Impressões finais e Review: Gate

GATE episódio #24

Meio fraco esse episódio final. Aconteceu tudo dentro do previsto, Itami chegou lá, fez o que queria e se mandou. Para quem esperava um climax final empolgante foi decepcionante. Mesmo tal gigante não deu nem pro começo.

Fora isso ao menos o final foi bem amarrado, sem a necessidade de uma continuação. Se repararem não deixaram nenhuma ponta solta sequer. O reino vai ficar bem com a princesa no comando (alias, ficou meio forçado o pai dela dar de bom moço depois do que vimos dele no início do anime), e um bando de casais se formara – o que foi legal até . O Itami continua vagando por ai com seu harém, que ele faz questão de ignorar. Fim.

Não foi um final ruim, mas não teve impacto algum, assim como quase todo Gate, ele é relativamente estável, sem altos. Mesmo com problema o climax do dragão foi o mais perto que tivemos de algo empolgante na história. De resto foi tudo bem previsível, incluindo o modo como se encerra.

Avaliação: ★   ★ ★   
Review completo

Gate tem uma proposta interessante, que chama atenção com facilidade. Afinal, quem não fica curioso com o exército interagindo com um mundo fantástico, o influência, e tudo da perspectiva de personagens mais velhos. O que é bom para variar um pouco dos adolescentes que os animes tanto focam?

O começo do anime apresenta rapidamente o grupo de garotas de raças distintas que vai interagir com o protagonista, e a história segue apartir dai.

Infelizmente, a boa proposta não segue tão divertida ou empolgante quanto parecia a princípio. O autor cria vários desafios ao longo da história, mas praticamente todos, tirando o dragão vermelho, são resolvidos como se não fossem nada. Mesmo como uma propaganda do exército japonês o anime falha em não dar um desafio de verdade ao grupo. Magia por exemplo, podia atrapalhar muito a vida do exército se muitos usuários do mundo soubessem usar e elas tivessem grande poder de destruição.

Infelizmente, o autor parece mais interessado em criar um mundo que facilite a vida do exército do que o contrário. Então magias, enquanto existem, são no geral simples e conhecidas por poucos. Todas as batalhas são de um exército a cavalo com espadas contra armas de fogo, então não precisa ser um gênio para prever o resultado. E isso se segue até o último episódio.

Tecnicamente Gate é um anime mediano. A consistência do design falha com frequência e só algumas cenas de ação entregam a bem vinda animação fluida. No geral o diretor, vindo de um anime de Idols, não se deu muito bem com um anime de aventura com um pouco de ação. Ele não sabe passar tensão, e isso atrapalhou em muitas batalhas. E as decisões do que cortar e o que deixar na história são bem questionáveis. O mangá, que eu recomendo, faz um trabalho bem melhor em passar tenção, sem sequer ter uma trilha sonora ou vozes para ajudar, como no anime.

Mas vale a pena ver mesmo assim? Sim, e não. Se você quer um anime de aventura com climax fortes ou momentos marcantes, não. Se quer apenas ver uma história de um exército influenciando um mundo fantástico para o bem (porque todos, TODOS do exercito são gente boa, não existe soldado japonês ruim) sem grandes desafios, pode curtir a obra. As personagens femininas também são simpáticas, e muitos ficaram exatamente por uma delas, clamada Rory. Uma pena que o romance nunca se desenvolva, já que o protagonista ignora a afeição delas. Mas ao menos tem prêmios de consolação com casais se formando com outros personagens do elenco, que é bem vasto. E o anime tem um final bem fechado também, sem pontas soltas, o que eu valorizo.

Direção: 6.5/10
Roteiro: 7/10
Animação: 7/10
Trilha Sonora: 7.5/10
Entretenimento: 8/10
Nota final: 7.5/10


Extras

Minha cena preferida do final. Se o protagonista não tá nem ai pra romance ao menos os outros personagens estão.

Relacionado:
Impressões semanais dos episódios anteriores de Gate