Sangatsu no Lion #08 – Impressões Semanais

“Todas as estradas levaram a isso”, dizia o material de divulgação de uma bilionária franquia de filmes de corrida. O mesmo pode ser dito nessa review, pois independente de onde iniciarmos, é imperativo que o texto tenha como núcleo os minutos finais do episódio, quando uma velha nova personagem dá às caras pela primeira vez na linha temporal principal da trama.

Digo isso pois, como um cão que irá, tendo 1 ou 10 anos de idade, correr atrás de qualquer automóvel com sirene que lhe cruzar o caminho, o destino de Rei, acredite nisso ou não, parece ter criado vontade própria e caminha, de forma lenta ou não, para o infortúnio.

Porque, independente dos esforços de seu amigo barrigudo ou da confortável e caótica habitação das irmãs, o quão barulhenta, iluminada e aconchegante seja sentar-se ao redor da mesa e partilhar uma refeição ou uma aula de Shogi, o percurso de volta para seu vazio apartamento será sombrio, desolado e solitário, um imã para ensimesmar-se em delírios e pensamentos conflitantes.

No tortuoso itinerário de retorno, ao refletir sobre seu autonomeado melhor amigo, chega a conclusão de que o deixa sufocado, um pouco pelo comportamento caloroso, um pouco, talvez, pela inveja causada pela influência que o mesmo deixa nas pessoas, algo que ele provavelmente gostaria para si.

E ao aproximar-se do portal para seu recluso lar, antes de abraçar a solidão, como um gato à espreita do ingênuo ratinho, é dos confins das sombras que vemos Kyouko. O quão sufocado se sentira Rei no momento? Uma ligação eterna e quase mística permeará ambos não importa onde estejam, mas os anos de intimidação, humilhações e desprezo que tanto “contribuíram” para personalidade do garoto hoje deixam marcas, como bem retratadas pela equipe do anime:

Para onde as escolhas da garota a levaram é uma incógnita. Mas fica claro seu prazer em agir de forma dominadora e manipuladora, incapaz de se despedir sem antes jogar um enorme obstáculo final para nosso protagonista decidir como encarar.

Aonde esta estrada levará? Veremos.

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E qual sua nota, leitor(a)?

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