Top 5 Melhores Animes – Ficção Científica (Sci-fi) com Ação ou Suspense
Eu gosto bastante do gênero ficção científica (3 dos meus 5 filmes favoritos são ficções), mas em animes nunca encontrei 5 sci-fi que conseguisse colocar em um top de apreciação pessoal. Vi todos os clássicos do sci-fi de animes, mas nunca consegui gostar muito de nenhum deles. Só em 2014 que eu finalmente consegui juntar uma lista de 5 animes do gênero que eu realmente gostei de assistir (3 deles são de 2014!, o que eu achei bizarro, mas é uma escolha honesta), e 1 deles é um filme em vez das comuns séries de 12 a 24 episódios. Para quem quer clássicos ou mais opções eu coloquei vários que assisti e achei que valia a pena comentar algo a respeito no “extras” do final do post.
Quem tem preconceito com animes em Full CG (computer graphics = gráficos de computador) ou vai se acostumar agora ou vai torcer a cara pra minha lista, porque quando fui notar listei 3 animes completamente feitos em CG. Eu estranhei eles no início, como todo mundo, mas depois de uns 3 episódios me acostumei e comecei a curtir bastante os animes, então, façam um esforço, tudo na vida é questão de costume, e depois de um tempo não incomoda mais. E só pra constar, eu não gosto da maioria dos animes com robôs gigantes (principalmente os no estilo Gundam), os dessa lista são as minhas exceções, então talvez funcionem para outras pessoas que também não costumam gostar de animes mecha, assim como eu.
PS: Uma vez pensei em colocar Darker than Black, um anime que gosto bastante, nessa lista, mas ao re-assistir recentemente achei que ele combinava melhor com o Top 5 de Seinens de Ação, então em breve devo colocar ele lá.
Tema:
As obras abaixo tem aspectos fortes de ficção cientifica (sci-fi) atreladas a sua trama de alguma forma (inteligencias artificiais, interação com aliens, mechas, se passam no futuro, espaço ou envolverem viagem no tempo). Animes que fazem uso de algum aspecto de ficção mas não focam muito nele durante a trama não foram considerados. Depois de terminar notei que todos os animes dessa lista tem um pouco de romance, por coincidência ou porque eu inconscientemente gosto que romance esteja atrelado a trama de alguma forma, e acabei escolhendo com base nisso sem perceber. Dito isso, vamos a lista:
Diretor: Hiroshi Hamasaki (Terra Formars)
Minha nota: 10/10
Opening: Clique aqui
Trailer: [showhide type=”sg” more_text=”Clique aqui” less_text=”Esconder”]
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Sinopse:
Review:
Steins Gate usa da velha formula de um grupo de pessoas brincando com a viagem no tempo de modo inocente, com mudanças simples, tentando ajudar os personagens de alguma forma no passado, até que vira uma bola de neve, e o acumulo de mudanças simples começa a mudar completamente o mundo e a vida dos personagens para pior.Vários animes tem viagem no tempo mas poucos tem ela como o centro da trama, como é o caso de Steins Gate. E tudo nele faz sentido dentro das teorias de viagem no tempo que ele prega e vai explicando ao longo da trama (existem um monte delas e não vale a pena discutir qual é a certa ou mesmo se existe uma certa). A única armadilha em que ele cai é o velho problema do paradoxo temporal, que basicamente todo filme envolvendo viagem no tempo tem, então não é necessariamente um demérito. Fora isso ele faz um trabalho muito bom de construção e explicação a longo prazo (não te jogam todas as informações de uma vez).
A história começa meio lenta, mais voltada ao suspense e apresentando os personagens ao mesmo tempo que eles vão descobrindo segredos de “teoria da conspiração” da organização SERN, e o modo de fazer uma máquina do tempo que transmite informações de texto para o passado. Eles começam testando mudanças simples, mas as mudanças mais bobas acabam escalando de modo inesperado. Os primeiros 11 episódios são basicamente a construção para as diversas reviravoltas emocionantes que vão vir na segunda parte. Essa primeira parte é meio lenta, mas a sensação de suspense intermitente e todo episódio terminando com um acontecimento inesperado, ou descoberta perturbadora ao som da sensacional ending (aqui) te mantem interessado a ir sempre para o próximo episódio (e para quem não tiver essa mesma sensação de interesse, continue mesmo assim, que a trama vai acelerar mais tarde. Steins;Gate não virou o segundo anime mais bem avaliado do MyAnimeList de graça, além de estar entre os 15 mais populares).
