Impressões semanais: Yowamushi Pedal 29, 30, 31 e 32
-Porque é disso que o povo gosta.
Episódio 29
-E se já não estávamos fartos de flashbacks, tivemos mais um que não acrescentou muito ao contexto (não mais do que os anteriores já teriam acrescentado de qualquer maneira). O episódio foi conduzido com o intuito de transpassar um clima poético, melancólico e efusivo, em que Toudou entoava versos sobre o céu azul e ambos conversavam por telepatia, guiados um pelo outro com tamanha adrenalina que não me surpreenderia se algum de vocês visse uma certa alegoria sexual subentendida naquilo ali. Eu não sei dizer o que eu achei, apenas posso alegar que foi uma experiência peculiar, digamos. Para quem estava acostumado às disputas fervorosas e agressivas dos velocistas, essa daí se mostrou bem mais…profunda.
Nota: 68/100
Episódio 30
-Yowamushi não perde a mania de tentar te impressionar com…qualquer coisa. Eu até aceitei porque “de acordo com a legenda”, aquilo era pra ser uma scooter, apesar de parecer uma Honda Biz. Se for mesmo uma scooter (com design diferente do habitual), ela chega a 45km/h no máximo, e julgando como o Imaizumi conseguiu ir rapidamente de 0 a 50km/h no segundo episódio, o que o Fukushima fez é normal para os padrões de Yowamushi, assumindo que ele não estivesse a 80km/h. De qualquer forma, serve como história de fundo.
Da série “Eu já fui menos feio” |
-Eu não sei, mas acho às vezes que o autor de Yowamushi leva a noção de espírito esportivo longe demais. O Fukushima fez o Kinjou capotar e ele não fez nada além de atirar um olhar mal encarado dizendo que não iria desistir nunca; agora o Arakita chega empurrando o cara na máquina de refrigerante e jogando ele no chão e o cara não faz nada além de dizer: “Vamos resolver com uma corrida”. Ainda quero ver um anime de esporte em que os caras ficam putos uns com os outros de verdade.
-Yowamushi não conseguiria manter as corridas minimamente interessantes sem esses recursos de flashback, pois afinal é tudo em CG e depois de tantos episódios, confesso que nem consigo mais me empolgar. De vez em quando eles soltam alguma coisa que vale a pena comentar, e dessa vez foi o Kinjou dando uma de Píndaro, um poeta grego que viveu lá pra 500 a.c. Sua sentença mais conhecida é: “Torna-te quem tu és”, que significa descobrir a si mesmo aos poucos e saber lidar com seus transtornos e derrocadas. Pessoalmente, a frase me agrada por fazer menção ao processo psicológico de toda criatura viva de superar os problemas internos e evoluir. Para o Imaizumi, foi necessária uma recuperação de antigos valores que ele havia inibido durante o crescimento, provavelmente depois da derrota que sofreu de Midousuji. E falando em Midousuji, aposto que teremos flashback no próximo episódio (no momento que escrevo, ainda não assisti ao 31).
Nota: 57/100
Episódios 31 e 32
-Eu achava que o Midousuji ia ganhar, mas o autor preferiu deixar em meio-termo com um empate. E novamente os corredores renovaram sua motivação, seja pelo time ou por si próprios, e aceleraram no final. O empate foi estranho, pois até hoje, pelo menos no que concerne os vencedores, nunca houve nada desse tipo. Não me foi tão excitante quanto aquela vez na partida contra os segundanistas, até porque tenho que confessar que Yowamushi já está se tornando uma experiência repetitiva e não tão aprazível.
Da série “vergonha alheia” |
-Não são apenas personagens repetindo as mesmas lições de moral e os mesmos mantras o tempo inteiro, todos os ângulos e perspectivas possíveis já foram utilizados, restando só o carisma do elenco, que na minha visão precisa urgentemente de uma renovação ou uma situação atípica (de preferência fora das corridas) para se reerguer. O único com esse potencial no momento é o Imaizumi em razão da sua condição psicológica e só. Onoda e Makishima já mostraram seu máximo, Kinjou e Fukutomi estão sempre na mesma, assim como Tadakoro e Imaizumi. Ainda tem algumas poucas cenas como a mãe do Onoda fazendo uma visita e o Naruko falando de cocôs gigantes, mas mesmo assim…
Nota (média): 50/100