Impressões do meio da temporada de Outono 2017 – 17 animes comentados de forma rápida
A última Season acabou não contribuindo muito para criação desse tipo de post, já que não tinha pego muita animes para ver. Porém, dessa vez, as coisas terminaram um pouco mais felizes, e a quantidade deles acabaram sendo relevantes para fazer algo do tipo, ou mais ou menos isso.
Sem muita enrolação, vamos ao que realmente importa.
Explicações
Primeiro – A ordem não representa um top, ou seja, o máximo que você encontrá de organização aqui, é o fato de ter pego os animes através de um calendário de lançamentos semanais.
Segundo – Os animes que não aparecerem, provavelmente se encaixam nas seguintes condições:
- Decidi não acompanhar (Black Clover entra aqui, antes que perguntem)
- Segundas temporadas de animes que não terminei ainda (Kekkei Sensen, por exemplo)
- Animes que já estão sendo comentados no site (Dies Irae, Mahou Tsukai, Inuyashiki, Just Because, Net-Juu, Kino no Tabi, Kujira no Kora)
- Minha querida memória ruim (Aconteceu com Akashic Records da outra vez, então…)
17 Animes da temporada de Outono Comentados (Marcelo)
Wake up, Girls! Shin Shou
Nota: 2.5/5
O maior problema de tentar imitar a realidade em uma história, é que ela pode ser entediante. Wake up, Girls! Entra justamente nesse quesito.
O anime tenta abordar a vida das Idols de forma realista, mostrando todos os perrengues que as emissoras de TV pedem, com provas e situações constrangedoras (uma pesquisa do Youtube, e você pega a ideia).
O problema é que isso não vem funcionando tão bem quanto foi na primeira temporada do anime, principalmente quando o foco fica em cima das outras garotas, e não da “protagonista”. No geral, os episódios têm se mostrado um clássico exemplo de Slice of Life, com a trama girando completamente em cima do dia a dia das garotas.
O contra ponto em tudo isso, é que elas não consegue passar a simpatia de grupos, como certos animes do gênero, o que dificulta a vida de quem é comprado pelo fator “waifu” (se disserem que sou, vou ser obrigado a negar friamente essa afirmação).
Para quem procura uma visão mais realista desse lado da cultura pop japonese, o anime pode satisfazer bem seus interesses, mas se o objetivo for se divertir vendo as personagens interagindo e tudo mais, pode ser que acabe se decepcionando um pouco, a medida em que o tempo for passando.
Evil or Live
Nota: 2/5
A ideia do anime até que consegue ser bem interessante, mas a execução é completamente bagunçada. O protagonista é um porre, e o dublador não colabora muito, sempre com um tom fraco e sem grandes expressões. A tentativa de brutalidade também acaba soando muito forçada, e mesmo entendendo a lógica por trás daquilo, ainda é complicado comprar a ideia.
Por mais que os comentários sejam bem negativos, e eu particularmente não recomendaria isso para alguém, o anime ainda consegue me fazer sentir interesse em assistir o próximo episódio, o que é muito estranho, de qualquer forma.
Se você tiver saco e paciência, pode ser que consiga passar pelos problemas técnicos, e assistir sem grandes sofrimentos. Ele não é a pior coisa do mundo, mas também está longe de ser uma das melhores, ficando, com muito esforço, entre algo mediano/ruim.
Juuni Taisen
Nota: 3/5
O maior problema aqui é a previsibilidade do enredo. O primeiro episódio já insinuava isso, e com o avanço da história, as coisas se mantiveram quase na mesma, com uma exceção ou outra.
A história de cada Zodíaco é bem interessante, o que ajuda a diminuir a sensação de perda de tempo, já que funciona como um bom entretenimento até o final, onde envolve alguma morte.
A qualidade técnica também merece elogios, principalmente nas lutas e em alguns efeitos, mas no geral, o anime não demonstrou nada até o momento que pudesse o colocar fora do gênero como um grande destaque.
Para quem gosta de Battle Royales, ou esteja interessado em um bom entretenimento, Juuni Taisen pode ser uma boa aposta.