A segunda parte é onde o anime desponta e o que era suspense vira uma corrida contra o tempo para tentar concertar o passado, ao mesmo tempo em que o romance ganha mais foto. As reviravoltas nos episódios finais são excelentes e o anime se fecha muito bem. A ligação dos personagens vai aumentando progressivamente e ao final dos 25 episódios você gosta de todos, não tem personagem mal trabalhado, a todos é dado a atenção necessária para a trama funcionar.
Para quem ficar triste quando acabar tem uma boa noticia, existe uma OVA epílogo. Já o filme que lançaram depois é fraco, e usa a viagem no tempo muito mal, de modo que acaba não fazendo sentido se você pensar bem em tudo que ocorreu ali. Podem ver, já que ele não chega a estragar nada, mas é dispensável comparado a série principal e OVA.
Extras: Chaos;Head e Robotic;Notes foram criados pela mesma empresa da Visual Novel de Stens;Gate e se passam no mesmo universo, mas as adaptações de anime deles são ruins, não recomendo.
Episódios: 12 (+ uma S2 e filme compactando a S1)
Minha nota: 9/10
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Sinopse:
A história, apesar de ter um cenário complexo cheio de termos científicos e alguma politicagem, é bem simples de acompanhar. Sidonia é um anime sobre um grupo da humanidade isolado em uma nave lutando para sobreviver a uma ameaça alienígena em expansão que destruiu a terra e insiste em atacá-los a todo momento. A comparação com Attack on Titan é obvia, ainda mais porque os Gaunas lembram titãs pelo seu tipo de ameaça com baixo intelecto e volume colossal.
Quase todo episódio termina com situações críticas ou mostra a situação ficando crítica no preview, e apesar dessa tensão toda a obra consegue manter uma boa mistura de momentos mais leves com o protagonista e seus companheiros da nave passando seu dia a dia (normalmente tem comédia e um pouco de romance nessas partes). A obra tem bastante ação e tragédia, mas consegue isso sem ter que manter o telespectador desconfortável a todo momento, variando bastante o seu tom durante os episódios. Uma das coisas que também aprecio é a constante evolução da tecnologia usada em batalha, já que os aliens estão sempre se adaptando as armas que eles usam e por consequência eles estão sempre tentando criar robôs de combate com novas tecnologias e armas mais destrutivas ou eficazes. Isso dá uma maior variedade e um sentimento de novidade a cada combate (e o pobre do protagonista sempre tendo que usar algo antes de ter tempo de testar haha).
A parte mais engraçada de Sidonia é que os personagens mais complexos e por sua vez interessantes são na maioria secundários, enquanto os personagens principais tem motivações e personalidades bem simples. O protagonista central é super dotado geneticamente, mas é bem modesto, contrastando com sua confiança de quando está dentro de um dos mechas. Até mesmo ele ser denso parece mais uma autodefesa, já que ele tem uma garota que obviamente gosta e não consegue ver as outras que o cercam como interesses românticos, não importa o quanto elas se esforcem (essas partes geram momentos romcom bem engraçados).O único ponto fraco de Sidonia é seu formato em CG, que apesar de funcionar muito bem nas lutas, dando uma sensação de movimento muito mais realista que o normal para o combate, não é tão legal quando focado na vida cotidiana. Ainda assim é algo que você se acostuma depois de uns 3 episódios, então mesmo quem ficar meio incomodado no início tente ao menos uns 3 a 4 episódios antes de desistir (e assistam esse trailer, ele vende a ação e tensão da obra muito bem). É um anime muito legal, tenso, movimentado e divertido, que trabalha diversos temas e questões interessantes, principalmente para quem gosta de ficção cientifica. Outro aspecto legal é que se pode encontra-lo dublado em português (Netflix ou usando o google), que ficou até bem razoável, apesar de alguns diálogos e traduções estranhas aqui e ali.O anime apesar de alguns cortes e mudanças na ordem é fiel ao mangá então quem terminar as duas primeiras temporadas pode continuar do capítulo 43 do mangá.
Episódios: Filme de 2 horas.
Minha nota: 8.5/10
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Sinopse:
Review:
Esse não é para qualquer um, só para quem gosta de ficção cientifica mesmo. Ele tem um monte de conceitos e teorias conhecidas de filmes clássicos de ficção cientifica, mas diferente da maioria dos filmes do gênero não gasta seu início introduzindo os conceitos tecnológicos que utiliza, o que deixa muita gente perdida. Quem se considera apto pode tentar pescar tudo sozinho com os auxílios visuais e diálogos, mas para quem se perder pode dar uma olhada no review completo que fiz. No começo dele explico todo o básico do mundo, que deve ajudar quem ficar confuso.
