Shuumatsu no Izetta #04 – Impressões Semanais
Este episódio de Izetta foi menos movimentado que os anteriores, mas igualmente produtivo porque foca em algo importante: política e planejamento. Se este anime ter uma previsão muito ruim de vendas vou precisar de antidepressivos (nota do revisor: então já mande encomendar na drogaria mais próxima).
O roteirista também mostrou mais um pouco do lado germano: O imperador não parece ser flor que se cheire e tem bastante de Hitler nele, mas não é aqueles vilões muito cartunescos que se exaltam toda hora ( quem viu o novo Star Wars deve lembrar de certo alguém aqui), dão risadas maléficas extremamente exageradas e ficam fazendo caretas extravagantes (reparem que ele solta uma risada, mas não fica rindo por horas que nem um doido desvairado).
Pelo contrário, ele não é bonzinho, mas manteve a compostura, sendo frio e calculista. Sinceramente prefiro antagonistas neste perfil.
O interessante do imperador é que ele é misticista, acreditava na existência de bruxas na Era Moderna (se esta crença tem influência de terceiros,algum fato histórico ou evento que ele presenciou eu não sei).
Mas vamos lembrar que historicamente certas figuras nazistas eram considerados misticistas, inclusive certas características do Nazismo acarretam traços de culturas pagãs, esoterismo, etc.
Então nesse quesito a obra está sendo de certa forma fiel a realidade também mostrando esse lado dos nazistas sem deixar a coisa muito obscura. Porque sempre que mexem com o oculto, esotérico, etc, certos roteiristas gostam de deixar a coisa meio dark.
Voltando nossa atenção para o Ducado de Eylstadt . A maior parte do episódio foi conversa de gabinete. Então apesar de gostar de episódios mais movimentados estes momentos de discussão sobre estratégias e planejamento são extremamente necessários. Principalmente porque é um anime sobre guerra, então não tem como separar a política da guerra já que a guerra é uma extensão da política (leem História das guerras de Demétrio Magnoli para entenderem melhor minha afirmação).
Mas o que mais gostei é que não enrolaram na discussão da situação do país e das manobras que eles utilizarão para conseguirem o apoio dos aliados, sem oposição desnecessária (apesar daquele general lá ficar replicando algumas coisas) e diálogos bem diretos.
E de todos os personagens apresentados nesse episódio, um dos que mais gostei foi do secretário da princesa, o Müller. Ele é bem sério, astuto e centrado e a propósito não é um adolescente, mas é inteligente.
E sinceramente, uma das coisas que mais gostei de Izetta é esta quebra com um pouco desse padrão. Em muitas obras é certo praxe colocarem os mais astutos como jovens prodigiosos enquanto os adultos são meio sonsos e idiotas. O Müller é um adulto, apesar de não ser tão velho (chuto a faixa dos 25-30).
Gostei dele explorar bem o fato deles terem a Izetta do lado deles, utilizando da imagem da bruxa, mesmo com a fraqueza apresentada neste episódio. Tentar colocar medo por um tempo nos alemães para conseguirem o apoio que necessitam dos aliados parece o melhor caminho.
Outra coisa que gostei é da postura centrada da princesa, que não custa repetir, esta sendo uma das melhores princesas de animes que eu já vi. Foi bom ver ela conduzindo a reunião junto com o Müller, não apenas sendo conduzida, mas tomando decisões em conjunto com ele.
Também gostei dela manter firmeza, mesmo afetada pela morte do pai, não deixando seus sentimentos abalarem todo o seu psicológico ao ponto de perder o foco. A princesa está sendo uma princesa como se deve ser, comprometida em manter a soberania do seu país e bem treinada para exercer a função de governante.
Mas o mais interessante desse episódio foi o segredo debaixo do castelo na antiga capital: O mapa detalhado das linhas Ley na Europa. A informação pode ser usada para o bem de Eylstadt e dos aliados.
Acho que o mais sensato seria a Finé criar uma cópia e deixar com o Müller (ele parece ser de confiança) enquanto destruía o mapa debaixo do castelo, porque provavelmente aquilo pode ser usado a favor dos inimigos caso os germanos consigam encontrar ele.
Não faço ideia de como o roteirista possa encaminhar o enredo, mas prevejo que deixar este mapa intacto não vai surtir em algo bom.
Sobre as linhas de Ley. Elas são bem comentadas em algumas obras de fantasia. São alinhamentos imaginários que ligam vários lugares de interesse geográfico e histórico, tais como monumentos, cumes, cordilheiras etc, que ganharam valor espiritual e mistico com o tempo. Considerem como uma rede de fluxo de energia da terra.
Em relação ao final do episódio, gostei do fato da Izetta pedir para a Finé construir um país que todos poderiam escolher como será o amanhã e não um país em que todos sejam iguais. Repare que este discurso é mais aceitável que o da Emília em Re:zero.
Querer que todos sejam iguais é um sonho muito bonito, mas inocente. Os seres humanos nascem em diferentes posições sociais, é algo consolidado em nossa sociedade desde os primórdios da humanidade e isto não vai mudar tão cedo, mas possibilitar que eles escolham o que fazer do seu futuro é diferente. Meu discurso pode parecer cruel, mas é no que acredito.
O negativo é que parece que alguns personagens estão meio esquecidas no enrendo. O Hans foi inserido na história e ficou por isto mesmo. Aqueles dois pesquisadores alemães também não apareceram neste episódio. No entanto espero que estas personagens tenham uma participação maior na história.
Concluindo, este episódio foi mais um episódio de politicagem e introdução de novos personagens. Aguardando por um bom desenvolvimento de todo o elenco, até porque as personagens são interessantes e bem construídas.
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E vocês, que nota dariam ao anime?
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#Extras: