Dies Irae #05 – Impressões Semanais

Depois de alguns episódios, finalmente chegamos em um ponto de parada. Repleto de cenas de comédia e slice of life, esse sem dúvidas foi o episódio mais leve do anime até então.

Nesse episódio pouca coisa aconteceu, mas felizmente para mim, que tenho reviews a escrever, o pouco ainda foi significativo o bastante para poder escrever este post.

Nós já começamos o episódio com o passado da Marie. Nascida no século 18, na França, o anime mostrou que ela nada mais é que uma abnormalidade. Abnormalidade essa que já veio não só dos seus arredores, mas diretamente de seus pais. Toda a história dela é tão bizarra e macabra contextualmente que cenas como a população jogando coisas nela ou ela sendo executada acabaram sendo as mais comuns.

A começar pelo nascimento de Marie, diante de uma execução e de pessoas cantando a música da guilhotina, sendo o próprio pai o carrasco. E então, ela cantando essa mesma música quando ainda criança. Por fim, decapitando outra criança com sua característica especial de decapitar qualquer um que a toque, tudo isso agindo naturalmente. Isso é o que compõe o fato da guilhotina ser uma relíquia amaldiçoada, que agora o Ren usa, e possuir Marie como espírito de tal instrumento.

Após essa breve introdução toda atmosfera mais sombria se foi. Já que ao voltarmos para o presente, fomos agraciados com clássicas cenas de comédias românticas. E o diretor conseguiu acertar bem durante essa parte do episódio, algo que ele deveria estar fazendo durante o anime todo.

Em todo caso, ver a Marie imitando a Kasumi fez o episódio valer a pena, ao menos. Muito embora como de praxe de um refém do material original, eu fique me lamentando pelos cortes que fizeram em algumas sutilezas relevantes e mudanças.

Uma breve menção ao reaparecimento do Reinhard, que após duas suásticas já consegue se manifestar brevemente no mundo normal. Foi uma cena curta com o Trifa, apenas com o propósito de dar presença ao líder da organização. É notável que, ao menos na cabeça do Ren, “os vilões” se refere apenas ao Wilhelm e a Rusalka, mas ainda há membros de sobra para entrar no jogo.

A volta do Shirou era esperada, ainda mais quando o anime se deu ao trabalho de dar spoiler do seu envolvimento com essa situação alguns episódios atrás. Apesar de que acredito que muita gente não percebeu que era ele nessa cena.

A relação dos dois ainda é um dos pontos altos do episódio, já que por serem nada amigáveis um com o outro, cria uma dinâmica interessante. Dito isso, qual seria o papel na história de um casal de humanos querendo se envolver com seres superpoderosos?

Shirou já mostrou que não se importa com isso, já que invadiu espontaneamente a luta do Ren contra o Wilhelm. Luta essa que infelizmente começou com muitas imagens paradas e pouquíssima fluidez, coisa que eu espero ser para economizar e investir mais no próximo episódio.

No geral, foi um episódio de introdução da Marie, basicamente. Que finalmente está marcando presença após alguns episódios. Coisas como o passado dela, a construção da relação dela com o Ren, com o ambiente e pessoas ao seu redor, além das suas características como um espírito com a habilidade de decepar qualquer um que toque nela, agora controlado pelo Ren, eram necessidades que o anime precisava dar um pouco mais de atenção antes de voltar a se aprofundar na história e revelar seus mistérios.

Diferente de outros episódios, no entanto, esse soou mais corrido que o normal, com algumas coisas ditas, mas mal explicadas e algumas das explicações simplesmente sendo ignoradas. Sendo alguns detalhes até tão sutis que, como alguém que leu a obra original, fica difícil dizer se eu só percebi por isso ou é algo que alguém que não conhece a obra perceberia.

Extra:

Ela cantando a música da guilhotina feliz da vida foi sombrio.

Isso também.

Essa cena ficou boa, melhor imitadora haha.

Testarossa

Escritor amador, fã de animes, mangás, light novels, visual novels e outras coisas da cultura japonesa. "Nunca tenha certeza de nada, por que a sabedoria começa com a dúvida."