Expelled from Paradise é redondinho. Ele tem sua utopia futurista, levanta seus contras e a favor a respeito dela, tem dois personagens com visões divergentes (nenhum estando 100% certo), um personagem com desenvolvimento mais forte (a garota, que é linda por sinal), um plot objetivamente simples e um climax que entrega o que se pede (ação frenética), com o único ponto que não gostei sendo o meio do filme ser um pouco parado. O que não é uma falha em si, já que gastasse esse tempo com desenvolvimento. Dos trabalhos do Gen Urobuchi não é nem de perto o mais criativo – lembrando mais uma ficção cientifica americana comum -, mas ele faz tudo que se propõe muito bem e mostra que Urobuchi também sabe fazer tramas mais “pra cima”. Pra quem curte ficção cientifica é super recomendado.
Quem assistir veja os créditos até o final, tem uma surpresa. Esse é um filme que queria uma continuação, mas tenho medo que estraguem então melhor deixar a história só nesse mesmo.
Episódios: 24
Minha nota: 8/10
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Sinopse:
Episódios: 12 (+ 3 filmes)
Minha nota: 8/10
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Sinopse:
Arpeggio é um anime que eu não dava muito inicialmente. O uso pesado de CG não causa uma boa impressão inicial (como qualquer anime em full CG). O que mudou minha opinião ao longo do tempo foram as batalhas (visualmente muito bonitas e com boas estratégias) e os bons diálogos, – principalmente dos humanos com as inteligencias artificiais – muitas vezes profundos o bastante para gerar uma reflexão momentânea por parte do telespectador. E enquanto não uma obra fantástica, é um anime muito bom ao que se propõe. Eles desenvolve bem seus personagens, sejam as inteligências artificiais adquirindo emoções humanas como o tempo ou alguns personagens amadurecendo. O anime tenta manter uma boa quantidade de ação, tem uns bons 4 climax em 12 episódios e ainda consegue misturar um pouco de comédia, drama e até fanservice leve. Acho uma obra muito gostosa de assistir e fácil de agradar depois que você se acostuma com o CG. E tem a Takao, a melhor IA já feita! (best girl do anime).
Para o review completo clique aqui.
Extras:
(Não gosto tanto, mas não são ruins. Ou então são clássicos que achei conveniente citar, ainda que nenhum deles faça parte da minha lista de prediletos)
Macross Frontier Filme 1 e 2 (Opening) Essa série pode ser resumida como um anime de ação e romance com músicas lindíssimas, já que as duas protagonistas femininas são cantoras, e embalam quase todas as lutas do anime com suas canções, compostas por Yoko Kanno, no trabalho que mais gosto dela. O plot é bem simples e lembra Sidonia, com uma raça alienígena atacando uma colonia humana que vive em uma nave no espaço enquanto ela tenta lutar contra eles usando jatos que se transformam em robôs. Fora isso o anime vai desenvolvendo a relação e ascensão das duas cantoras do anime com o protagonista masculino (um piloto de jato). A maior diferença desse anime é que tudo nele envolve música (tem explicações pra isso).
O filme 1 abre com ação e música, depois gasta um bom tempo com o desenvolvimento e romance dos 3 protagonistas (até demais, um pouco de ação ali no meio teria vindo a calhar, o segundo filme também tem um começo meio lento por causa disso), e encerra com mais um monte de alção e umas 6 músicas diferentes. O segundo filme abre com desenvolvimento de personagem e gasta a segunda metade com ação. Ficou faltando um epilogo naquele final mas ainda assim foi um final bem melhor que o da série de TV. As lutas com jatos que se transformam em robôs são bem legais (ágeis), os desenvolvimentos convencem e as músicas são lindíssimas. Só os dois grupos de vilões brigando para tomar controle dos alien e da colonia de Frontier é que pode causar alguma confusão. Recomendo a qualquer um que goste de ação, romance e música. Nota: 8/10.
Lembro que estou recomendando os filmes, não a série de TV! A série de TV tem um bando de buracos enormes no roteiro, episódios que parecem fillers, uma quantidade desconfortável de nonsense, e o pior, um final bem ruim! Os filmes pegam os personagens e o conceito do anime e refazem tudo do zero (ex: a Ranka e o protagonista que não se conheciam na série de TV são amigos de infância no filme, um bando de gente que morre no anime não morre no filme, e vice-verça), e mesmo que tenha menos tempo consegue aumentar o desenvolvimento de personagem, corrigir lacunas, concertar os erros do roteiro original e a animação é 100x melhor (a série de TV tem seus momentos mas no geral os personagens parecem gelatina, a consistência é terrível). Para quem só viu a série de TV eu recomendo os filmes também, eles não são um resumão comprimindo a série de TV, são um reboot, refazendo tudo do zero. A única coisa parecida é o começo, depois muda tudo em relação a série de TV.
Psycho Pass (Trailer e a excelente Opening 2). Se passa em um mundo distópico aonde o nível de estrece das pessoas é medido em tempo real por sensores nas ruas e locais aonde trabalham. Se o psicológico delas fica instável a policia é mandada atrás deles. A ideia é que se evite os crimes antes deles acontecerem, prendendo pessoas propensas a realizá-los baseado em seu estado psicológico. A história acompanha um grupo de policias realizando esse trabalho, com o foco em uma novata, que vai receber todas as explicações necessárias (deixando o público a par de tudo no processo).
O início do anime é muito instigante, mas os episódios que se seguem abusam um pouco do sistema de casos episódicos, e podem se tornar meio enfadonhos com o tempo. Isso melhora apenas apartir de um caso de 3 episódios perto da metade do anime, aonde eventos mais relevantes e empolgantes acontecem. Seguido disso vem o melhor arco, de “invasão da torre”, com o vilão central tomando os holofotes. Existem alguns exageros comportamentais da população nessa parte, apesar de ser algo passível de discussão (eu achei muito estranho todo mundo enlouquecer, ficou meio trash). Mas mesmo com seus problemas é de longe o melhor arco do anime e o com os maiores twists. Depois dele eu estava super empolgado pensando que o final seria alucinante mas……o anime desacelera totalmente e tenta fazer um final mais contemplativo do que empolgante, o que eu achei meio decepcionante (esperava algo maior do que o arco da “invasão da torre” para o final).
Existem vários problemas lógicos no mundo de Psycho Pass também, que vão exigir alguma suspensão de descrença: a exemplo, as armas não fazem sentido, ela tem um delay enorme para cada tiro, tornando perfeitamente possível que alguém ágil se torne inatingível e desarme o policial (algo que convenientemente nunca é explorado). Armas de fogo normais sem lag para dar o tiro seriam muito mais eficientes na maioria dos casos. A arma de PP parece eficiente só contra objetos grandes mesmo. A série tem outros problemas mas no geral eu achei uma obra razoável, que não me marcou (basicamente porque eu detestava a protagonista), mas tem alguns conceitos interessantes e uma execução pelo menos mediana. Nota: 7.5/10.
PS: Fiquem longe da segunda temporada, ela não só tem mais problemas lógicos que a primeira (umas 100x mais) como a trama central nem sequer faz sentido, a não ser que o sistema tenha ficado mongoloide e prefira ser destruído a desabilitar o acesso de um policial.
Ghost in the Shell (trailer) se passa depois de 2029, marcado pelo surgimento de uma nova tecnologia que permite a fusão do cérebro à computação, à rede mundial. O problema é que essa tecnologia gerou também vários problemas. A história segue uma policial com um corpo de ciborg e sua equipe em vários casos de investigação.
Eu assisti primeiro o filme de 1995 de Ghost in the Shell. Apesar de ter achado o filme meio chato, e, obviamente, visualmente datado, os conceitos de ficção cientifica dele são muito interessantes para época. Hoje em dia, no entanto, são ideias que já foram tão reutilizadas que dificilmente alguém vai ver alguma novidade ali.
Depois do filme tentei a série de TV, que, de novo, acabei achando meio chata (a trama é lenta e mesmo as cenas de ação não empolgam muito). Com mais episódios notei outro problema que eu tinha com a série: é muito difícil simpatizar com a heroína, não só pela aparência masculina dela mas o próprio jeito de personagem durona torna ela meio antipática. E se você não gosta dos personagens fica difícil manter o interesse na obra, a não ser que o plot seja muito interessante, o que não é o caso aqui. Não vou dar uma nota pra esse porque não terminei, mas se alguém quiser assistir aviso que vai precisar de paciência.
