Sakurada Reset #14 a #15 – Impressões Semanais
Antes de começar, vamos a um rápido aviso. As Impressões de Sakurada vão passar a ser feitas de dois em dois episódios daqui para frente. Assim tem mais coisa para ser comentada, e dá para ter uma visão mais clara do que está rolando durante os arcos. Sabendo disso, vamos as Impressões.
No final de tudo, não existe um paraíso te esperando.
Bem, esses dois episódios foram um tanto quando “estranhos”, por assim dizer. O 14º deveria ser o ápice do arco, sendo que o 15º, a resolução/gancho para o futuro da série. No segundo caso as coisas funcionam relativamente bem, e pela primeira vez conseguiram encaixar uma boa reação de causa e efeito nos resets, onde não foram as pessoas de fora quem foram afetadas, mas sim a própria Haruki.
O 14º episódio, por outro lado, começa de uma forma bem torta, errando em coisas simples, e só é salvo, porque conseguiu trabalhar um pouco mais da Haruki, o que indiretamente acaba criando uma relação eficiente para série, e para existência dela. Talvez o ponto que mais tenha me incomodado ali, tenha sido a forma como abordaram a Ukawa
A relação dela com o Kei parece ter dando um salto enorme… Ok, tudo bem. Realmente existiu um grande espaço de tempo ali. Eles se encontraram logo após a morte da Souma, e foram dois anos se “encontrando” nos serviços do Escritório. O negócio é: eu não faço a menor ideia de como foi esses encontros para ter uma mínima noção do que a relação deles significa.
Dizem que dividir comida aproxima pessoas, mas isso foi um pouco demais.
Os diálogos entre os dois parecem tão profundos, com ambos respeitando aspectos da personalidade um do outro, até mesmo se admirando, mas não soa natural. Parece que milhares de informações foram perdidas nesse meio tempo, e o roteiro espera que você aceite elas de qualquer forma.
Sempre tive a sensação de que ela teria uma habilidade forte, e até soava normal o Kei ficar apreensivo perto dela, mas apenas dizer “se esse mundo for errado, vou destruir ele”, não cria um impacto bom para personalidade que eles estavam tentando vender ali. Ainda mais se tudo o que tinha para me basear até o momento, foi apenas uma conversa na ponte, que nem entrega tanta coisa.
A cena da ponte foi legal, e criou uma certa curiosidade sobre a personagem, mas a forma como reutilizaram ela, foi fraco demais. Principalmente, porque no final, ela não destruiu o mundo, mas sim as estruturas do lugar, somente para criar um gatilho na solução dos problemas da Michiru.
Ainda mais quando isso acontece no mundo dos sonhos, que não tem peso.
Falando nos problemas da Michiru, eles foram até que ok. Não foram excepcionais, ou com grandes reverivoltas, mas ao menos oferecem o básico de tudo. O Kei forçou ela a aceitar seus medos e o monstro que havia criado, além de ganhar sua confiança para os planos que envolvem tirar a Souma de Sakurada.
Daria para apontar algumas coisas, como o fato de não terem usado da situação dela no mundo real, e apenas entregando tudo com uma aviso verbal, mas esse tipo de coisa acaba sendo relevante por conta da proposta que o anime criou, onde esses casos são apenas degraus para o plano da Souma.
Além disso, por conta de um detalhe, eu realmente não me incomodei com essa resolução convencional.
A segunda metade do 14º episódio, e o 15º por inteiro são usados para Haruki. Os problemas da Michiru estão ali, sendo trabalhados, e como disse, de um jeito bom. Tudo é construído com um pouco de drama, superação, friendpower e egoísmo do Kei, mas que realmente me chamou a atenção, foi o fato de, pela primeira vez, sentir o peso de um reset de verdade.
Achei que seria um “encontro com a Bruxa V2”, mas desenvolveram isso muito bem.
Deu para acompanhar certinho a linha que foi se criando no roteiro para deixar a situação “extrema” (muitas aspas aqui). Começando pelo diálogo da Haruki com o o Chiruchiru, onde ele força ela a notar o que está acontecendo na sua vida, deixando ela ciente sobre a dependência que criou em cima do Kei, até finalmente entender que precisa crescer.
Foi interessante ver ela chegar a uma decisão sozinha, e no final pensar sobre si mesmo, e não sobre o que o Kei faria naquela situação. E se apenas essa evolução já não desse uma ser vida para o anime, encaixar o peso do reset durante a conversa com a Souma, no 15º episódio, foi muito legal.
Ainda não é algo para se ficar empolgado, mas não terem perdido um gancho desses, já é alguma coisa.
Mesmo dizendo que prefere a Haruki, ao invés da Souma, o Kei ainda sacrificou os desejos dela para salvar a Souma. E a jogada da câmera, mostrando só a boca dele, e mesmo após ouvir tudo aquilo, ele nem sequer vacila um pouco, acaba reforçando a minha opinião de que ele é um maluco egoísta.
Agora só resta saber se vão conseguir manter esse foco nas consequências dos resets em cima da Haruki, e se vão explorar o personagem dela em situações como a do diálogo com a Souma no terraço. Onde ela expõem melhor os pensamentos e até enfrenta os outros.
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E você, que nota daria ao episódio?
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Extra
Mais regras…
Sério, não entendo o porquê disso… Só me faz sentir necessidade de ficar repensando a história para ver se não erraram em algum canto.
Ainda me lembro disso.
Podem ignorar completamente isso, até porque, é algo pessoal, mas… Isso me irrita a níveis moleculares, só não consegue ser pior do que aquelas cenas de personagem sendo interrompidos no momento em que vão revelar algo importante, só para render o mistério…
Kei tirou o dia para vacilar.
