Tales of Zestiria #15 – Impressões Semanais
E dessa vez como eu esperava o clima do episódio não terminou em nada. Mas não estou totalmente contente com o desenvolvimento desse conflito.
E mesmo que a sequencia do confronto entre Dezel e Lailah (que rendeu uma destruição bonita de se ver) tenha sido muito bem feita, o final se torna novamente anti-climático, porque Sorey e companhia conseguem resolver o problema sem grandes empecilhos.
Esta é uma das problemáticas de Zestiria desde a sua primeira parte: Ainda não acontecer algum embate de resolução um pouco mais complexa.
Além disso, o que a Rose tem na cabeça? Uma hora autoriza o Dezel a fazer uma arruaça, mas no mesmo instante esta correndo atras dele para dizer para o cara parar com aquilo. Dessa vez eu vou crucificar o roteirista, porque isto não teve coerência.
Se ela aprovou que o serafim fosse até a igreja, deveria estar ciente que provavelmente ele não iria apenas cumprimentar o clero. Estava mais que obvio que que o Dezel provocaria alguma confusão de nível catastrófico já que ele é uma entidade poderosa.
Acrescentamos a isto o fato do Sorey fazer nada. Ele só ficou parado vendo a festa junto com a Rose. Sinceramente eu gosto do personagem, porque acho ele simpático.
Mas o que esperamos de um protagonista é que efetue alguma ação e que se envolva diretamente com o conflito, não que fique apenas de espectador.
No entanto, é indiscutível que a trama esta tomando um rumo um pouco mais tenso, o que devo agradecer a segunda parte do jogo que é onde as coisas realmente passam a acontecer e temos aquelas pequenas revelações que te pegam de surpresa (ou não tão de surpresa assim).
E pelo titulo do episódio 17, o clima provavelmente continuará bem quente com a Rose. Principalmente porque esta mais que obvio que a morte do Brad, pai adotivo dela, esta relacionado a igreja corrupta.
Sendo realmente interessante o Sorey ficar fortemente envolvido no meio disso tudo para seu amadurecimento como Pastor, já que o garoto continua muito ingênuo. E aqui entra o titulo desse episódio: filosofia distinta.
As pessoas naturalmente adquirem vários ideais e valores que defendem como correto ao longo de suas vidas. E realmente devemos defender o correto apenas por ser correto (como apregoa o bom Kant), mas optar pelo correto também pode se torna relativo em determinadas situações.
O sonho do Sorey é conseguir um mundo onde os humanos e os serafins vivam em harmonia. Mas isto é deveras utópico porque sabemos que os seres humanos, assim como os próprios Serafins possuem gamas de interesses diferentes. Que muitas vezes vão bater de frente e gerar conflitos.
E para conseguir pelo menos manter a paz, esta na hora do Pastor aprender que as vezes devemos abrir mão de certo moralismo e aceitar que os fins justificam os meios. Principalmente com tamanha corrupção alastrada nos dois países.
No entanto, vou admitir que o mais sábio é o que o Mervyn disse. O importante é ser alguém sincero consigo mesmo e dizer o que pensa sem medo. Talvez assim seja possível ser mais feliz e fazer pelo menos as pessoas ao nosso lado felizes.
E continuando a falar sobre ideais, aprovei o fato do roteirista não ter esquecido da Alisha. Ela é uma personagem de apoio importante, então estava me perguntando se ela continuaria com aquela postura semelhante a do Sorey e fico feliz em ver que pelo visto não.
Alias, também não tinha como a princesa continuar por mais tempo defendendo o que é correto sem ir de frente contra a nobreza corrupta, que neste caso é comandada pelo Bartlow.
Na verdade, a situação pedia por uma medida mais drástica de qualquer forma já que a personagem foi declarada como uma traidora. Então as coisas vão se resolver na espada mesmo ( o que eu espero).
O que torna isto mais interessante ainda é que ao que parece ela vai estar em desvantagem numérica com os aliados presos e apenas com as tropas sobreviventes do regimento dela disponíveis.
Então espero que a princesa tenha uma estratégia mais bem elaborada do que a utilizada na temporada anterior. Porque não tem como ela bater de frente com um exercito maior que o dela em campo mais aberto.
Talvez o que ela vai fazer é um assalto noturno ao palácio. Seria uma das melhores opções, já que ela poderia tomar o Bartlow como refém pra conter a chegada de tropas auxiliares (mas isto é o que eu faria).
Mas para mim o mais apropriado ainda seria ela conseguir apoio do povo e de nobres com rixas ou não simpatizantes com o ministro para recrutar mais tropas – formar realmente uma facção contra o ministro (E sim, eu estou defendendo uma guerra civil XD).
Concluindo, Tales continua seguindo uma formula de aventura light que não é ruim, mas não acaba te prendendo porque ainda não existes conflitos tensos e de resolução mais complicada. Até agora Sorey e companhia conseguiram resolver tudo de forma fácil e sem grandes perdas. Mas aparentemente a história vai tomar rumos mais sérios, o que eu espero.
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E você, que nota daria ao episódio?
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#Extras