Ergo Proxy (Opening linda ) se passa em um futuro pós-apocalíptico aonde a terra virou um deserto e os humanos se isolaram em cidades dentro de domos gigantes. O conceito é legal e tem boas ideias implementadas, assim como desenvolvimento da protagonista feminina e do masculino. A android loli é uma graça de “pessoa” (honestamente, só terminei o anime porque me importava com ela e queria saber como ela ia terminar, o que mostra o quão efetivo pode ser um personagem para te manter no anime).
Pois bem, ele faz muita coisa certa e algumas erradas, até que chega no final, aonde você está borbulhando de perguntas a serem respondidas e…..não respondem quase nada, e para piorar começam a dar saltos durante o episódio que dão a impressão de que eles estavam tentando comprimir conteúdo de uns 4 episódios em 2. É bizarro. ainda mais se pensar que tem episódios meio soltos que poderiam ser cortados para se conseguir mais tempo para o final (tem uns episódios na viajem pelo deserto que parecem filler mesmo, não acrescentam absolutamente nada). Ou seja, um mundo interessante e alguns bons personagens (o protagonista masculino é o mais fraquinho), em uma ideia obviamente não finalizada pelo roteirista, e que deixa mais dúvidas do que respostas no fim, e eu valorizo MUITO as respostas, ou pelo menos pistas que te permitam criá-las sozinho, ainda mais em ficções científicas. Nota: 6/10.
Evangelion (trailer) se passa em um futuro pós-apocalíptico aonde monstros estão tentando destruir a terra e um robô parte biológico é a única esperança de combate-los. A história acompanha um grupo de pilotos.
Eu realmente não gosto desse aqui, é basicamente os problemas de Ergo Proxy somados a um protagonista insuportável. Eu entendo que tem gente que quer ver um ser humano fraco e psicologicamente instável não progredindo em nada por 24 episódios, mas eu não sou um deles. Eu vi esse anime torcendo para o Shinji morrer a cada episódio e a Asuka (personagem legal) assumir o anime sozinha, mas infelizmente não pude ter isso. Fora esses aspectos mais pessoais, o anime levanta várias questões ao longo de sua trama, mas não responde nem 50% delas, e, somado a isso, nem sequer te entrega um climax final, não tem final! Acaba do nada com uma recapitulação (parece que ouve problemas de produção durante o anime). As ideias dele são legais mas a execução só me deixava com mais e mais raiva a cada episódio. Definitivamente não recomendo esse, assistam por sua conta e risco devido ao status de “clássico”, que alguns podem valorizar. Nota: 5/10.
Mas e os filmes reboot, não são melhores? Não sei, eles tem o Shinji também então nunca me animei a ver, só sei que o último deles foi bem polêmico, metade da fanbase odiou e a outra adorou.
Cowboy Bebop (trailer) é o único clássico que eu gostei um pouco, e em respeito a isso segue um review maiorzinho, já que tenho que justificar porque acho ele mediano e não bom ou muito bom (tem que clicar no botão abaixo para abrir tudo).
O anime narra o dia a dia de um caçador de recompensas junto aos tripulantes da nave Bebop em um futuro distante. O anime é composto na maior parte por pequenas histórias contadas separadamente em cada episódio, sendo que apenas alguns desdes episódios realmente envolvem algo mais sério ou ligado ao passado dos personagens de alguma forma.
Para um anime de 1998 ele envelheceu bem. A animação é até mais fluida que muito anime de hoje em dia. Só o que deixa aparente a idade dele é a coloração e cenários, já bem datados graças aos notórios avanços da coloração e construção de cenários digital. Tem um pouco de CG no anime mas como é estático mal se nota.
Teve vários episódios que achei divertidos, assim como boas ideias em termos dos temas das histórias episódicas com temas diferentes. Eu particularmente prefiro ele a Space Dandy, um anime do mesmo diretor e com o mesmo conceito, com a diferença de ser completamente nonsense, enquanto Bebop não se leva muito a sério – tocando Jazz em perseguições espaciais e fazendo piadas em meio a situações aonde tem gente morrendo pra todo lado -, mas não chega a ser nonsense, ele quer mais é ser leve e divertido, e funciona bem desse modo.
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O sistema episódico me incomodou um pouco eu admito, já que ele não desenvolve nada duradouro nesses episódios, são ideias soltas a tal ponto que pelo menos 70% dos episódios poderiam ter sua ordem cronológica trocada sem que o telespectador percebesse. A falta de ganchos junto a histórias soltas não são um bom motivador para você ir para o próximo episódio também.
