Sin: Nanatsu no Taizai #01 e #02 – Impressões Semanais

Animes como Sin: Nanatsu no Taizai, são complicados de avaliar, não somente pela história, mas também pela divisão de opiniões. Alguns gostam, outros odeiam, e ainda existe aquele terceiro grupo que é indiferente a isso. Eu particularmente me considero no terceiro. Não é como se eu fosse um fã de Ecchi, mas também não é como se eu os odiasse.

Há coragem em assistir animes Ecchi.

Esses dois episódios me deixaram dividido. Enquanto que o primeiro foi agradável de assistir devido a premissa que parecia ser “séria”, o segundo foi estranho devido a falta de uma objetividade maior para a história. Eu sei que o esperado para um Ecchi é a falta dela, mas o primeiro episódio conseguiu me deixar curioso pelo segundo. Ele segue uma linha simples, mostrando alguns relances do momento em que Lúcifer é banido do céu, ao mesmo tempo que te faz ficar interessado em saber a razão disso.

Os sete pecados também são apresentando de forma simples e sem exageros, além de acrescentar rapidamente a participação de uma garota humana, dizendo de forma indireta, que a história irá girar em tornos dos três mundos. Existem algumas falhas no roteiro, por exemplo a forma estranha em que Lúcifer troca de opinião após um breve “assedio sexual”, mas em um contexto geral não interfere no desenvolvimento do anime, e a cena final te dá uma boa desculpa para voltar para o próximo.

Há orgulho em mudar de opinião após alguns segundos de diálogo.

Porém, é justamente no segundo episódio que as coisas ficam estranhas. O mais relevante aqui é a tentativa de criar uma relação entre as garotas, principalmente entre Lúcifer e Maria. Ao que dá a entender, após os acontecimentos anteriores, as duas acabaram conectadas, tudo aponta para que seja aquele sistema de mão dupla: Maria ganha imortalidade enquanto Lúcifer estiver viva, e Lúcifer continua a existir enquanto Maria estiver viva. Só que isso acaba virando apenas uma desculpa para usar fanservice e alongar o episódio para adicionar um… pensamento reflexivo? Que ainda nem faz muito sentido.

Há orgulho em mostrar seus dotes culinários.

Apenas com dois episódios não dá para saber muito bem o que pode acontecer com a história do anime. O primeiro me agradou pelo fato de não usar o enredo para gerar fanservice. Animes como Valkyrie Drive e Masou Gakuen HxH, que apoiam o plot na criação de cenas Ecchis, acabam sendo bem apelativo para o meu gosto — o que não tinha acontecido com Sin: Nanatsu no Taizai, de início —, porém, após o final do segundo episódio, eu já não tenho tanta confiança assim sobre a seriedade que a história poderia ter.

Talvez aquela “previsão do futuro” tenha sido apenas uma caso isolado, mas se conseguiram evitar isso no primeiro episódio, escolher uma forma tão apelativa para “ativar” os poderes da Maria, são questionáveis. Só resta esperar até a próxima semana para saber se o anime vai andar para o lado negativo, ou vai ao menos tentar entregar uma história razoável em meio aos famigerados fanservices.

Há orgulho em criar expectativas para o próximo episódio.

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E você, que nota daria aos episódios?

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Extras

Parece que não é bem assim.

Existem oito pecados no anime, o que naturalmente te fazem pensar que tem alguém sobrando, mas quando você analisa melhor, é justamente o contrário. A Inveja (Leviathan) e o Orgulho (Lúcifer) não fazem parte do grupo de pecados regendo o inferno, o que acaba resultando na imagem acima, 6 cadeiras para 7 pecados capitais.

Ao menos o character design das 8 são bem feitos.

 

Extra dentro de um Extra.

“Por favor, digam que entenderam a referencia nas legendas e faça um redator feliz”

Nota do editor (Marco): Estou achando legal como o Marcelo consegue apreciar redigir análises de diferentes gêneros de animes  – Sakurada Reset, Tsuki ga Kirei e Nanatsu essa season. Pensei ser o único maluco que arriscaria pegar um ecchi com plot duvidoso pra comentar. Se bem que quando decido pegar Shinmai Maou para análises semanais, ele era considerado mais seguro. Mas eu também tentei tirar algo de bom do famigerado Masou Gakuen HxH.

De qualquer forma, acho que pode ser interessante para quem curte ver esses animes sem se preocupar muito em pensar sobre, mas que gostaria de ver uma possível tentativa de análise que não fosse idiota o bastante para só reclamar que “tem ecchi pesado, então é ruim”. O Marcelo é livre para dropar se a coisa ficar muito complicada nesse aqui, mas aprecio a tentativa.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.