Impressões semanais: Orange #10
Orange tem sido uma torrente caleidoscópica de oscilações, mas não exatamente como esperávamos, pois ao contrário de ser um estimulador de sentimentos, o que vemos é uma irregularidade técnica indescritível.
Semana passada tivemos o que é, provavelmente, o capítulo que mais se destacou negativamente no quesito animação, e dessa vez, ainda que um espectador mais experiente e atento possa perceber algumas inconsistências e limitações, os casos isolados não foram suficientes para prejudicar o todo, o que é um alento e o máximo que podemos esperar da Telecom, afinal.
Já quanto à trama, Orange segue focada nos temas de amizade e, em menor grau – bem menor -, romance. Já está cansativo dizer como o grupo soa orgânico e amistoso, mas é um fato. O ponto positivo disso é que alguns personagens têm conseguido alguma relevância superior à vista no mangá. É nítido que o protagonismo está na trinca Suwa-Kakeru-Naho, mas o relacionamento entre Hagita e Azusa recebe um tempo considerável para explorar e deixar exposto o que sentem um pelo outro.
Pessoalmente, criei uma empatia especial por Hagita, cuja personalidade fria e elusiva (que busca esquivar-se, esconder sentimentos) serve como um eficiente alívio cômico, como a cena da corrida, que é manjada (tirar energia do nada, no melhor estilo saiyajin), mas divertida e fiel ao propósito da animação.
Melodramático é um bom termo para definir todo o processo da maratona, com as palavrinhas proferidas por cada um do bando de resgate a Kakeru, porém condizente com tudo abordado até aqui, do conjunto apoiar o necessitado, e o garoto já deixou visível como ainda demonstra alguma instabilidade emocional, por mais que os esforços alheios tenham melhorado a situação em relação à dez anos atrás.
O desenvolvimento do sujeito é lento, assim como Naho, que apenas agora tem adquirido alguma ousadia para avançar o amor entre ambos, e fica a sensação de que alguns minutinhos poderiam ser retirados aqui e acolá, a cada episódio, para talvez evitar um excesso de verborragia (conteúdo vazio e repetitivo) do roteiro. Seria algo que beneficiaria o texto, o deixando mais sucinto e palpável.
Por fim, Orange caminha para um final que é imprevisível – no pior dos sentidos -, pois ainda permeia a desconfiança acerca da staff; será que conseguirão atingir a profundidade necessária no final?! Até aqui, as amostras que temos são extremamente inconstantes, e isso é preocupante.
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#Extras