Boku no Hero Academia 2 #16- Impressões Semanais
Assim como o esperado, o principal foco ficou no encontro entre o Assassino de Heróis e Iida. Desde a luta entre Todoroki e Midoriya, não houve uma luta tão desenvolvida quanto essa, e que tomasse durasse bastante tempo.
Quem estava achando que o anime estava um pouco parado deve ter gostado do episódio, mesmo que as situações para juntar todos os heróis tenham sido um pouco forçadas. Como ele foi inteiramente focado em um luta, não há muito o que comentar a não ser das cenas marcantes e o conjunto de fatores que determinaram o seu resultado e a sua formação.
Três heróis que estavam em estágios e cidades diferentes conseguem se encontrar num beco escuro de uma cidade. É um pouco forçado mas aceitável considerando alguns fatos demonstrados, porém como eles se desenvolveram?
Tudo está mais ou menos explicado até a entrada de Todoroki no beco onde Deku e Iida estavam lutando contra Stain, o Assassino de Heróis.
Midoriya, vendo que seus aliados estavam paralisados, mandou uma mensagem para os seus contatos só com seu endereço e então Todoroki aparece logo em seguida. É aí que se instala a dúvida, como ele tinha o número de Deku, se em nenhuma cena isso foi mostrado eles trocando telefones?
É notável que ambos não tinham afinidade o suficiente para conversar, a não ser que o autor tenha preferido escondê-la por alguma razão mais a frente. Por mais que seja apenas um pequeno detalhe, isso descredibiliza um pouco toda a situação a partir desse momento.
Outro ponto não explicado é como Midoriya consegue, mesmo tendo aprendido a dois dias na ordem cronológica do anime, usar o poder com tanta naturalidade e conseguir desferir alguns golpes em um vilão que matou diversos heróis profissionais bem treinados. O esperado era que ele tivesse um pouco mais de dificuldades ao controlá-lo, assim como o mostrado na casa de Gran Torino.
Mesmo com essas incoerências, a luta – mesmo que não no nível de Attack on titan, em que há o perigo da morte – ainda consegue passar tensão. Isso ocorre muito devido à paleta de cores usadas, a trilha sonora e ao desenvolvimento do drama de Iida. Este que passa a entrar num confronto entre deveres de um herói e satisfação pessoal para a vingança de seu irmão.
Não há tanta profundidade no conceito de “heróis verdadeiros” e “charlatões”, que o Assassino de Heróis usa para categorizar quem irá matar. O que é colocado mais em evidência é a questão dos deveres, da força e o sentimento para salvar as pessoas não importando a situação. Esses são os principais fatores usados por Stain para identificar os que ele considera como “verdadeiros heróis”.
Na hora em que Iida se dispõe a ir atrás de Stain movido apenas pela vingança, ele ignora o que realmente era necessário para ser um herói, que é colocar os outros na frente da sua satisfação pessoal. Fazendo isso ele prejudica os heróis com quem fazia estágio e até a si próprio, pois preza tanto esse sentimento que em vez de ser salvo pelos seus colegas, queria derrotar o vilão sozinho. Toda essa situação foi o que deu e instalou a tensão e a emoção da luta, e dentro do seu contexto foi bem trabalhada.
Outra coisa que me chamou a atenção nesse episódio foi o caminho que tomaram para resolver o trauma de Todoroki, que estava com um grande foco na saga anterior mas perdeu espaço no começo dessa. Tudo foi resumido dentro de um pequeno flashback, dizendo que ele após conversar com sua mãe percebeu que não precisava se punir pelos poderes de seu pai, mas aceitá-los como seu.
Eu, sinceramente, esperava que eles iriam desenvolver e trabalhar mais com o trauma do Todoroki. Ele usou seus poderes de fogo com tanta naturalidade nesse episódio que nem parece que tinha hesitado em usá-los na final do torneio. Tudo foi resolvido tão rápido que tornou desnecessário fazerem isso. Porque, então, eles não resolveram essa hesitação antes da batalha contra Bakugou e entregaram uma luta épica entre os dois?
O episódio, por mais que tenha apresentado algumas incoerências no enredo, conseguiu entregar cenas de ação empolgantes e desenvolveu bem a questão do drama de Iida. Também apresentou a batalha com mais destaque desde a luta entre Midoriya e Todoroki do episódio 10.
O episódio apresentou uma cena ou outra mais bem animada, mas nada de destaque. Provavelmente estão economizando para o próximo episódio, que parece ser o último do arco do Assassino de Heróis.
[yasr_overall_rating size=”medium”]
E você, que nota daria a este episódio?
[yasr_visitor_votes size=”medium”]
Comentários sobre o encerramento
O grande diferencial desse encerramento em relação aos outros e o que provavelmente fez a maioria das pessoas gostarem dele logo ao primeiro contato, foi o fato de ele ter brincado com a situação dos personagens em um tema medieval. Isso causa um impacto visual muito grande, ao mesmo tempo em que junto com a música da Lisa se desenrola uma pequena história.
Toda a paleta de cores, optando por cores naturais na hora de dia e por cores negras e vermelhas durante as cenas de batalha, somado a caracterização de roupas e acessórios utilizados pelos personagens, foram muito bem feitas, acrescentando um diferencial a mais no visual.
A música, mesmo que muitos tenham a superestimado por ser da Lisa, é agradável de escutar e combina muito bem com as imagens, mantendo um tom agradável e não sério a todo momento. É claro que este não é o principal diferencial, mas ainda ajuda muito o telespectador a simpatizar com as cenas.
Ele engloba de maneira geral a série, tentando focar mais na relação entre os personagens do que na história do arco em que está sendo transmitida junto.
No fim, o que mais me agradou foram as representações dos personagens em um mundo de fantasia medieval. Gostaria que mais animes inovassem e tentassem coisas como essa em seus encerramentos.
Adição do editor: O encerramento foi inspirado em uma arte oficial do mangá, com todos os personagens caracterizados exatamente como na ED.