendo desse jeito, ele não terá chances com ela e tampouco conseguirá fazer muita coisa sozinho (bem, talvez ele até possa ter, visto que aqui é anime e anime não imita a realidade com exatidão). Ele é o tipo de pessoa que pelo menor motivo que seja já perde a confiança em si próprio, e nessa hora é necessário que alguém esteja por perto para impedi-lo de cometer suicídio psicológico. Às vezes isso pode se tornar um saco pra quem está assistindo, e aposto que tem uma parte considerável que avalia o anime pela personalidade do Onoda, o que não está de todo errado, já que ele tem bastante tempo de tela para alguém do seu porte. O episódio em geral tem um clima bem otimista, mas acaba exacerbando a insegurança do garoto mais uma vez, ao ponto de ele ter uma crise, se recuperar da crise, e depois ter outra crise induzida pelo peso da responsabilidade de usar a camisa com “Sohoku” escrito. É assim, tem que ir lá, conversar com ele, falar que está tudo bem, que ele não fez nada de errado, etc…

-Essa acima foi a segunda parte, é claro. A primeira teve um clima bem mais light e sossegado, com todas aquelas aulas de reforço no sábado e o Naruko se sentindo um bosta diante dos colegas. Espero que nesses últimos 20 episódios o anime possa finalmente engrenar de vez com as competições.