Shuumatsu no Izetta #11 – Impressões Semanais
Depois de 11 semanas, o anime entra em seu clímax final com um bom episódio de prelúdio para a batalha final entre Izetta e Sophie que dará desfecho a uma história que se manteve estável e sem muita incongruência, mesmo que possua alguns fatos que são claramente questionáveis como a clonagem.
E como eu esperava o imperador realmente tinha ordenado se livrarem do Berckman na surdina. Então ele optar em se aliar com seus antigos adversários não foi algo que me surtiu uma enorme surpresa, porque já esperava a possibilidade de traição partindo dele.
Afinal o personagem sempre foi uma raposa esperta e neste caso em especifico era a única escolha racional que ele tinha para se manter vivo. E diferente do Rickert e do Müller, ele não tem sentimento algum de patriotismo. E vou ser sincera, adorei o soco que o Müller deu nele.
E sendo mais sincera ainda, confesso que tenho mais simpatia para com indivíduos como o Müller que possuem algo chamado consciência e responsabilidade para com seu país (coisa que falta e muito nos ratos do congresso nacional) do que com indivíduos como o Berckman, mesmo que suas atitudes sejam compreensíveis e lógicas.
Agora uma coisa que achei interessante é que é impossível você não fazer o paralelo daquela bomba de Exenium desenvolvida pelos alemães com a bomba nuclear desenvolvida pelo Projeto Manhattan. O roteirista esta de parabéns por fazer essas associações não tão sutis já que é fácil você pegar as referências.
Inclusive o poder de destruição é bem semelhante a bomba de plutônio jogada sobre Nagasaki: 20 quilotons. E o que os alemães pretendem fazer é o mesmo que o EUA fez pra encerrar a guerra por definitivo (no fronte oriental, porque lembrem que no Ocidente já havia terminado com a queda de Berlim): massacrar duas cidades simplesmente para dizer eu que mando aqui e pronto.
E se tem uma coisa que eu gosto em animes como Izetta e filmes com temática militar mais realista é o fato de mostrarem a guerra como ela é nua e crua. Na verdade esporem um retrato bem pintado dos seres humanos quando eles esquecem o “ser” em humano.
O oficial da guarda real germânica apresentado no inicio deste episódio é apenas um lembrete que se as pessoas conseguem ter um pouco de Deus, também conseguem ter um pouco de Diabo.
Se bem que ele me lembrou bastante aqueles inimigos clichês e cartunescos apresentados em diversas obras animadas, mas positivamente não apelaram para aquelas caretas muito exageradas – o que agradeço senhor roteirista.
Contudo o que ele fez e o que pretendia fazer podem ser configurados como um bom exemplo de crime de guerra: executar prisioneiros sem dó ou piedade para forçar o bunk a se render e querer queimar os sobreviventes do lugar mesmo depois de terem se rendido. O mais trágico é que coisas como essas são bem mais comuns do que se pode imaginar.
Agora falando um pouco das protagonistas da obra. A amizade de Izetta com Finé é uma das coisas que mais gosto em toda a obra.
Apesar de haver uma certa romantização, a atitude da bruxa em querer lutar até a morte pela arquiduquesa é compreensível pelo ponto de vista de que quando você estima muito uma pessoa, a segurança desse individuo e a preservação de seus ideais se tornam algo extremamente importante.
Além disso fidelidade não é algo tão incomum na história (apesar da traição perdurar mais), o general Choi Yeong da Coréia é um bom exemplo disso, viveu e morreu lutando pelo seu rei.
Então gostei muito quando a bruxa deu um tapa na cara da arquiduquesa e a lembrou de algo que ela mesmo afirmava: Ela vivia para encarnar os anseios de seu povo.
Apesar do que a replica da bruxa de que se muitos morreram por ela, ela também deveria honrá-los lutando por eles ser algo extremamente clichê. No entanto é aceitável aqui já que Finé estava praticamente voltando atrás em suas próprias palavras.
O que também é algo compreensivo dada a situação. Quando não se tem muitas alternativas, uma rendição é a melhor solução para diminuir um pouco danos e perdas.
Além disso, a cena do voo noturno das duas foi algo bem bonito, no entanto não vejo como um bom preságio. Este tipo de cena normalmente consta como despedidas e prelúdios para a morte.
O fato da comitiva da arquiduquesa ser interceptada pelo aviador alemão também foi um bom gancho para o episódio final já que te deixa apreensiva para o que vai acontecer com o grupo e se eles conseguiram contornar a situação e chegar na conferência com os lideres das demais nações que estão em guerra.
Em relação com a batalha final da Izetta com a Sophie, já disse que não acredito que as duas bruxas possam sair vivas. Contudo se a Izetta conseguir sobreviver provavelmente terá pouco tempo de vida ou sairá bem avariada. Se um dos dois finais acontecer não é algo tão feliz, mas um bom final, na minha opinião.
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E você, que nota daria ao episódio?
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#Extras