Made in Abyss #04 | Impressões Semanais

Mais um episódio sem muitas delongas e bastante tranquilo em Abyss. Basicamente uma exploração simples já que a primeira camada não é tão exuberante assim. E de fato, só vemos algo mais interessante lá para o final.

Cedo ou tarde iria acontecer alguma caça à Riko, mas nem chegou a ser tão empolgante assim. E sinceramente, até as peripécias dela perdendo as coisas foi bem mais divertida do que toda aquela exploração. Até chego a pensar que as coisas estavam a mil maravilhas de uma forma extremamente positiva até o Habolg aparecer.

Conhecemos o lado cozinheiro, desastrado e observador da Riko, porém o que me chamou atenção mesmo foram as boas justificativas para uma série de acontecimentos vistos no abismo.

Pelo menos ela aceita que o Abyss quer tudo de volta

Primeiro, a questão da distorção campo de força ser completamente desconhecida, mas explica bem porque estamos num buraco repleto de luz. Bom, é uma questão que foge completamente da física, mas cá estamos lidando com a criatividade de um mundo a ser explorado.

Mas que proporciona um cenário de tirar o folego, proporciona

Já imaginava que a falta de dados sobre cada camada seria remediada na exploração mais profunda delas, mas a primeira não teve muita coisa o que contar já que a pressa estava voltada em se meter logo na segunda e decretar o tal suicídio.

Outro ponto interessante é que eu comecei a gostar da personalidade observadora e instintiva do Reg. Ele sempre está analisando alguma coisa e jogando a teoria que ele acabou aprendendo.

A carta do líder chama atenção porque em meio aos sermões dados aos apitos vermelhos, parece que todos os adultos ali de alguma forma estão torcendo pela Riko, tanto que o Habolg sequer impede ela.

E é com o aparecimento dele, que refuto dois pontos que gostaria que fossem mantidos na obra. O primeiro é o flashback da superfície, que relembra que ainda há personagens lá em cima e que eles participaram de alguma forma na história.

E ele ainda transmite aquele humor clássico

O segundo é o tom de mistério que se volta tanto para a próxima camada quanto para o tal guardião do Campo de Busca. Ozen me parece se o tipo de personagem que pode justificar o porquê de o abismo não ter pessoas tão amigáveis.

Já tivemos um susto de leve com aquela aranha quase inofensiva, apenas para tentar desbancar o papel de facilidade que esse episódio demonstrou. Em vão, mas estava por lá.

O fato mais curioso começa no final do episódio. Um salto de diferença enorme entre as ambientações das camadas 1 e 2. Temos agora um cenário mais denso, nebuloso e criaturas que demonstram mais perigo por andar em bando.

As palavras finais do Reg também tomam conta da narração e seguem de uma forma muito mais pesada. O perigo agora se encontra para quase a totalidade os apitos, já que os perseguidos mudaram completamente de posição. É um pensamento bastante maduro e para crianças até que as coisas se mantiveram bem rápidas até esse ponto.

E que frase!

Os aspectos técnicos estão se sustentando bem e significativamente não houve nenhuma queda de qualidade. As texturas das criaturas já mostradas (as presas de sedas e aquele pássaro) se destacaram bastante em relação aos cenários.

Arte bem feita no quase falecido paint

São traços diferentes caracterizados com algo mais pincelado em rabiscos e possuem cores muito mais vivas. Claro, a paleta de cores se mostrou bastante verde até agora, então o destaque para cores muito contrastantes ganhou um ponto positivo para mim. Porém ainda me entristeço ao lembra que boa parte da OST não está sendo tão bem aproveitada.

No mais, estender comparações e críticas para um enredo mais mediano até agora não conseguiria sustentar uma review muito aprofundada. Made in Abyss vem se mostrando uma obra que pode ser sugada em vários aspectos, mas essa é uma qualidade que não pode agradar a todos. Agora, que apenas venha a próxima camada.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

Extras

Que que foi isso, Reg?

Bonitinho

Muito bonitinho

Achei curioso o visual desse inicio de camada

Que proteção fenomenal

E só mais algumas curiosidades, porque detalhes não faltam.

A Presa de Seda, aranha bonitinha da primeira camada, é realmente quase inofensiva. As criaturas são classificadas em níveis de perigos e ela possui apenas 2 níveis de periculosidade. Elas realmente não saem de seus territórios, mas possuem veneno paralisante em suas presas.

Como a Riko se apossou da Bússola Estrela ninguém de fato sabe a função dela. A Riko simplesmente a nomeou e criou a história dela apontar para o fundo do abismo já que seu compasso não se move de jeito nenhum.

Essa florzinha já foi vista em todos os episódios, achei curioso pois ela tem um significado cultural. Seu nome é Eterna Fortuna e brota em quase todos os lugares. Ela tem uma fama de boa sorte e em Orth há o costume de jogar suas pétalas no abismo em situações tristes ou felizes. E claro, ela também tem um papel na culinária.

Pode vir

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).