Impressões semanais: Re:Zero #17

Desgraça ao extremo.

Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu episódio 17

Voltamos à jornada de nosso protagonista deteriorado e propenso ao sofrimento de uma forma que nem Sófocles ousou escrever, mas….chegou a hora de manifestar alguma evolução, não é mesmo?
Sim, meus caros, eu sei como Subaru é um personagem humano, frágil, diferente do padrão que estamos acostumados em gêneros épicos de animes, e por mais que mantenha minha teoria de que a bruxa esteja brincando com o garoto visando objetivos tão obscuros quanto seu rosto – caso esse não seja o mesmo de nossa querida semi-elfa -, a resiliência de Barusu em seus métodos errôneos de abordagem e interpretação são caso de estudo. É amplamente compreensível para qualquer ser que tenha a sensibilidade superior a um pato de borracha que após ver sua hã… como eu poderia descrever Rem? Sua Melhor amiga? Enfim…
…Após apenas observar, impotente, o sacrífico de um ser tão prezado por você, a atitude natural é de negação e incredulidade, e o garoto já cometeu atos de irracionalidade tão gritantes que um soco espontâneo no carroceiro cuja compleição se assemelha a uma fusão entre Lubbock e o Pokémon Roselia passa como um ato comum, o que obviamente não é, e esse pensamento ressalta como Barusu atravessou a muito os limites do bom senso. 
Busquei entender Subaru, porém agora volto ao terreno do injustificável, pois apenas este termo para retratar os meios absurdos que o mesmo resolveu utilizar para persuadir Emilia a deixar sua residência. Gritos, caretas e um puxão de braço até, finalmente, abdicar da segurança e abraçar o inexplorado ao tentar revelar seu poder sobrenatural de aparente imortalidade. E aí Re voltou a ser Re, jogando mais perguntas na fogueira, tão cheia quanto os braços do NEET enquanto segurava o inerte corpo de minha Waifu sazonal. 
Não lerei suas teorias, meus caros leitores, não por arrogância, apenas pela minha extrema paranoia de buscar a surpresa máxima quando as revelações chegarem, mas novamente, é improvável não imaginar qualquer relação da bruxa no ocorrido, ainda mais pela morte (se bem que sua partida para o além não foi confirmada) da garota envolver vômito de sangue, justamente as palavras proferidas por nosso herói de caráter duvidoso quando resolveu revelar a verdade. 
O perecer daquela de cabelos prateados cujo reflexo enriquece a alma dos felizardos que a contemplam gerou outros acontecimentos curiosos, como um comportamento incomum de Beatrice, quase uma indiferença pela morte da semi-elfa, da mesma maneira que o olhar final de melancolia acrescentam complexidade e suspeitas na personalidade da loirinha de pupilas bizarras. E enquanto Roswaal e 
Reinhard mantêm-se afastados da batalha principal, quem dá as caras como soberano é Pack, e estou curioso para saber quais serão as atitudes do bichano para com Subaru.
Já quanto aos termos técnicos, Re apresenta, semana pós semana, uma trilha sonora como há tempos não ouvia. Complementa a intensidade e o tom das cenas sem soar exagerada, como se seus acordes fossem minimamente calculados para engrandecer o que vemos em tela, não se sobrepôr a eles. O mesmo podemos dizer da direção, tão sutil em seu esmero que quase passa despercebida. Na timidez em revelar a baleia, a mantendo como um perigo misterioso e fascinante, e principalmente na forma como conduz os diálogos. Reparem quando Subaru e Ram conversam aleatoriamente até que, perante a revelação de que a demônio não mais recorda quem é Rem, a câmera inicia um leve sacudir, a vacilar, assim como a mente de Subaru, aturdida e instável perante a sucessão acachapante e interminável de tragédias em sua vida.
É nessa combinação virtuosa entre quesitos técnicos e um roteiro enigmático que Re segue para mais sete dias de ansiedade perante o desfecho mais discutido na animosfera em várias temporadas.

PS: QUEM POSTAR SPOILER SEM ALERTAR E DAR ESPAÇAMENTO MORRE! 

Avaliação: ★ ★  ★ ★ (+)


Versão em vídeo (opinião do Marco):


#Extras

Subaru vacilão.
O Paizão!
Gif sem legenda.