Primeiras impressões: Owari no Seraph e Kekkai Sensen
Nova temporada, novos sonhos para serem quebrados.
Owari no Seraph: Episódio 1
Um quadro de natureza morta, acho que essa é melhor definição.
Owari no Seraph é um mangá que eu li bem na época em que começaram as traduções, por indicação de um blog português. Até por isso acabei lendo o primeiro capítulo bem empolgada (uma empolgação que morreu na praia no segundo capítulo por culpa do clichê de escolinha). Provavelmente foi mais por que drama com crianças mechem fácil comigo do que pela qualidade do mangá em si (é só ver esse episódio por exemplo para ver como o próprio conceito da história é um tanto incoerente). Apesar de ter largado o mangá pouco tempo depois, fiquei curiosa com o anime. Apesar dos pesares, o mangá de Owari daria um shounen bem pipoca. Mas né, nem sempre as coisas são como a gente queria…
O problema de Owari no Seraph foi… ser chato. Na definição mais pura da palavra. Esse primeiro episódio conseguiu não ter nem um pingo de emoção ou inspiração. É tudo tão… sem sal, mesmo com uma parte técnica bonita. É por isso que eu defini como um quadro em natura morta: é tudo muito bonito e sem graça. Não há expressão, não há tentativa de despertar qualquer sensação no telespectador além de tédio. São apenas ações mostradas, sem nenhum charme, sem nenhuma magia.
A cena final, com as crianças sendo mortas foi o ponto alto disso tudo. Matar crianças só não é mais apelativo que matar cachorrinhos: não importa se elas estão ali nem três segundos, é quase impossível ver elas morrendo e ficar indiferente. Então, esse anime foi lá e fez o impossível, tudo resultado de um episódio muito mal construído para esse clímax. Parabéns aos envolvidos.
Nem vou comentar a OST do Sawano, por que esse era um anime que ele poderia ter a chance genuína de ser Sawano e nem isso derem para ele. Coitado.
Mas tá, a questão é: vamos mesmo seguir com isso aqui? Eu estou pedindo a opinião de vocês se é melhor trocar ou não. Quer dizer, Souma foi uma estreia bem divertida e Aslan tem uma boa waifu história em potencial. Não que Owari não possa melhorar, mas comentar uma série que não conseguiu nem um começo razoável é sempre um risco, e não acho que seja legal ficar chutando cachorro morto. Enfim, vou ler os comentários e ai eu decido.
Kekkai Sensen: Episódio 1
Tá, agora vamos falar de coisa boa.
Kekkai Sensen começou bem promissor, ao mesmo tempo bem bagunçado. Imagino o quão intencional foi isso, já que o anime parece quer passar bem o gostinho de Nova York (ou de qualquer metrópole no geral): tudo caótico, construções monumentais e uma variedade de gente de todos os tipos (literalmente seres de outras dimensões). Durarara também faz isso, não é a toa que houveram algumas comparações com o mesmo.
Na estreia, o ritmo doido funcionou bem (apesar de que eu prefiro que diminuam o passo em algum momento, até para entender melhor o que está acontecendo) tornando o episódio bem divertido. A premissa inicial não tem nada de chamativo, mas o jeito que o conteúdo foi apresentado tornou tudo mais vivo.
Esse teve uma situação simples em que o protagonista, Leonart, se mete no meio na confusão do grupo Libra, um jeito bem básico de mostrar ação e introduzir os personagens. O começo com alguns monólogos dele foi um jeito interessante de caracterizar o personagem além da cidade em si.
Na parte técnica, não tem nada do que reclamar. Rie Matsumoto vem com o mesmo estilo de Kyousogiga (ou ao menos do que eu lembro do que vi desse título): mostrando os personagens por câmeras/reflexos, closes à distancia, gags, explosões estilizadas, foco em flores e etc.. É uma marca registrada bem chamativa, que deve assustar menos o pessoal que os estilos do Ikuhara e Shibou, por exemplo. A trilha recheada de Jazz também é um destaque, e não vejo ambientação melhor para colocar esse estilo musical.
Só tenho boas expectativas para Kekkai Sensen. Por enquanto, ele está mais que aprovado. Espero que seja uma jornada divertida.
EXTRAS: