Isekai Maou to Shoukan Shoujo no Dorei Majutsu | Primeiras Impressões

Sinopse:

O protagonista, antissocial, era chamado de Rei Demônio no jogo online Cross Reverie por ser extremamente poderoso e ter sua própria dungeon, além de atuar como um no MMO. Até que certo dia ele é invocado para um mundo de fantasia, mas com a aparência do seu personagem.

Duas garotas invocaram ele para usá-lo como uma besta escrava, mas graça a sua habilidade de reflexão de magia, a técnica volta para elas antes dele sequer entender o que aconteceu. Confuso, sem saber o que fazer e como agir, ele começa a atuar como um Rei Demônio.

Agora ele tem que descobrir mais sobre aquele mundo enquanto interage com os outros da única maneira que ele consegue, como um “quase vilão”.

Autor: Yukiya Murasaki (Haken no Kouki Altina, Fuyuu Gakuen no Alice & Shirley)

Ilustrador: Takahiro Tsurusaki (Famima!, Maou-sama no Machizukuri! Saikyou no Dungeon wa Kindai Toshi)

Volumes: 8 (Em andamento)

Quando um amigo meu me recomendou o mangá, achei a obra interessante e fui ler a LN (Sempre considero mais ler o original ao invés da adaptação). E a minha impressão de início foi: “É parecido com Overlord”.

Eu não gosto de comparações usadas de maneira pejorativa ou melhorativa, então o que digo agora são apenas certas fortes similaridades entre os dois, apesar de serem totalmente diferentes em um contexto geral. Estas sendo:

Na LN, o protagonista acaba parando no mundo do jogo que ele jogava, no corpo do seu personagem e eventualmente descobre que o mundo do jogo é um mundo real. Além disso, existe um contraste em como o protagonista se porta diante dos outros, no caso como um Rei Demônio, e como ele pensa, nesse caso sendo ele mesmo.

Claro, ainda tem o fato do protagonista ser um mago extremamente poderoso. Somando com outras similaridades menores, seriam esses os pontos onde quem conhece Overlord se familiarizaria com a obra, de certa forma.

Olhar de curiosidade feito pouco antes da magia de escravizar ser refletida.

Dito isso, gostar ou desgostar de Overlord não vai influenciar tanto, creio eu, na sua visão sobre Isekai Maou.

Isso porque a obra é um ecchi relativamente pesado (Não necessariamente constante, vale dizer), além de se tornar um harém ao longo dos volumes. É uma história um pouco mais leve, por isso tem uma atmosfera bem diferente. As propostas de ambos divergem bastante.

Uma das coisas que mais me agradou na leitura da LN é que exploramos o mundo junto do protagonista. Isso é, pelo mundo ser muito similar ao jogo, mas ao mesmo tempo não sendo o jogo, o protagonista está frequentemente tentando entender mais aquele mundo enquanto a história avança. Coisas como os efeitos de usar magia demais, efeito de diferentes itens, exploração de lugares que ele já conhecia no jogo, como as magias dele funcionam naquele mundo ou mesmo como a própria sociedade de lá se porta diante de certos aspectos, entre outras coisas.

Aspectos assim fazem o interesse na obra se manterem vivos, ainda mais contando com alguns outros mistérios presentes.

Por sinal, a premissa da escravização é usada apenas como humor, enquanto o protagonista ajuda as garotas a encontrar um meio de quebrar a magia.

Aparência do protagonista. Os chifres são falsos, mas essa piada já foi usada anos atrás.

Os personagens, apesar de nada de especial, são todos divertidos de acompanhar. O protagonista conduz até que bem a história com sua personalidade “Rei Demônio”. Já as heroínas e os personagens secundários são carismáticos e com um desenvolvimento legal, no entanto, os vilões mostrados até então foram descartáveis.

Apesar de ter um protagonista um tanto exageradamente forte, a obra ainda consegue criar algumas lutas de certa forma interessantes. Não é uma obra que se vende pela ação, mas sim que usa dela como auxílio para a história e os personagens.

Uma surpresa foi o desenvolvimento que ele teve em um certo arco, onde era exposto que apesar do seu eu exterior ser imponente e poderoso, seu eu interior era o completo oposto, fazendo realmente parecer que era um simples humano dentro do corpo de um Rei Demônio.

Claro, não fosse pelo fato de tal arco não ter sido muito do meu agrado devido a alguns clichês que eu não gosto, teria sido bem melhor. Mas valeu a tentativa, eu acho.

Rem tem uma história interessante. Talvez mais relevante para a história do que pareça.

Um problema que pode incomodar são algumas cenas ecchi forçadas e/ou convenientes, tal como muita coisa forçada ou conveniente incomodaria.

Chegando na parte relativa dessas primeiras impressões, devo dizer que a comédia da obra até que é bem agradável. Não é do tipo de fazer morrer de rir, mas tem muitas cenas engraçadas e divertidas. Se for puxado para o humor, até as antes mencionadas cenas forçadas/convenientes podem acabar te fazendo relevar um pouco.

Isekai Maou acaba sendo uma obra que não se destaca em praticamente nenhum aspecto, mas que consegue manter um nível decente em quase todos, fazendo a leitura ser uma experiência divertida (exceto no arco que mencionei antes…), porém não memorável. O futuro da obra tem um certo potencial, e creio que possa se tornar uma obra muito boa caso não continue a tropeçar nos mesmos erros.

A LN vende bem até, então pode vir a ter um anime futuramente.

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Testarossa

Escritor amador, fã de animes, mangás, light novels, visual novels e outras coisas da cultura japonesa. "Nunca tenha certeza de nada, por que a sabedoria começa com a dúvida."