Kabaneri começou muito bem, embora com um final que terminou do nada. Explicou sua premissa rapidamente sem precisar de grandes monólogos e surpreendeu no final com o protagonista bloqueando sua transformação.
Alias, muitos chamaram aquilo de protagonismo, mas para mim o protagonista estava tentando bloquear sua corrente sanguínea para atrasar o vírus de chegar no cérebro. Ao que parece o vírus morre rápido depois que entra no corpo, e se você bloquear ele de chegar no cérebro a pessoa mantem a sanidade, mesmo que seu corpo sofra mutações.
E falando em mutação, temos muito que aprender ainda. Eles claramente ganham habilidades físicas acima da média e o coração de ferro. Mas parece haver limitações como a garota entrando em um modo de hibernação com aquelas marcações fosforescentes dos Kabaneris no rosto. Ela estava constantemente olhando o tempo também enquanto lutava.
Bem, falando do episódio em si, como eu esperava foram todos para o trem, já que não tinham muitas opções com a cidade sendo tomada pelos zumbis – algo que, alias, gerou um episódio bem mais movimentado que o anterior.
O protagonista fazendo drama e a garota salvando ele no final foi engraçado. Ela é toda prática e direta. E a revelação no final também me pegou de surpresa, não esperava que ela fosse igual a ele. Ao menos explicaram o título, e não ter apenas uma pessoa que conseguiu se salvar do vírus tira de uma vez por todas o status de plot armor, do protagonista ter se salvado.
A ação continua bonita, principalmente o início com a garota. Mas é notória que a verba não é ilimitada. Reparem como todos os quadros que seriam gastos com movimento de muitas pessoas viram quadros estáticos. O diretor guarda tudo para as partes de ação e meio que dá um dane-se para o resto. Acho engraçado essa mania que ele tem desde Attack on Titan.
Bem, agora é oficial estamos em um survival em um trem, o que deve garantir episódios no mínimo divertidos daqui para frente.
PS: O episódio dessa semana não saiu no japão ainda, só na china, e por isso está com aquela legenda fixa atrás. Teve um terremoto no japão no horário do episódio. Kabaneri e Sakamoto foram ambos adiados para a semana seguinte graças a isso.
Nesse episódio Netoge entrou no “plot” mais propriamente dito, que tem por base o problema da Ako em separar o mundo real do mundo virtual. Não necessariamente os locais em si, mas as relações entre eles. Ela encara a relação em ambos os mundos como a mesma coisa, enquanto a maioria das pessoas separada: “é só um jogo”. A noção fica ainda mais clara se você tiver conhecimento em “roleplay”, ato em que a pessoa não só joga, mas ainda cria uma personalidade e história distinta para seu personagem, transformando o jogo em algo ainda mais separado de seu eu do mundo real.
De piadas, ao menos para mim o mais engraçado e nostálgico foi eles discutindo a relevância de armadura, com cada classe mais preocupada com sua especialidade. E claro, eles zuando a Ako por ser uma péssima healer. Mas, de novo, é algo que não deve ter graça nenhuma para quem não é adepto de jogos online. A parte da Ako na sala dele foi ótima também, mas faltou timming melhor do diretor, a cena podia ter ficado bem mais engraçada que aquilo a meu ver.
A consistência da animação já decaiu um pouco nesse episódio, mas nada crítico.
Para quem se preocupava que isso poderia virar um harém, acho que pela ending já deu para notar que não é. E quanto ao fanservice, bem, ele aumentou um pouco com o protagonista imaginando os personagens das garotas com sua aparência no mundo real.