[Review] Fire Girl – Uma história original sobre exploração em outro mundo!


Olá, amigos. Eu me chamo Testarossa e sou o novo redator de light novels (E visual novels) do IntoxiAnime. Como sou novo por aqui, espero se acostumarem comigo nas próximas semanas.

Minha função será, claro, trazer reviews e impressões de light novels e visual novels que eu achar que vale a pena serem destacadas e quem sabe não criar interesse o bastante para alguns de vocês irem atrás? São duas coisas que eu realmente gosto, e eu espero conseguir mostrar para vocês o que de interessante, popular ou curioso dá pra se encontrar nelas. Começando hoje, estaremos trilhando um longo caminho nessas duas mídias tão grandes, então para um primeiro post nada mais justo que começar falando de Fire Girl.

 

Fire Girl é uma light novel criada pela TYPE-MOON (Fate/Stay Night, Kara no Kyoukai) e lançada no final de 2012, contando com um total de 7 volumes. Eis a sinopse:

A novel conta a história de Hinooka Homura, uma carismática e extrovertida garota com clássicos problemas mundanos como ser ruim para estudar ou problemas em relacionamentos amorosos, isso até receber o convite para entrar no ‘Clube de Exploração’ sobre a proposta de “Se tornar uma maga”. As expedições que o clube fazia, no entanto, eram em outro planeta desconhecido e cheio de mistérios acessível através de uma espécie de magia de teletransporte, mas no fim das contas as coisas não eram exatamente o que ela esperava ser… 

 

Fire Girl é, como a sinopse acima descreve, uma história de exploração. Não “exploração” do tipo “aventura no mundo de fantasia”, mas sim exploração do tipo trilha/caminhada mesmo, é bom manter isso em mente e não esperar necessariamente uma história de ação e fantasia.

O que não quer dizer que não tem ação ou elementos de fantasia, até porque existe sim magia na história, mas apenas são elementos secundários na novel. De fato, a obra nos apresenta um mundo completamente diferente que é bem atraente, ao mesmo tempo em que também é bem misterioso.

Antes de mais nada, precisamos voltar ao início da história. Talvez um dos fatores que podem mais desanimar as pessoas no começo é o ritmo dos livros, principalmente o primeiro. É bem lento, e gastamos quase todo o primeiro volume, que é relativamente grande, ainda na parte escolar, se alguém ir esperando experienciar aventuras logo de cara, vai acabar se decepcionando. Isso não quer dizer que seja lento sem necessidade, digamos que é um mal necessário (Ou caso você não se importe com o ritmo lento, então ganha em dobro), pois veja:

A história precisava desse tempo para desenvolver não só o que se passa na cabeça da Homura, mas também para dar a caracterização necessária para os personagens antes de te jogar em outro mundo (Literalmente).

Claro, durante o processo nós temos alguns acontecimentos e encontros que deixam o terreno preparado para possíveis situações futuras, como alguém que gosta bastante do uso de “foreshadowing”, são detalhes que eu percebo e ajudam a apimentar o que, até então, seria uma obra bem “parada”.

Sendo uma personagem muito carismática e extrovertida, é bem interessante acompanhar essa fase da Homura. Um detalhe que pode ser positivo ou negativo para vocês dependendo do que gostam é o quão ‘humano’ são os personagens, as ações deles e os diálogos. No geral, apesar do que eu disse, tirando a Homura que é de fato uma personagem muito bem construída, os demais personagens não chamam tanta atenção, não são personagens ruins, mas não são especiais também (P.S.: A Homura ficou popular o suficiente para ganhar sua própria action figure, mesmo a LN não sendo tão popular assim haha).

Mas vamos ao que interessa, depois de muita construção, o momento da história engatar finalmente chega.

Nada como subir montanhas, atravessar florestas e penhascos!

Se você conseguir chegar até aqui e souber o que esperar, garanto que não irá se arrepender. O autor consegue criar uma sentimento real de aventura enquanto vemos as coisas mais do ponto de vista da Homura.

Porém, quando ela quase falha na sua primeira missão por conta da sua condição física não estar apta o bastante para encarar aquela jornada, não só ela, como nós começamos a ver a história de outra forma. Até que a história realmente mostra o que exatamente estaria por vir futuramente: Aquele planeta, obviamente, era habitado (O que até então era apenas uma possibilidade não confirmada). A partir desse ponto sim, a novel passa a ser uma aventura com uma atmosfera um pouco mais sombria e misteriosa.

Talvez trilhar não seja tão fácil.

A construção da relação dos personagens é muito bem feita, assim como as situações mais perigosas durante uma expedição. As cenas de ação, no entanto, não são tão empolgantes quanto poderiam, como eu posso dizer? Não são tão criativas, mas como eu disse, é um ponto secundário na história, então afeta muito, as “situações perigosas” mencionadas acima acabam compensando bastante isso, inclusive.

Conforme os mistérios daquele mundo, e de seus recém-descobertos habitantes, são revelados, é possível notar que a história é bem mais do que parece, mas tais mistérios vocês precisarão descobrir lendo.

Fire Girl é uma história incomum e muito bem escrita. Se você não for espantado pelo ritmo lento da história e achar a premissa de exploração interessante, vale a pena dar uma olhada. Caso queira algo mais movimentado, com mais ação, elementos de fantasia e personagens mais expressivos, eu não recomendo a leitura.

Ah sim, e para quem está se perguntando, e eu sei que tem bastante gente que se importa bastante com isso, o romance existe sim, e assim como a história como um todo, é desenvolvido cautelosamente, até por circunstâncias interessantes que circulam os personagens, não é algo tão presente, mas tem umas cenas bem legais aqui e ali que desenvolve bem as coisas.

A light novel está sendo traduzida para o inglês frequentemente pelo grupo NanoDesu, quem se interessar, dê uma olhada.

Testarossa

Escritor amador, fã de animes, mangás, light novels, visual novels e outras coisas da cultura japonesa. "Nunca tenha certeza de nada, por que a sabedoria começa com a dúvida."