Sakurada Reset #20 e #21 – Impressões Semanais

Aproveitando dos efeitos criados pelo plano do Urachi, o episódio 20 cria um clima de drama bem profundo em cima do passado do Kei, e das decisões relacionadas ao fato dele ter aberto mão da sua antiga vida para continuar em Sakurada. Enquanto que o episódio 21 se torna uma boa introdução para os planos que possam vir a acontecer na reta final do anime.

Imagina a bagunça que virou a mente dele.

O ponto mais interessante entre esses dois episódios é forma como eles quase se opõem. O 21º passa em um clima bem “leve” (muitas aspas aqui), apenas desenvolvimento os efeitos do sucesso do plano do Urachi, e como isso impacta na vida dos cidadãos de Sakurada, enquanto que o 20º acontece de uma forma bem mais agitada, com o início da execução das medidas contra o desaparecimento das habilidades de Sakurada.

A metáfora em cima da hipótese do “cinco minutos” serve como  um bom resumo para o que aconteceu até o momento, além de facilitar a concepção que o Kei tem da situação. Por ter liberado o selo que mantinha as memórias em Sakurada, todas as lembranças relacionadas as habilidades foram reescritas para deixar tudo “limpo” e corrigir os erros de lógica que pudesse surgir.

A situação da Souma entra para pensar um pouco mais a questão de como ela teria uma vida normal, se não fosse afetada pela habilidade de ver o futuro, assim como, algumas cenas depois, o relance sobre o quarto da Michiru/Honoka, mostra o oposto, reforçando a questão de que, para alguns, as habilidades eram uma forma de aliviar os pesos da vida, e funcionavam mais como um beneficio do que uma problema.

Não era esse o objetivo ao tirar a Souma de Sakurada?

O emocional do Kei também acaba chamando bastante atenção, não só por ser um dos raros momento que ele demonstra algo, chegando ao ponto (por mais que tem acontecido bastante nos últimos episódios), como por também ter um lado dramático bem elaborado.

Já tinha sido falado que ele abriu mão da sua antiga vida para continuar morando em Sakurada, mas eu não pensei que fossem aproveitar esse ponto de um jeito tão pesado. A cena com a mãe dele é bem tocante, principalmente por envolver a garotinha e o significado dos nomes.

É uma situação, um tanto quanto complexa, emocionalmente falando, porque ela deu o mesmo nome para ambos (usando os kanjis como base), por acreditar que era o seu primeiro filho, sendo que, no fundo, ela apenas não se lembrava que teve um primeiro filho, e por isso deu o mesmo nome para a garota.

Isso me deixou bem surpreso, principalmente por criar uma sensação meio amarga em relação ao futuro da história. Mesmo consertando os problemas em Sakurada, ou ignorando eles e aceitando o “novo mundo” do Urachi, uma situação feliz em relação ao passado do Kei, acaba sendo bem improvável por conta das memórias apagadas e tudo mais.

O “onii-chan” no final foi jogo sujo com o coitado do Kei.

Já o episódio 21 vem com a proposta de preparar o terreno para o desenvolvimento do plano final. As memórias da Haruki foram recuperadas de um jeito até que bem fácil, mas a forma como forçaram o reset dela, acabou sendo bem elaborado, usando da regra que ela tinha sobre só resetar quando via pessoas chorando, além de humanizar um pouco mais a situação do Kei, e todo o peso psicológico que ele estava carregando até ali.

A decisão da Eri, em deixar ou não as memórias da Haruki, acabou não sendo comentada, mas fica subentendido que ela não fez isso, afinal de contas, como o Kei repetiu durante o episódio, o efeitos das habilidades são absolutos, ou seja, se ela tivesse tirado as memórias de como usar o reset, a Haruki não teria como usar, mesmo lembrando que possuía a habilidade.

Ainda é meio complicado visualizar o que vai virar todos os planejamentos que o Kei estava fazendo, principalmente quando  tudo se baseia em visão do futuro para corrigir as possíveis decisões erradas e encontrar um caminho certo.

Em contra partida,  essa questão da precognição da Souma  foi um pouco mais explorada, mostrando que não era apenas olhar o que iria acontecer, mas sim sentir os rumos da vida da pessoa, o que, dependendo do futuro, ou até mesmo da quantidade de vezes em que fosse usada, provavelmente pesaria o emocional dela, já que, como a Souma mesmo disse, ela perde o senso de si mesma, aceitando “tudo” que vêm na sua visão.

Fico imaginando o tipo de infância que ela teve…

Com um desenvolvimento dramático em cima do passado do Kei, e o início do planejamento para conter os objetivos do Urachi, esse início de arco deixa uma sensação de que pode ser bem mais promissor que os outros. Talvez fosse interessa ter levado um pouco mais de tempo para recuperar as memórias da Haruki e resetar o “bad ending” que tinha se criado.

Porém, a forma como trabalharam isso ainda foi bem satisfatória, entregando uma boa resolução para os problemas gerados no final do arco passado. A nuance de que o Kei possa ter lido os planos do Urachi também deixa uma boa dúvida no ar.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Murase foi promovida de “garota que acha coisas para o Kei”, para “garota que pega cosas para o Kei”.

Kei não cansa…

Não gosto muito de reversões forçadas, mas eu até aceitaria essa…

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.