Shuumatsu no Izetta #12 | Impressões Finais
Depois de 12 semanas, Izetta chega ao fim de seu percusso, contudo não posso dizer que fiquei muito contente com o final da obra. Em primeiro lugar porque eu já havia teorizado este possivel fim e gosto mais de reviravoltas que acabem me impactando. Em segundo lugar porque houve um certo exagero do roteirista no desfecho da obra e um final “feliz” meio que forçado.
O roteirista de Code Geass parece amar finais espetaculosos, mas na maioria dos casos acaba exagerando e deixando os finais mais incoerentes e absurdos do que lógicos e aceitáveis.
O plano magnifico de deter os germanos concentrando toda a magia da Terra em um único ponto seria a mesma coisa de você tentar concentrar todas as partículas de oxigênio da atmosfera terrestre em um mesmo lugar .
Não é algo impossível, mas que requer uma força absurda e não acredito que duas bruxas com uma pedrinha insignificante conseguiram isto. Para piorar a pedrinha consome o tempo de vida do usuário, então não era para elas terem durado tanto tempo concentrando a magia.
Somasse a isto o final meio clichê em que a Izetta sobrevive, o que não me agradou porque não tem nenhuma explicação no roteiro para dá respaldo a ela ter sobrevivido a uma explosão daquela magnitude, o que torna o fato apenas algo jogado na tua cara e você aceita e pronto.
Agora uma das coisas que eu gostei neste confronto foi o fato de justificarem o porquê da Sophie ter um ódio tão mortal de Elystadt. Ela ser traída e jogada em uma fogueira já era o suficiente para alguém ficar extremamente rancoroso com os descendentes dessas pessoas, agora soma a isto o fato de uma dessas pessoas ser aquela que você mais estimava.
Então quando a bruxa branca revela que a ordem de execução dela foi dada por Mathias em seu leito de morte foi uma sacada legal, apesar do que eu já pensava em algo do tipo.
Ademais, o final para mim foi apenas o esperado. Depois da batalha entre as bruxas não teria mais opções além da guerra seguir o curso que ela tomou na história. Foi um final bem conclusivo, mas um pouco sem sal por seguir um caminho que se tornou muito obvio, principalmente depois da morte do Rickert.
Avaliação: 3.5/5
Impressões Finais
Shuumatsu no Izetta foi um anime com o qual eu fiquei receosa que a história acabasse desandando. Principalmente por ter uma proposta um pouco complicada que exige uma certa moderação principalmente por atrelar elementos de fantasia com período histórico e um dos roteirista ter uma escrita um tanto instável não me deixava muito segura sobre os rumos que a obra tomaria.
Mas para a minha felicidade o enredo se manteve com uma progressão até que estável em comparação com Guilty Crown e a segunda metade de Kabaneri, além de apresentar personagens com personalidades bem construídas.
Alias acho que este é um dos pontos fortes do anime, a maioria dos personagens apresentavam comportamento e reações bem ponderadas. Havendo uma clara preocupação em humanizar e desenvolver tanto o lado inimigo quanto o amigo, o que acarreta no público simpatizar com antagonistas como o Rickert e não apenas odiá-los.
No entanto não posso dizer que o enredo da obra é perfeito, ele possui uma certa consistência, mas a história ainda contém algumas coisas bem questionáveis como a questão da clonagem que ficou meio forçada principalmente para a época e o roteirista não deu a entender que a ciência e tecnologia dos alemães no universo de Izetta era mais avançada do que o daquele período na realidade.
Alguns personagens também foram muito subaproveitados como o soldado loiro, a camareira, as guarda-costas (retirando a Bianca que teve um pouquinho mais de foco, mas quase nenhum desenvolvimento também) e aquela ex-repórter que era professora da Finé. O desenvolvimento encima das protagonistas da obra também peca, já que poderia ter um maior aprofundamento por parte do roteirista. As duas não sofrem grandes mudanças no decorrer de toda a história.
Além disso alguns acontecimentos se tornaram de certa forma bem previsíveis e um tanto que convenientes como a mudança de lado do Berckman e isto acaba tornando as coisas meio anti-climática já que o público em sua grande maioria busca ser surpreendido pelos rumos da história, mesmo que de certa forma nos sentimos em êxtase quando uma teoria é comprovada.
A trilha sonora possui uma mistura um tanto diferente de algo épico com mistico, o que acaba chamando bastante atenção. Além de possuir um bom timing (cronometragem) com cenas e cumpre com o seu papel.
No entanto dá para ver que a direção do anime é meio inexperiente porque as cenas de ação agregam o básico, mas poderiam ser mais criativas e impactantes e nestes momentos a opinião do diretor geral é importante, mesmo que o diretor de ação cumpra bem com a sua função que é o caso do diretor de ação de Sword Art Online.
A animação também é mediana com apenas algumas partes mais fluidas ( a maioria deles obviamente nas partes de ação), sendo que em certos momentos você percebe trechos mais travados, inconsistente e com até animação semi-acabada (Com trecho ainda por terminar, se vocês verem algum quadro com coloração esverdeada meio diferente no cenário, aquilo é marcação para os animadores aplicarem algum efeito ou colorirem um trecho do quadro com determinada gradação de cor, etc).
Concluindo, Izetta foi um anime que me agradou de forma considerável e que tentou evitar ao máximo exageros ( pena que no final o roteirista decidiu por algo muito grandioso tipo fazer Izetta acabar com toda a magia do mundo) possuindo bons personagens (que infelizmente não foram tão bem desenvolvidos) e que acabam agradando ao público na maioria dos casos ( a princesa Finé continua sendo uma das melhores princesas de animes que eu vi). Eu recomendaria o anime mais pelas referencias da Segunda Guerra e tratar de geopolítica de forma satisfatória. No entanto ressalvo que o enredo em si não é uma obra de arte e poderia ser bem melhor.
Direção – 7/10
Roteiro – 8/10
Animação – 7/10
Trilha Sonora – 8/10
Entretenimento – 7/10
Nota Final
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E você, que nota daria a série com um todo?
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#Extras: