Impressão final e Review: Musaigen no Phantom World
Nosso Primeiro Anime Juntos <3 |
Musaigen no Phantom World #13
Mas que loucura! Imagine que esses dois últimos episódios de Musaigen formassem uma saga OVA dessas que lançam por aí. Ficarias ou não animado pra ver uma continuidade no mesmo universo? Eu com certeza ficaria, e bastante. Infelizmente, são outros 11 com uma qualidade irregular e que lembram muito pouco o que vimos nas duas últimas semanas.
Não que o final seja perfeito, é claro. Eu, pessoalmente, tenho um problema muito grande com esses vilões que querem dominar o mundo – a não ser Pink e o Cérebro -, acho uma ambição genérica e exageradamente ambiciosa. Acharia muito mais bacana um desejo pessoal e sádico, como se vingar da empresa que a utilizou como rato de laboratório. Algo mais Lucy em Elfen Lied do que Mewtwo em Pokémon: O Filme, se me entendem bem.
Também me incomodou o fato de nenhum casal ter se formado após tudo isso. “Affs”. Realmente achei que rolaria algo entre Ichijou e Mai, já que possuem um histórico e boa química. O mundo da shippagen é uma desilusão sem fim.
Teremos de nos contentar com esse beijo. |
De qualquer forma, esse encerramento foi uma torrente de emoções que entregou tudo que eu esperava do anime quando iniciei a assisti-lo, mas não apenas no fechamento. Humor, com Albrechto (adoro a forma como Reina o chama com sotaque japonês) e fanservice foram bem apresentados, mas sem exagero, mesclados eficientemente com uma trama consistente e que transcende a ficção, além de cenas de ação de encher os olhos e finalmente explicar o dispositivo que fora introduzido no capítulo 2 e esquecido desde então.
Gosto muito de obras que utilizam de seu enredo para falar e criticar fatos reais, passar mensagens e discutir de modo relevante e divertido situações problemáticas. Ver uma empresa como centro de criação de Enigma vai de encontro a isso. Ainda que exista muita conspiração acerca do assunto – como dizer que Zika vírus e outras doenças são criadas em laboratório – é fato que muito do que ocorre em laboratórios é segredo, e há também a polêmica da utilização de seres vivos para estes experimentos. Existem documentários para isso e não me aprofundarei, mas deu pra passar o ponto.
O desfecho me pareceu rushado, com a conclusão da batalha em poucos minutos, e mais uma vez, me pergunto se não daria pra ter usado mais espaço para este arco ao invés do massante roteiro episódico que tivemos de aguentar semana-pós-semana. Mesmo assim, a batalha foi visualmente um espetáculo de cores e efeitos, com uma direção que poderia ter extraído um pouco mais de emoção dos golpes, é verdade, mas que não compromete justamente pela primazia técnica do montante final.
Musaigen termina de forma digna, o que deixa incógnita de como seria uma 2ª temporada. Seguiria a tão comentada e obscura Novel? Acho que nunca saberemos, já que a previsão de vendas é baixíssima, e muito por culpa dos realizadores, diga-se. É uma despedida empolgante, mas em conjuntura, apenas expõe o quão frustrante a animação foi perto do potencial que tinha.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (+)
Comentários Finais:
Musaigen iniciou carregado com uma expectativa natural de tudo que sai de seu estúdio, o que pode ser um problema e muitas vezes comprometer a apreciação do produto justamente por esperarmos algo grandioso. Isso pode sabotar inclusive quando o resultado é bom, mas inferior ao que esperávamos.
Musaigen se encaixa nessa explicação. Mas também foge dela. Eu nem gostei muito de Kyoukai no Kanata(tirando aquele ending absurdo de bom que dói na alma), mas ansiei bastante por esta segunda empreitada do KyoAnim por shounens, e creio que muito de vocês também, já que frisaram várias vezes nos comentários. O anime começou morno, depois passou a focar na interação e desenvolvimento dos personagens. Até aí foi bem e elogiei em reviews passadas, o problema é que após isso, começaram vários capítulos episódicos e arrastados, sem nenhum conflito real ou que contribuísse para o crescimento da trama. A famosa encheção de linguiça.
Entre o episódio na terra dos ursos e o décimo, eu estava terrivelmente entediado e até irritado com Musaigen, que simplesmente estava estagnado e parecia que continuaria assim até seu término, com Phantons galhofas que nunca ofereceram adversidades grandes aos protagonistas. E aí Musaigen não se encaixa na explicação supracitada, pois decepciona se avaliado isoladamente por sua qualidade, independente de estúdio ou staff envolvidos.
O 11º saiu levemente da monotonia ao explorar melhor a Ruru. Apesar dessa leve evolução, eu desejava o fim de Musaigen, pois acompanhá-lo não mais me proporcionava prazer, e torcer pra algo terminar não é um bom sinal. O primeiro e último arco foi bom, mas 2 episódios não salvam 13, e considerando o contexto geral, Musaigen nunca foi o que poderia. Uma pena ver personagens carismáticos e com um belo character design sem uma história igualmente atraente para acompanhá-los.
Vou copiar o Marco nesse sistema de notas para situá-los melhor de minha opinião.
Direção: 6/10
Roteiro: 2/10
Animação: 9/10
Trilha Sonora: 2/10 – Tinha?!
Entretenimento: 5/10
Nota Final: 5 no arredondado.
#Extras:
Como prática comum, terá um episódio extra no vol. 7 da edição física de Musaigen. Mas nem adianta esperarem algo fodástico, pois será obviamente mais um fanservice maroto.
Vilã que é vilã, tem sex appeal. |
Não teve economia dessa vez, hein. Belíssimo. |
Albrecht Anonymous. |
E é isso, meus caros. O primeiro anime resenhado por mim, aqui, acabou. Infelizmente, não foi como eu esperava, mas foi uma boa experiência e serviu pra me fazer mudar a forma como escolherei o que escrever na próxima temporada.
Inicialmente, começarei a ver Re: Zero, Stray Dogs e Mayoiga. Se algum outro receber muito buzz, darei uma chance também, como foi com Erased, que não estava nos meus planos iniciais. Torçamos para que eu acerte dessa vez. E vocês, planejam ver o quê?