O outro problema de Bebop, e o que realmente não gostei, é ele querer ser levado a sério em alguns episódios, principalmente ligados ao passado do protagonista. Como são poucos episódios, e ainda com uma distancia grande um do outro, fica difícil criar uma real relação ou dar importância a personagens que mal aparecem por meio episódio (como a ex-namorada do Bebop).
O anime é basicamente bem humorado e pra cima, mas no final decide que quer terminar sério e o que você ganha são 3 episódios com clima depressivo, aonde o Bebop reencontra sua namorada, para qual dificilmente alguém vai ligar (se o diretor/roteirista tivesse deixado ela metade do anime fazendo missões com eles ajudaria muito a criar empatia pela moça) e enfrenta seu arqui inimigo, um vilão clichê sem sequer um background bem desenvolvido, ele é só um cara em busca de poder.Na maioria dos casos a relação deles com o passado acaba não sendo muito desenvolvida, ou quando é acaba parecendo que faltou um pedaço (a garota reclama que descobriu sobre o passado e isso não a ajudou, ela continua sem um lar, e fica por isso mesmo, o anime acaba sem ela chegar a uma conclusão sobre o que fará).
Achei a direção meio perdida com o que exatamente queria. Se queria algo sério tinha que dedicar mais tempo desenvolvendo os personagens do passado do Bebop, e isso inclui ao menos uns 2 ou 3 episódios contanto aquela história do passado direito.
Como o Bebop entrou na organização, como ele conheceu a loira, como ele conheceu o amigo dele que virou o vilão, o tempo que passaram junto, ect. Algo que fizesse eu me importar com aqueles personagens, e principalmente, entendesse a ambição do vilão, que parece só a abordagem clichê do “cara que quer ter poder”. Ele era bom e se corrompeu depois? Entender o vilão como um ser humano é a base de uma boa história. e não jogando 10 segundos de imagens para você entender o grosso do que ocorreu. No episódio 5, meu preferido, eu achei que isso iria acontecer dali pra frente, mas acabei me decepcionando bastante. A falta de um epílogo para ao menos mostrar o que se fez dos personagens do elenco depois do fim foi um tanto quanto frustrante também.
Minha impressão é que Bebop queria ser de tudo um pouco: episódico, divertido, sério, nonsense, dark, alegre, engraçado e melancólico, e ao tentar misturar tudo isso o resultado final ficou deixando a desejar.A insistência cara de pau do roteiro em não deixar os personagens colocarem a mão em uma boa recompensa me frustrou em determinado momento. O entendimento do porque disso é simples: a falta de recursos dá aos personagens a motivação e urgência pela recompensa em cada episódio.
O problema é que forçam a barra de vez em quando. Sempre que uma boa recompensa estava envolvida ou algo dava errado ou eles deixavam o individuo escapar por algum motivo. Em um episódio isso chegou ao cumulo deles não levarem um velho para a empresa que estava oferecendo a recompensa, sendo que o velho morre horas depois deles decidirem não entrega-lo (de velhice mesmo). Parece que alguém colocou a regra de proibir que os personagens conseguissem algum conforto monetário, algo que frequentemente gerava situações ou decisões meio absurdas que não batiam com a personalidade dos personagens.[/showhide]
Em suma, a ideia é interessante e tem seus pros: episódios divertidos, temas interessantes (principalmente para época), alguns bons diálogos, personagens bem caracterizados, cada personagem com seu passado, alguns bem interessantes até. O sistema de ser um Space Dandy “um pouco” mais sério eu achei legal também, eu me diverti com vários episódios. Mas ao tentar um final sério e melancólico nos 3 episódios finais sem dar o devido tempo e desenvolvimento necessário para o conflito se tornar relevante ao telespectador, ele acaba não funcionando direito. O irônico é que meu episódio preferido é o 5, o primeiro episódio sério, ele é lindo em termos de direção e pensei que seria só a ponta do iceberg no trabalho com o passado do Bebop mas…..não, era basicamente só aquilo e depois volta com tudo e resolve no final, sem explicações detalhadas do passado nem nada (o que permite a você criar várias teorias diferentes sobre algumas partes, já que não deixam quase nada concreto). Tivesse terminado com seu sistema episódico só querendo ser divertido teria funcionado melhor, ou então gastasse mais episódios em uma abordagem séria do passado do Spike para que eu me envolvesse com aquilo tudo. E que final frio com o resto do elenco, nem pra mostrar como eles terminaram (continuaram como caçadores de recompensa? cada um foi pra um lado? Conseguiram concertar o Bebop? 2 minutos no final do episódio resolviam essas perguntas, é o famoso “epílogo”). Nota: 7/10.
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