Osake Wa Fuufu Ni Natte Kara
Nota: 3/5
Eu tenho pegado um certo gosto por animes de três minutos, por eles justamente terem três minutos. Você senta, assiste aquilo, vai para o próximo e pronto. Missão cumprida.
No caso de Osake Wa, as coisas funcionam bem, na medida do possível.
Mesmo seguindo uma fórmula de bolo, onde a protagonista acaba bebendo álcool para relaxar, e assim, mostrar seu outro lado. Ele ainda consegue diversificar bastante, encaixando contextos e situações que se distinguem bem umas das outras.
A protagonista consegue ser bem simpática (famoso Moe), e o fato de ser casada, ajuda a dar um clima interessante para o romance que tem ali.
Para quem não se incomoda com enredos descompromissados, o anime pode agradar bem. Sendo apenas três minutos, a sensação de perda de tempo é bem menor(pelo menos funciona assim para mim), e de bônus, você ainda ganha uma receita de bebida por episódio.
Konohana Kitan
Nota: 4/5
Particularmente, não tenho nada a reclamar desse anime. Ele prometia entregar garotas bonitinhas, fazendo coisas bonitinhas, e foi exatamente isso que eu recebi, com o bônus (ou demérito, dependendo dos seus gosto) de ter um foco maior em Shoujo Ai (Yuri, para resumir) do que algumas opções do gênero.
O anime tem conseguido manter uma qualidade constante, entregando algumas cenas bem bonitas e cheias de efeitos. As histórias são sempre contadas de forma episódica, com uma pegada sobrenatural e alguns toques de mistério, o que ajuda a manter o interesse até o final do anime.
Dentro do gênero que ele se propõem, Konohana Kitan tem se mostrado uma boa opção, até mesmo se destacando em alguns aspectos, como foi o caso do quinto episódio.
Urahara
Nota: 3/5
Esse é um daqueles casos complicados de defender, ou explicar. O anime é um nonsense completo, indo desde o plot central, até como executa o mesmo.
Para mim tem sido bem divertido acompanhar, e não tenho muito a reclamar do que acontece ali, até porque daria para reclamar de tudo se fosse seguir o bom senso.
Para quem gosta de coisas aleatórias com zero credibilidade e propósito, isso deve satisfazer bem suas necessidades.
Ousama Game
Nota: 2/5
Diferente do que aconteceu com Evil or Life, Ousama Game não conseguiu me comprar com aquele exagero todo. O primeiro episódio já tinha sido forçado, não me deixando muito empolgado, e o segundo veio apenas para confirmar que me sentiria perdendo tempo assistindo.
Devido ao fato de ter dropado, fica complicado dizer se tem valido a pena, mas o que foi mostrado no segundo episódio já me desmotivou o bastante para acreditar que não.
O protagonista não passava muita confiança com aquela insegurança/trauma, e a falta de lógica nas ações do resto da sala me fizeram questionar o que estava acontecendo ali.
A tentativa de usar flashback do primeiro jogo também acabou funcionando de forma negativa para mim, já que diminuía ainda mais a relevância daquele mutirão de gente que tinha na sala, e mostrava como a primeira história parecia bem mais interessante do que essa.
Como foi dropado, fica por conta e risco de quem assistir o anime.
PS(Revisor/Don Vito): Como alguém que leu o original, posso garantir que a primeira história não tem muito mais o que oferecer do que o anime.
Shoujo Shuumatsu Ryokou
Nota: 4/5
Se você é fã de Slice of Lifes, ou gosta de anime que trazem um clima mais relaxado e descontraído, provavelmente essa é a melhor opção da temporada.
Acompanhar as duas garotas tentando sobreviver em um mundo destruído pela guerra pode inicialmente parecer vazio, mas aos poucos, o anime vai elaborando cada vez mais o seu plano de fundo, entregando uma boa quantidade de informações e detalhes, que muitas vezes, fica por conta do espectador perceber.
O carisma das duas garotas também é algo digno de nota, e chega a surpreender como funciona bem. Elas podem ter um character design meio “desleixado”, mas isso é apenas um detalhe que vai ser facilmente ignorado se der atenção ao que realmente importa ali.
Se não sentiu interesse no anime, vale a pena dar uma conferida, as ideias funcionam melhores na prática do que na teoria, e você, provavelmente, não vai se arrepender de fazer isso.
