Eromanga-sensei #08 – Impressões Semanais
Se o Capitão América fosse um dado fã e assistisse a Eromanga-sensei, tenho certeza que ele adoraria as referências. Piadinhas à parte, esse episódio conseguiu unir o mesmo humor irreverente de sempre com algo que já era de se esperar; o toque de romance.
Acho que já podemos dar o prêmio de pior protagonista do ano, para o dito cujo que compara a Sagiri com a Muramasa. Ok, nada contra, mas o Masamune se passa por lerdo constantemente, e para piorar ainda se comporta como um garoto indeciso. “Ah, porque eu passei a gostar dela por ser minha fã”…
Tendo a Sagiri como foco principal, o episódio soube se dividir bem dentre os acontecimentos. Finalmente um pouco mais da sua rotina parada foi mostrada, gerando boas cenas de comédia.
Para começar acho que todo mundo já perdeu aquela entrega no correio. E que dor que essa situação traz… que dor. Senti em parte a tragédia lamentável que aconteceu com a Sagiri.
E admito que sempre tem aquele dia sozinha em casa que ficar com tudo escuro é bem agradável. Ponto positivo para adaptação de pessoas que se enfurnam em casa longe da vida social.
Os comentários principais no Twitter se voltaram às referências encontradas nesse episódio. Foi de Oreimo à Sword Art Online. Todas novels da mesma editora da novel de Eromanga-sensei.
É bem interessante ver esse aspecto numa comédia cujo tema intrínseco é justamente o mundo das light novels.
É um ponto que aproxima o telespectador da obra e acaba tornando-a ainda mais divertida. Estamos falando a mesma língua que aqueles personagens, conhecemos o mundo que eles gostam, e isso acaba tornando toda a experiência em acompanhar o anime ainda melhor.
Outro ponto ainda interessante é que mesmo com muitas informações inseridas, cada cena consegue retratar de forma objetiva o propósito dela na obra. A exemplo disso fica a cena do Masamune ligando à noite para a Sagiri. Aquela parte romântica começa ali, mas o objetivo principal é colocar mais humanidade no Masamune.
Só a Sagiri pode ter algum trauma por conta de seu passado? Não. E isso é muito bem justificado quando ele assume que tem medo de ficar sozinho, por conta da morte de sua mãe. Esse quesito dramático, mesmo que superficial transmite pontos profundos que a obra consegue lidar muito bem.
E claro, mesmo que dividida entre a Sagiri e a Yamada, a ilustríssima “elfa” tinha que brilhar nesse episódio também. Acho engraçado o jeito que ela aparece do nada em algumas situações toda cheia de si. A proposta dessa vez foi uma festinha de comemoração pela competição de light novels, que eu chamaria mais de uma social do que uma festa.
Ainda não fui diretamente com a cara da Muramasa, mas admito que os ataques fofos dela de timidez são adoráveis, ainda mais quando ela tenta ser mais formal. Mesmo sendo rejeitada ela se comporta como uma típica personagem que dificilmente desistirá do protagonista, mas de forma reservada.
Agradeço pelo Shidou não ter sido um empecilho como concorrente do Masamune, contudo se ele apareceu na história muito provavelmente tem alguma coisa por aí. Não fui completamente com a cara dele e é bastante curioso nesse gênero aparecer outro garoto.
Inicialmente, ele não foi tão explorado e pode ter sido apenas uma mera participação, mas há de se considerar qualquer detalhe nesta história.
Acabou sendo uma social bem representativa do século 21, digna de Skype e tudo mais. Essa forma de abordagem fazendo com que a Sagiri ainda não saia do quarto, mas mesmo assim socialize, é muito bem casada. E teremos que ter paciência ainda e ao menos aproveitar o humor dessas situações não tão comuns assim.
A cena dos sonhos foi bem bonitinha, porém ainda não esperava que a Sagiri fosse ser TÃO direta, e que isso sequer abalasse o Masamune. Foi uma boa ligação com acontecimentos futuros da obra e da cena seguinte dos fogos. O que me fez pensar que se o diretor conseguiu adaptar a clássica cena do festival dentro de casa, quem sabe um dia não haja aquele episódio da praia.
Todo aquele clima foi bastante bonitinho, inicialmente no quesito relação romântica quase dava para sentir que alguma coisa podia acontecer. Com os dois romanticamente vendo os fogos de artifícios, aquele estopim de romance era tão previsível que desceu ladeira abaixo. Assim, a Sagiri se coloca como uma possível irmãzinha para o Masamune, destruindo tudo aquilo que esperávamos.
Possivelmente eu perdoarei essa cena por conta da animação e porque mesmo decepcionante foi bastante bonita. Ainda mais com aquela música de encerramento e imagens com detalhes simples e maravilhosos. Mas que foi decepcionante foi.
O que se pode pensar positivo é que o foco na light novel foi perdido durante esse episódio, provavelmente ele voltará, porém, foi provado que no quesito “focar em outras partes da obra” a direção está de parabéns, sabendo dosar cada personagem, cada parte do enredo e cada fato. Só não sabemos até quando eles se manterão nisto.
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E você, que nota daria ao episódio?
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