Boku no Hero Academia 2 #13- Impressões semanais

Boku no Hero inicia oficialmente seu novo arco, após uma boa fase de torneio. Essa nova história promete ter toda a seriedade que o anterior não apresentou. O episódio dessa semana atuou como uma introdução dessa nova situação.

Situações comuns de aspirantes a heróis

Uma de minhas maiores dúvidas sobre o anime até agora era de que mesmo os estudantes sendo televisionados em rede nacional, não havia acontecido nenhuma situação que mostrasse o quanto isso influenciava e de como eles são conhecidos pelo público. Esse episódio mudou isso, apresentando logo de cara pessoas abordando Midoriya no trem e o parabenizando pelo resultado.

É interessante ver a diferença das reações das pessoas quando abordam um herói famoso e em relação ao comportamento deles com Midoriya no trem. Tudo parecia muito casual, amigável; diferente da seriedade e perseguição com que os heróis são tratados como na primeira temporada, quando a escola é invadida.

Os heróis estão numa posição muito expositiva, colocando-os em uma posição de muita desvantagem em relações aos vilões, que podem aproveitar os estudos e reportagens sobre os poderes dos heróis para vencerem lutas.

Os alunos, assim que acabam o torneio, recebem uma proposta para atuar em estágios nas agências de heróis e conhecer um pouco de suas responsabilidades e deveres. Os que se destacaram no torneio, recebem propostas pessoais para trabalharem em suas empresas, diferente dos que não conseguiram nenhuma proposta e vão ter que escolher entre os ditados pela Yuuei.

Ficou destacada a importância que o autor dá a esse estágio, colocando um peso nele que pode decidir o futuro de todas as vidas do grupo dos protagonistas. Espero que essa situação se desenvolva e não fique superficial como acontece em vários animes, em que é dado uma dimensão muito grande para tudo, no final, se resolver de uma maneira muito fácil.

Para começarem a atuar nos estágios, os estudantes têm que escolher um codinome para herói, que provavelmente vai perdurar por toda suas vidas. Diante dessa decisão, o autor tenta explorar dramaticamente o peso de assumir determinados nomes, como Iida desistindo de colocar o nome Ingenium por não suportar emocionalmente, assumir o lugar de seu irmão.

Muita criatividade

O resto dos nomes foram em sua maioria tentando dar cenas de comédias, impondo algumas características, desejos dos personagens, e até referências a outros heróis. Alguns  me deixaram com a sensação de uma falta de criatividade, principalmente os que evidenciavam e copiavam ideias, como a garota invisível. Outros nomes foram criativos, utilizando de elementos desse mundo ou se referindo até à cultura do japão, como Tokoyami, que escolheu o nome do Deus da noite.

Retomando os estágios, Iida resolve ir à cidade em que seu irmão sofreu o ataque do assassino de heróis. Possivelmente, isso é uma situação para colocá-lo em confronto com o vilão e provavelmente necessitar da ajuda do protagonista e de outros heróis.

Seu irmão, por mais que não tenha morrido, aparentemente não conseguirá mais andar se aposentando então de ser um herói. Iida foi o que mais sofreu com isso. Seu irmão representava para ele ,assim como All might representa para Midoriya. Toda a sua inspiração, orgulho, dependência e admiração foram quebradas pelo vilão, e mesmo sendo um personagem calmo e racional, deve tomar algumas atitudes guiadas pela vingança no arco.

O final captura a essência de toda a relação de Iida com Midoriya e a lenta progressão da raiva interior que ele está sentido. É usado uma narração posterior ao fato, que dá uma maior sensação trágica a situação. Midoriya diz que se arrepende de não ter impedido-o ou aconselhado-o, isso provavelmente indica que mais coisas dramáticas irão acontecer daqui para frente.

O episódio, no geral, introduziu bem o novo arco, dando início a nova situação de “estágios” e desenvolveu o sentimento de vingança de Iida contra o Assassino. Não teve nenhuma cena muito impactante ou de reviravoltas, mas dentro do proposto se desenvolveu, mantendo a consistência e o desenvolvimento de personagens. A animação se manteve em um nível bom durante todo o episódio, porém apresentando algumas irregularidades principalmente nos detalhes do rosto.

O rosto do Bakugou está um pouco deformado nessa cena…

 

Um detalhe que me incomodou um pouco no começo, foi Iida utilizar seus poderes usando uma calça. Como ele tem um motor na batata da perna, essa deveria gerar uma grande protuberância e liberar os gases tóxicos dentro do tecido, o fazendo explodir pela pressão que eles fazem em sua perna e calça. Essa falta de coerência em alguns poderes tira um pouco do crédito da criatividade do autor.

Outro detalhe que me incomoda desde que o anime começou são alguns personagens irritantes que só estão lá para fazer uma comédia e tentar diversificar o público. O principal deles é o Mineta, que não combina em nada com o estilo e a proposição do roteiro e só tem pensamentos pervertidos. Eu não tenho nada contra isso, mas me irrita profundamente a sua falta de sentido no contexto.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Impressões dos 12 primeiros episódios ( Arco do Torneio)

Bem, posso dizer que me surpreendi com os 12 primeiros episódios da segunda temporada de Boku no Hero. Eles começaram mantendo a mesmo ritmo lento da primeira temporada e eu estava com medo de que isso ia esticar muito algumas acontecimentos, talvez provocando erros e situações indesejáveis no desenvolvimento do roteiro.

Porém eu estava errado, logo após esse começo de recapitulação os episódios começaram a acelerar cada vez mais, se colocando em um ritmo propício a ser assistido.

O roteiro do arco não foi complexo, mas cumpriu bem o seu papel de entregar lutas emocionantes e um desenvolvimento razoável dos personagens. O foco do desenvolvimento foi principalmente os personagens secundários, que ganharam várias cenas de ação . Na primeira temporada, mesmo com um vasto elenco, não se tinha tanta empatia pelos coadjuvantes.

Durante os primeiros seis episódios, me incomodou bastante a comédia excessiva e quebradora de drama do anime. Estava em uma situação completamente séria e uma piada completamente deslocada aparecia. Diminuíram um pouco na segunda metade, porém às vezes incomoda; lembrando que comédia é muito pessoal e que as minhas impressões podem não ter sido as mesmas que o resto das pessoas.

O episódio que mais me surpreendeu e apresentou situações interessantes foi o da luta entre Midoriya e Todoroki. As cenas de ação estavam muito bem animadas, apresentando provavelmente uma das melhores sequências da temporada, somada à trilha sonora épica conseguiu proporcionar ainda mais impacto. Não foram só os quesitos técnicos que estavam acima da média nele, mas sim todo o desenvolvimento do drama de Todoroki.

Esse primeiro arco, em termos de direção e animação, esteve acima da primeira temporada; e por mais que tenha algumas incoerências no roteiro, umas não constantes quedas na consistência da direção e um enredo que demora para empolgar, foi bom; proporcionou uma boa primeira parte com ótimas cenas de ação e entretenimento.

Roteiro:7/10

Direção:8/10

Animação:9/10

Trilha sonora:10/10

Entretenimento:8/10

Nota final da primeira parte: 8/10

Extras

 

Esse rosto do Iida ficou muito “vou para guerra”

É impressão minha ou o Bakugou está bonzinho demais aí?

Passado obscuro

E pensar que teve todo aquele drama de ele não ter individualidades…