Taboo Tatoo e o “Anime baseado em mangá Chines” | Análise de Trailers

Vamos analisar 2 trailers que saíram recentemente.

Trailer podem ser enganosos em muitos casos. Colocam cenas apenas do primeiro episódio por exemplo, que geralmente vai estar mais bem acabado do que os que virão a seguir. Isso também alerta que, se nem no trailer conseguem mostrar uma cena ou outra acima da média em um anime de ação, a coisa está feia mesmo na produção.

Em alguns casos os trailers saem muito antes do anime ir ao ar, e nesses casos específicos é bom desconfiar que foram só algumas cenas pre-animadas para o trailer, e não partes prontas dos episódios do anime em questão. As vezes é, mas produções tão adiantadas são raras.

Os dois trailers abaixo apresentam características distintas. E ambos saíram recentemente faltando pouco para estrearem, então a chance de serem um trailer pre-made é quase zero. Isso é o que veremos no anime mesmo, ao menos nos primeiros episódios.

Quem quiser mais informações sobre ambos os animes é só olhar no Guia da Temporada de Verão 2016.

Hitori no Shita: The OutCast

Estou curioso pare esse por ser o primeiro anime baseado em mangá chines com real investimento. É o primeiro que vai passar nos canais japoneses com versão dublada em Jap. Tem 12 episódios de 24 min, e não 5 ou 7 de 10 min como tentativas antigas de adaptações chinesas. A maioria da equipe é japa, mas o diretor e produtores são chineses, então quem sabe não vejamos algo diferente na direção do anime comparado ao que estamos acostumados.

Com esse trailer cheguei a conclusão que a sinopse que peguei dele estava errada em um ponto. A não ser que o trailer seja enganoso é a garota que salva o cara dos Zumbis e não o contrário.

No mais a trilha sonora com música chinesa é bem diferente. A parte final nem tanto já que é provavelmente a Opening.

Outro detalhe é que fiquei com pé atrás nesse diretor que o máximo que fez na sequencia de ação que mostrou é colocar a câmera de cabeça pra baixo, sem nem usar um giro para fazer isso. A luta em si não abusa de animação fluida com boa coreografia, nem decai para quadros estáticos. O efeito de virar a câmera é meio pobre, e normalmente usado por novatos (tirando em cenas que querem pegar o ponto de vista de uma câmera e ela acaba virando quando cai, que pode ser o caso aqui). Parece um anime movimentado, que deve ser divertido de assistir. Ele se passar com universitários também já dá um diferencial.

O uso de cores está bem abafado, com os personagens quase não se destacando no cenário. No anime abaixo é o contrário, com filtros um pouco mais pesados em cima e uma coloração que destaca mais os personagens do cenário, facilitando a percepção de detalhes e deixando os combates mais atraentes.

Taboo Tatoo

O mais notório desse trailer é a estática misturada a designs bem detalhados. Reparem com a mão dos personagens é bem feita e cheia de detalhes no desenho. O próprio design corporal tem mais detalhes na maioria do tempo que o padrão.

Parece o típico “sacrificar fluidez por um design mais bem acabado” (Prison School fez coisa similar). Reparem na cena inicial do trailer aonde estão movendo frames estáticos para dar sensação de movimento. Isso é meio feio, mas como o público mais comum normalmente não nota acho que os produtores pensam que podem deixar passar.

O que mais se destaca é que no final tem uma luta bem coreografada, com direito a giro de câmera em volta da protagonista feminina em dá um efeito mais ágil e empolgante ao combate (isso é storyboard experiente). Faltou uma cena mais impactante no entanto, fiquei esperando uma no final mas só teve aquele aparente treino da garota com o cara de mais bem feito em termos de ação. Como já disse antes esse diretor é experiente o bastante para garantir algo no mínimo mediano. Mas gostaria que o anime fosse mais que isso. Aguardemos para ver o que sai.

Relacionado:
Guia dos Animes da temporada de Julho (Verão) 2016