Sakurada Reset #03 – Impressões Semanais
Esse episódio marca o início de um novo arco, o que deixaria as coisas um pouco complicadas de serem analisadas por si só, mas quando as informações começam a pipocar na tela sem parar acaba piorando tudo.
Diferente do primeiro e segundo episódios, onde a confusão é agradável e bem-vinda, nesse terceiro acabou me incomodando um pouco. São nomes e pessoas sendo acrescentadas uma atrás da outra que quase não dão para acompanhar. O tal Hitsuchi parece ser uma pessoa importante, mas nenhum detalhe é adicionado, nem mesmo uma comentário aleatório introduzindo a função dele no clube de Serviços/Escritório. Ele está simplesmente ali e ponto. Tudo o que podemos fazer, é rezar para mais informações aparecerem no próximo episódio.
Seguindo essa linha de raciocínio, temos alguns vislumbres sobre o que aconteceu durante o período de dois anos que se passou. Kei e Haruki agora são alunos do ensino médio (por mais que eu jurasse que eles já estavam no ensino médio) e agora fazendo parte de um clube, mas especificamente, o clube de Serviços.
Esse clube nada mais é do que uma forma indireta do Escritório manter os dois sobre controle, assim como a mãe da garotinha do primeiro arco, a combinação do poder deles é muito forte e não pode ser ignorada. Ao que parece, o tal Escritório é bem rígido sobre isso, criando até mesmo um Rank para as habilidades.
O poder do amigo do Kei, por mais que parecesse ser inofensivo no início, recebe uma classificação A, o que chama bastante atenção para os motivos disso, afinal de contas, ele só pode enviar mensagem por telepatia (ou servir de despertador personalizado).
Outra coisa que me chamou atenção nesse episódio foi a forma como o mistério apareceu.
Não teve todo aquele peso do primeiro, com questão como: abandono e passado traumático, mas o fato de ter sido explicado sem enrolações deixa um clima mais leve para história.
Tudo bem que “reviver” um gato é claramente só uma desculpa para algo maior, mas eu gosto quando o mistério parte de coisas simples e depois se desdobra de forma complexa. Monogatari Series faz isso bem, e se Sakurada seguir a linha de raciocínio, pode criar coisas interessante para o próximo episódio.
A introdução da garota chamada Murase Yoka segue o mesmo principio, ela é apresentada sem qualquer rodeios, mas trás algumas perguntas juntos, como por exemplo, o ponto levantado pelo próprio Kei.
Se eles tem que resolver problemas relacionados a habilidades, por que pegaram um serviço como salvar um gato? Só pela explicação do caso não tem como ligar um poder à razão daquilo, é como se fosse um Macguffin. Um objetivo que deve ser seguido, mas que pode facilmente ser substituído por outra coisa, como o Kei explica no próprio episódio.
De toda forma, ainda é cedo para saber o que vai surgir com a introdução de todas essas pessoas e fatos, por isso, vamos falar um pouco dos personagens principais, especialmente sobre as mudanças que ocorreram durante estes dois anos em que o tempo foi cortado.
Assim como esperávamos, os “efeitos Souma” tiveram impacto no Kei . Ele criou um certo receio em usar os resets, e formulou um sistema para controlar melhor o que faz, chegando até mesmo contar os minutos para aproveitar ao máximo o tempo que tem antes de precisar usá-los. Isso, de certa forma, é interessante pois, se bem aproveitado, pode criar situações onde o forcem a decidir entre evitar o reset e assumir as perdas, ou usar o reset e minimizar os efeitos causados, criam assim, um bom jogo mental sobre as decisões dele, e sobre o modo como as viagem temporais vão funcionar.
O grande diferencial da habilidade da Haruki é justamente isso, eles não podem ficar fazendo os loops para sempre, tem o limite de um reset por save, além de só poderem voltar três dias. Não existe muitos espaço para erro, e graças a Souma, isso começa a pesar ainda mais na história.
O Kei e Haruki sentiram os efeitos de usar o poder sem pensar, e o medo de errar de novo pode ser justamente onde o próximo erro vai acontecer.
Tudo depende de como a história foi escrita.
Deixando um pouco o foco no Kei de lado, vamos para Haruki.
Por mais que ela ainda use aquele cabelo questionável, a personalidade dela também mudou, e para mim, esse foi o ponto alto do episódio. Eu falei como o ritmo mais leve funcionou bem para história, diferente de ser lento, ter uma passagem de tempo suave ajuda a criar boas sensações.
Você se diverte sem perceber, e assistir a Haruki agindo de forma mais humana acabou sendo bem agradável. Eu diria até que foi isso que manteve meu interesse.
Ela tentando basear seu comportamento nos gostos do Kei, o modo como ela parece ainda não saber exatamente como se comportar, ao mesmo tempo que tenta demonstrar seus sentimentos, tudo isso ajuda a criar um pouco mais de empatia por ela.
A cena dela usando o famoso “nya” no final da frase, só pelo fato do Kei ter dito que achava fofo, me pegou de surpresa, eu ainda tinha a impressão que ela era robótica, que por mais que tivesse recebido alguns sentimentos, ainda não sabia como demonstrá-los, então, quando ela fez aquilo, eu acabei rindo sem perceber.
Claro que temos que dar parte do mérito disso para Kana Hanazawa, ela é muito boa para dar emoções para personagens que não deveriam ter emoções, e por mais que isso seja um ponto positivo da dubladora, e não da história em si, são nesses pequenos detalhes que a coisa vai ganhando forma.
Ter empatia pelos personagens ajuda muito na hora que o drama chega, e em histórias como a de Sakurada Reset, que tem um apelo forte na personalidade e relacionamento dos mesmos, entender e se “enxergar” nos personagens ajuda bastante a gostar do que está acontecendo ali.
Em resumo, por mais que sejam necessários para um início de arco, esse episódio acaba exagerando um pouco em fazer mistério. Em contra partida, cria boas cenas para ajudar a “gostarmos” mais da história… Talvez nem todas sejam boas, mas a tentativa e validade, e de uma forma, ou de outra, acaba funcionado nem que seja um pouco para criar essa sensação. Agora só nos resta esperar pelo próximo, e ver se tudo vai se encaixar nos seus devidos lugares.
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E você, que nota daria ao episódio?
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