Yuuki Yuuna Wa Yuusha De Aru: Washio Sumi No Shou
Nota: 4/5
Eu só posso dizer que tem me surpreendido bem mais do que esperava, não somente em narrativa, mas também em qualidade técnica.
Prequels funcionam bem comigo, porque, sabendo de onde vem a desgraça, eu acabo ficando mais tenso para ver o que vai acontecer, principalmente quando envolve perdas emocionais.
Mas mesmo para quem não se afeta tanto assim, graças a perda da impressibilidade, o anime ainda deve conseguir surpreender, especialmente aquele quarto episódio.
O recomendável é sempre assistir na ordem de lançamentos para ter uma experiência “real”, mas se isso não for um problema para você, pode valer bem a pena iniciar a série por aqui, mesmo que seja por curiosidade. O anime é bem mais do que garotinhas fofinhas, fazendo coisas fofinhas.
Code: Realize Sousei No Himegimi
Nota: 3/5
Eu estava com um certo medo de assistir isso por conta do fato de ser um harém inverso… Ainda tenho esse medo, mas até o momento o anime não mostrou nada que pudesse se tornar um problema para mim.
Você certamente não vai encontrar todas aquelas garotas, com suas diferentes personalidades e jeitos, mas a história pode fazer o mínimo para te agradar.
Existe uma boa quantidade de referências a personagens históricos, e a ausência de uma disputa romântica, acaba colaborando para dar mais foco no enredo, do que arrumar um par para a garota.
Não diria que é uma excelente opção de ação, ou coisa do tipo, mas pode valer a pena dar uma conferida no que ele tem a oferecer.
Houseki no Kuni
Nota: 3.5/5
Já tinha me surpreendido um pouco no episódio de estreia, e a medida em que a história foi caminhando, as coisas foram ficando ainda melhores. O universo do anime já era bem criativo, e com as explicações do surgimento de cada raça, ficaram ainda mais interessantes.
Lutas não parecem ser o grande foco aqui, acontecendo algumas, mas que no geral se resolvem bem rápido. Teve uma que foi bem mais elaborada, porém, normalmente, o povo da Lua acaba sendo eliminado sem grandes dificuldades, mesmo em vantagem numérica.
As personagens conseguem ter um certo nível de carisma, entregando alguns momento cômicos, e outros mais voltados para os dramas pessoais envolvendo aspectos da sua formação física.
Pode não satisfazer todos os gostos, mas certamente vale a pena conferir os três primeiros episódios.
Love Live! Sunshine!! 2nd Season
Nota: 3.25/5
Mantendo o bom e velho clima da primeira temporada, Love Live continua sendo um bom entretenimento. Eu não sou lá muito fã das músicas ou apresentações, ficando mais por conta do “Slice of Life” e das interações entre as garotas, o que me diverte bastante. Porém, até mesmo para mim, tiveram boas apresentações, mostrando coreografias e música bem mais elaboradas.
O único “contra ponto”, é que o enredo não me comprou ainda. Nunca fui com o intuito de ter um roteiro digno de Oscar, mas certamente “repetir” a fórmula da primeira temporada me pegou de surpresa. Até entendo que ajude a criar uma certa tensão sobre as capacidades delas, e todas as questões de se esforçar e ter fé no que podem fazer, mas ainda assim…
De qualquer forma, para quem acompanhou a primeira temporada, é quase uma obrigação assistir essa, para quem não teve contato com a série… Tente se arriscar na primeira, a ideia não é tão estranha quanto parece, e as Idols podem te comprar com facilidade.
Sangatsu no Lion
Nota: 4/5
Após um primeiro episódio satisfatório, Sangatsu parece estar abandonado parte daquele lado mais “maçante” do Shogi, para voltar a focar nos dramas dos personagens, e tem feito isso de forma bem intensa.
O episódio focado na Hina foi sensacional, e me deixou bem empolgado pelo que pode desenvolver em cima disso, especialmente após ver alguns dos pensamentos do Kiriyama.
Para quem gosta de drama, aliado a um bom Slice of Life, deve primeiro ir assistir a primeira temporada, porque é impossível começar daqui, mas garanto que pode valer a pena fazer isso.
