Kujira no Kora wa Sajou ni Utau #03 – O canto das baleias | Impressões semanais
Encerando o último episódio com um gancho preocupante para os amantes de Lolis, Kujira inicia o capítulo dessa semana sem perder tempo e jogando toda a tensão que um massacre a sangue frio pode trazer.
Algumas explicações entram na história para deixar as coisas um pouco mais curiosas, e preparar um pouco do que veremos nos próximos episódios. As informações sobre quem a Lykos é, juntamente com um pouco mais de detalhes sobre a sociedade dos “palhaços”, cria uma boa desculpa para voltar para semana que vem.
Entretanto, ao menos para mim, o que realmente merece destaque, seria o comportamento dos personagens, e o modo como eles irão se relacionar e agir, a partir daqui.
O inicio do episódio trás o desenrolar da invasão dos palhaços na Baleia, e acaba chamando a atenção pela brutalidade em que o massacre acontece. Ao menos nos minutos inicias, algumas mortes são censuradas, principalmente por envolver crianças, mas é aí que está a questão.
A população do lugar é mais jovem por conta da condição de morrerem cedo, e se isso não fosse o suficiente, ainda tem o ponto deles serem completamente inocentes. Isso gera um certo desconforto emocional em quem assisti, porque cria um ambiente de injustiça.
A falta de hesitação dos palhaços ao atirar e matar pessoas desarmadas, que mal entendiam o conceito da verdadeira maldade presente ali, é algo que pesa um pouco, pelo menos para mim foi assim. As cenas podem não ser um exemplo prático de gore, mas ainda carregam uma violência marcante, como o garoto sendo atingindo pela lança, e ficando preço na parede.
Além desse lado mais visual do massacre, também acontece a menção de que aquilo precisa ser registrado em detalhes para o “bem da humanidade”. Acho que essa parte foi uma das que mais me chamou atenção, por expressar, de forma indireta, as diferentes culturas que podem existir naquele mundo.
Os palhaços abandonaram os sentimentos, como a própria Lykos explicou no episódio passado, relacionando aquela criatura e a forma como eles consideravam os sentimentos algo desnecessário para a sociedade. Enquanto que as pessoas da Baleia, vivia em torno dos sentimentos. Por mais que eles sejam ensinados a controlar as emoções, elas ainda existem dentro deles e podem ser usadas, tanto que a sociedade era formada no uso do Thymia.
A necessidade de exterminar lugares como Faladia deixa um curiosidade no ar sobre o real porquê daquilo. Já foi informado que haviam guerras, e o próprio irmão da Lykos cita aquelas pessoas como hereges, e o extermino como forma de lembrete para o mundo, deixando uma sensação de que as Baleias foram criadas para fuga.
Talvez fosse esse o medo do Conselho sobre os problemas de encontrar a Lykos. Porém, estando no início, é difícil dizer se eles tinham o controle da informação, para evitar que os membros do grupo desenvolvessem algum sentimento de revolta contra situação em que foram colocados, ou se aquilo já tinha virado uma história próxima de uma lenda, como se fosse uma espécie de apocalipse que vinha sendo profetizado, mas que só aconteceu agora.
Deixando de lado os aspectos mais globais do episódio, temos algumas explicações sobre a Lykos, e o que ela é. Por mais que o episódio passado tivesse fixado bem a ideia de que ela não era uma pessoa “comum”, diferenciando bastante dos que viviam nas Baleias.
Ser apresentando a uma hierarquia, juntamente da informação de que ela fazia parte de um dos grupos de exterminou, foi relativamente surpreendente, ainda mais por deixar, de forma indireta, o mistério sobre o que aconteceu no lugar onde ela estava.
Talvez a Lykos tenha entendido algo, matado o povo da tripulação e então, tirado seus sentimentos para não ficar se culpando com aquilo, mas como ainda não tem muitas informações, fica complicado dizer o que pode ter acontecido lá.
Por último, temos a parte onde os personagens começaram a expressar reações ao que estava acontecendo ali. O protagonista não se destacou muito, mas pelo menos não ficou sentado chorando. Foi bem legal ele querer proteger o corpo da Sami, já que vinha demonstrando ser bem sentimental, então largar ela para trás não faria sentido.
A Lykos também fez o básico, mostrando um pouco mais do lado emotivo que vinha construindo, mas as interações dela acabam ficando por conta do personagem novo que apareceu, e a noticia de que ela será uma cobaia para um experimento na Baleia, devido as influência que sofreu por se afastar do Nous, e retomar parte dos seus sentimentos.
Por final, as ações do Ouni são as de longe que me deixaram mais satisfeito. Não só por ele ter sido badass protegido as pessoas e demonstrando resistência contra o ataque, como por possibilitar a exploração de pontos mais complexos dentro da sociedade deles.
As pessoas na Baleia não estão acostumadas com violência, porque foram ensinadas a controlar os sentimentos para viverem de forma pacifica. Maior prova disso, é o garoto de cabelos verdes cogitar negociar informações com pessoas que estavam massacrando o lugar.
Ambos, tanto o protagonista, quanto o Ouni, foram forçados a lutar devido as emoções que estavam presentes naquele momento, o que dá um clima de tensão no final do episódio, com o Ouni sendo reaprendido pelo que fez, já que os comportamentos violentos são reprovados lá.
Resta saber como vão agir depois do massacre. Se eles terão de abrir mão de parte das crenças que criaram, ou ficaram na defensiva até que as perdas se tornem altas demais para suportar, e os forcem a tomar uma atitude.
Pelas nuances, a história deve focar na tentativa deles de se proteger do próximo ataque, e das formas que a Lykos vai interferir participando desse experimento.
Veremos o que o anime nos reservará para o próximo episódio.
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E você, que nota daria ao episódio?
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