Mahoutsukai no Yome #04 – Impressões Semanais
Intrinsecamente Mahoutsukai acaba moldando sua história através de pequenas expansões e demonstrações de seu universo mágico. Caindo na terra dos felinos, conhecemos novos fatos e histórias ligadas a eles que acabam decaindo na Chise, só que dessa vez as novidades não são nada felizes.
A explicação do seu desmaio começa despercebida, mas já deu para notar a fraqueza que o poder de um Sleigh Beggy oferece ao seu usuário. A ligação do episódio com a falta de explicação inicial e o bombardeio da verdade sobre a Chise, acaba de certa forma até demonstrando a importância dessa informação. No final, não teria como escondê-la de verdade.
A existência dos elementos mágicos, a exemplo do trem, explica muita coisa a respeito da forma com que eles se escondem dos humanos e ainda assim tem seu próprio universo dentro do mundo deles.
Por isso, a Nação de Gatos foi de longe uma das melhores demonstrações dessa junção de mundos. Ainda temos humanos acreditando que seus gatos são apenas animais de estimação, enquanto que ainda existem gatos com o mesmo sentimento de cuidado em troca.
Dentre os gatos, achei uma trupe divertida de se assistir, mas o porte de seu rei/rainha foi o que mais me agradou. Sua dublagem foi muito satisfatória ao ouvir e relacionar com a imponência e sabedoria de um líder.
As coisas ficam mais tensas quando a moça loira aparece. Mesmo que tenha sido uma cena proposital para prever que alguma coisa estava errada, achei ainda mais curioso que devido ao design era bem óbvio que ela não pertencia aquele lugar.
Daí começamos a ouvir as histórias. Primeiramente, a ideia sobre gatos terem 9 vidas ao invés do clássico “7 vidas” indica mais uma vez a ligação da obra com as lendas do mundo da magia. Esse debate de informações se deve a diferenças culturais. Enquanto que para nós brasileiros colonizados por portugueses a ideia é de que os gatos tenham 7 vidas, em países europeus de língua inglesa acreditam que na verdade eles tenham 9.
A diferença é que os países de origem árabe passaram a ideia das 7 vidas a Península Ibérica, chegando ao Brasil. Enquanto que os outros países europeus se basearam nas lendas da idade média, quando a igreja começou a associar as mulheres que não seguiam suas regras como bruxas, tendo seus respectivos gatos pretos e usufruindo deles para praticar bruxaria. Também se acredita que a ideia se desenvolveu por conta da forte imunidade dos felinos.
No anime o próprio rei dos gatos também conta uma história agressiva que simboliza a força que eles têm, gerando assim uma característica que justificaria sua quantidade de vidas.
Ainda há o fato das responsabilidades que seu líder acaba tendo ao tentar manter a estabilidade de seu reino. Essa informação ainda é um tanto vazia, mas dá para entender que “corrupção” obviamente não é coisa boa.
O problema em questão é como ela se formou, qual a natureza por trás da sua origem e porque ela teria algum uso para os feiticeiros.
Dúvidas em cima de dúvidas, novamente temos uma cena particularmente conhecida. A Chise sendo capturada e jogada em algum lugar. Incrível como ela sempre consegue ser surpreendida.
A partir disso é contada história da Mina e do Matthew, que não deve ter acabado muito bem pelo andar do episódio. Inicialmente a vimos pedindo uma das 9 vidas para ela, já que sua saúde aparenta ser muito frágil.
Depois de uma rápida ligação com a cena dos gatos em cima do homem que os matava, Matthew parece ser muito parecido com o dito cujo. Assim, dá para imaginar que ele deve os culpar de algo que aconteceu com sua amada.
A magia de purificação aparenta para mim, de início algo muito avançado para a Chise, mas ela já provou ser capaz de bastante coisa. O problema é sua falta de confiança. Ela sempre acha que sua relação com Elias está por um fio.
Sua preocupação já demonstra o afeto que ela começou a desenvolver por ele, e claramente o trauma que ela tem em perder e afastar pessoas. Com isso, o Elias gera um dos diálogos mais intensos e bonitos com a Chise. Suas frases de efeitos conseguem transmitir exatamente o que ela precisa ouvir e confrontar a si mesma.
Seu medo de amar o mundo se refere a ela nunca ter sido amada de volta. E de certa forma sua insegurança consigo mesma demonstra que ela associa todos os acontecimentos ruins a sua vida como culpa dela mesma.
Assim, a cena da purificação é atrapalhada por algo que eu justamente queria ver; um feiticeiro. Se a moça loira também for uma feiticeira, a diferença fica um tanto clara com ela fazendo o uso daquele pote para se transportar.
Porém, com o papel de antagonismo, o clímax se desenvolve com uma péssima notícia à Chise. O questionamento sobre sua morte, é que ela já pode ter pensado em suicídio, mas querendo ou não, diferente dos dragões, qualquer pessoa teme sua própria morte. E a Chise está sendo levada até ela por alguém que constantemente a enche de aprendizado e sentimentos bons.
Não gostei da sua surpresa, ao ponto de ela simplesmente ouvir algo de um desconhecido e acreditar. Sua falta de confiança ali foi irritante. Porém, o Elias também não é um santo: ele não explicou absolutamente nada para a Chise. Ela está ali seguindo um fluxo de acontecimentos sem ao menos saber os porquês.
Isso acaba me causando uma aflição tremenda, mas não ao ponto de ficar curiosa com a reação e a explicação dele para a Chise. Ao contrário, o que mais me interessou nessa história foi a Mina e o Matthew, então gostaria que particularmente o desfecho deles dois também fosse bem incluído no próximo episódio.
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E você, que nota daria ao episódio?
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