Impressões Semanais: Zankyou no Terror 09 e Aldnoah.Zero 11

Preparando-se para o grande clímax!

Depois de 11 longas semanas, estando perto do final, acho que já podemos concluir: tanto Aldnoah quanto Zankyou no Terror foram tremendas decepções. Ao menos para minha pessoa. Vi muitos comentando que Aldnoah foi o primeiro anime mecha a conseguir a cair no gosto de uns e outros, mas no fim o anime não deve conseguir ser recomendável nem dentro do próprio gênero e esse ultimo episódio desastroso mostrou bem o porque.

Zankyou, acaba conseguindo uma semana decente perto do final, mas mesmo assim, o roteiro da série acabou desestruturando todo o anime. No fim, acredito que ainda vá sair mais dividindo opiniões do que como um anime ruim de fato (como Aldnoah provavelmente ficara conhecido), mas comigo o que ficará é um gosto amargo na boca.

Zankyou no Terror Episódio 9: Highs and Lows

E eu confundi o nome do episódio de novo… Enfim, vamos lá.
Devo dar o braço à torcer dizer que eu realmente apreciei esse episódio. Não que a história em si tenha sido algo tão acima da média em relação aos das últimas semanas, mas Zankyou realmente mostrou nesse seus maiores pontos fortes: uma direção e OST impecáveis.
Ainda que Zankyou não tenha uma animação tão acima da média como em sua estreia, ele tem algo ainda mais significativo ao olhar do telespectador: um bom enquadramento e bom da iluminação. Animações cheias de frames são bonitas de se ver, mas mais importante que isso é a construção de uma boa narrativa. É interessante notar por exemplo, como Zankyou faz uso de grandes closes  no rosto de seus personagens, ou mesmo em alguma parte aleatória do corpo. É lógico que este é também um jeito de economizar na animação (nossa amiga Shaft fazia um monte isso em Mekaku City, ainda que sem o mesmo efeito) no entanto, dentro do contesto da obra, a sensação que esse enquadradamente dá é claustrofóbica, ainda mais somada ao ambiente escuro (como foi na primeira metade do episódio).

Então, aqui entra também o recurso da iluminação. Um dos instantes mais marcantes do episódio talvez tenha sido o rosto de Twelve se iluminando assim que a luz da lua saiu. Um detalhe tão simples, combinado à excelente e certeira música feita por Yoko Kanno, conseguiu criar um grande impacto e ser uma das melhores cenas do anime até agora, ainda que com um diálogo extremamente.
A partir desse momentos, os rostos de Twelve e Lisa, antes mostrados do lado de dentro da cabine imergidos na sombre, estão em outro angulo, no lado iluminado. Isso não é apenas simbolismo, é para realmente criar uma sensação subconsciente de que sim, agora está tudo bem e há esperança naquela terrível situação. Por fim, o câmera tomando distancia criando uma tomada extremamente bela ainda que sem o uso de qualquer recurso cara de animação. Um exemplo fantástico de como criar boas cenas com recurso limitado.

Apesar disso, ainda existem algumas coisas que eu ressalto no roteiro. As revelações finalmente foram dadas e confirmamos as origens de Nine e Twelve: experimentos com crianças relacionados com o governo e a morte do agente citado por Shibazaki lááá no terceiro episódio. Francamente, para algo que já era imaginável desde o segundo ou terceiro episódio podia ter sido contado bem antes, acho que não havia necessidade de deixar o que todo mundo já sabia para o final. Fora que mesmo que esse passado tenha sido revelado, continua muito difícil criar uma conexão com os dois protagonistas pois seus objetivos e razões continuam não tão assim desconhecidos, mas pouco claros. Está claro por exemplo que Twelve queria mesmo era uma companhia como a Lisa (e que ele mesmo acha que foi um desejo egoísta, afinal, prejudicaria Nine e ela) e sentiu nela o mesmo abandono que ele sofreu, mas mesmo assim, fica uma sensação de que isso não é suficiente.

E bem, Five… esse “Dor de cabeça ON, Dor de cabeça OFF, Vilã mode ON, Vilã mode OFF, Dor de Cabeça  ON, Five TURN OFF” foi um tanto… conveniente? Bem, sem palavras pelas falas típicas de malvadinha dela… São bem típicas da personagem, mas como eu acho a Five um problema do anime, não é algo muito positivo ao meu ver.

Aldnoah.Zero Episódio 11: – É um verdadeiro desastre-

Eu assistindo o episódio. Não teve graça;
Lembram dos problemas Aldnoah que eu havia citado semana passada: aqui está lista toda preenchida somando com um frames meio…
… Bem, você sabe.

Foi basicamente uma tensão de fim de cour sem tensão alguma, estragada principalmente pelos defeitos apresentados ao longo da série.  A música de Sawano, por exemplo, pode ser divertida de escutar sozinha mas no anime é apenas uma grande poluição sonora, tocando quando não devia, funcionando como um grande anticlímax, assim como as ações de vários personagens que foram beeem sem graça, sem emoção (e dessa vez, isso não se limita é apenas o Inaho).
Ei Aoki tem aqui uma direção fria, num mal sentido. É sem sal, é trevada, é… chata. É muito tedioso por exemplo, ver os personagens sem grandes mudanças de expressão numa situação daquelas quando foi ressaltado semana passada a importância que aquele lugar tem para a Terra.

Qual a única tentativa de dar seriedade e perigo? Um monte de mechas explodindo de maneira estupidamente fácil. Se tem algo que me irrita mais do que gente não morrendo é gente morrendo por nada.
Aldnoah sempre foi cheio de defeitos, bem mais do que Zankyou, inclusive. Mas mesmo assim, antes eu até levava tudo na boa, talvez por que a série continuava me entretendo de qualquer jeito, mas agora já está passando dos limites.
Acho que se não fosse minha simpatia por Slaine, eu não voltaria para ver o segundo cour. Não consigo achar outro motivo para fazer o anime valer a pena.

EXTRAS:

“Balas são atraídas por covardia. Esteja orgulhoso que tudo vai sair do seu caminho!” RISOS