Two Car
Nota: 2.75/5
Eu diria que tem sido OK… O anime consegue manter o meu interesse, mas ainda peca muito no desenvolvimento das protagonistas, que tem sido cada vez mais apagadas por conta dos arcos focados nas garotas secundárias, esses, que por sinal, são onde o anime realmente pode ser elogiado.
Os dramas são simples, onde focam em uma dupla de garotas com problemas de entrosamento, mas essa simplicidade consegue ser satisfatória.
As protagonistas tentando surgir no final como responsáveis pela solução, mas isso não convence muito, além de não refletir em quase nada no relacionamentos delas.
As corridas, que poderiam ser o foco, acabam sendo deixadas de lado, sendo que não mostraram nenhum grande campeonato, ou competição até agora.
Para quem não se incomoda muito com qualidade, ou procura roteiros elaborados, Two Car pode agradar como um clássico anime mediano que você assiste sem entender muito bem o porquê.
Animegatari
Nota: 3.75/5
Recentemente o Marco fez um vídeo falando sobre o anime, que basicamente resume tudo o que iria falar aqui.
Animegatari foi um grata surpresa, e tem se mostrado cada vez mais divertido, com inúmeras referências e piadas a indústria de animes.
O caso mais estranho que teve por aqui, fica por conta do seu início, onde pareciam ter tentando encaixar um contexto mais sobrenatural/fantasioso, com o gato falante e uma porta suspeita, mas que até agora não foi desenvolvido.
Para quem simpatizou com a ideia de Gamers na temporada passado, Animegatari funciona em um esquema parecido, só que focando no universo dos animes.
Blend S
Nota: 3/5
Aquele tipo de comédia que, mesmo não sendo excelente, você assiste sem grandes problemas. As situações envolvendo o lado sádico da protagonista conseguem ser engraçados, assim como os outros personagens, e suas versões dentro do restaurante.
Existe uma tentativa de romance aqui, que mesmo estando dentro de uma comédia, consegue funcionar no mínimo desejado. Eu não recomendaria criar expectativas em cima disso, mas as tentativas de aproximação entre o Gerente e a Maika, podem ser “engraçadinhos” para alguns.
Se estiver afim de passar o tempo, provavelmente Blend S servirá para esse propósito.
Himouto! Umaru-chan R
Nota: 3.75/5
Seguindo a fórmula básica da primeira temporada, Himouto tem tido um certo progresso em relação as amizades da Umaru, mostrando um pouco de evolução no lado Hikikomori dela (só espero que não me esfaqueiem pelas costas jogando um passado dramático em cima disso… Na verdade seria até interessante…)
No geral, a comédia se mantém no mesmo ritmo, usando as referências e o humor característico da primeira season.
Seria necessário ver a primeira temporada para entender algumas coisas da histórias, mas para quem ainda não conhece, fica a sugestão, pode ser bem divertido conhecer a série.
Imouto Sae Ireba Ii
Nota: 3.5/5
Com um início bizarro, que quase me fez dropar nos primeiros minutos, o anime conseguiu surpreender empregando um bom drama no final, como pode ver nas Impressões do Marco.
Infelizmente, após o segundo episódio, as coisas deram uma certa esfriada, deixando de lado esse aspecto mais dramático, e focando na interações dos personagens, e no prazo final do protagonista. Ainda existe as nuances ali, mas isso acabou ficando mais superficial, e não sendo muito trabalhado.
A comédia ainda não é eficiente para mim, principalmente com aquele carimbo aleatório de “Imouto” que fica aparecendo, mas situações bizarras como a da calcinha, e do beijo na irmãzinha, não aconteceram mais, o que já deixa o anime mais suportável.
Para quem ficou com traumas dos primeiros minutos, pode ser interessante ir até o terceiro episódio. Algumas ideias ali são boas, e a possibilidade de serem desenvolvidas no futuro, pode incentivar a continuidade no anime.
E com isso, se não me esqueci de nada, quase tudo foi comentado. Não acredito que vá ser uma enorme ajuda para tirar o povo da indecisão, mas pode servir como um terceiro ponto de vista.
