Mahoutsukai no Yome – Impressões Finais
Excesso de informações e ritmo lento seriam as características perfeitas para resumir Mahoutsukai, mas é óbvio que isso não chamaria de ninguém atenção para assistir. Sendo assim, definir essa obra até o final, é com certeza muito mais do que usar poucas palavras.
A história foi confortável, com altos e baixos, episódios que passaram voando e outros que arrancavam um certo sono. E concluir esse anime representa ter uma opinião 8 ou 80, ou ele passa despercebido, ou marca bastante.
Diria que esse arco em particular foi o exemplo perfeito da profundidade que a obra tem sobre dilemas pessoais, superação e autoconhecimento. E tudo isso foi bem representado ao longo dos 24 episódios.
Muitas dúvidas ficaram em aberto, seja sobre a maldição do Cartaphilus e o que está dentro de Chise. Por quanto tempo Joseph ficará de “férias”? Quais eram as reais intenções de Olhos de Brasa? O que realmente é o Elias?
Mas creio que todas elas ainda ficam em aberto por não focarem no real objetivo de toda a obra. Ela teve um foco e se manteve nele o tempo todo, talvez o ponto em que mais acertaram e erraram ao mesmo tempo.
O ritmo não permite que Mahoutsukai seja uma obra fácil de acompanhar, mas acaba sendo uma jornada por diversos questionamentos humanos. E esse é objetivo, amadurecer os personagens e contar histórias. Definindo assim as coisas ficam muito mais atrativas.
A abertura desse episódio passou por algumas mudanças, o que deu aquela típica sensação de que chegou ao final, mas ainda não superou o desastre dessa música em relação a primeira.
A resolução da história do Joseph foi intensa, mas ao mesmo tempo pareceu fácil demais. Além de, mais uma vez colocar a Chise no papel mais Overpower e ressuscitada de sempre. Tudo foi absolutamente calmo, com algumas cenas de ação, mas resolvido na base da conversa (ou na base do canto, como quiser).
Não que tenha sido 100% justo, mas indaga um certo pensamento sobre o que é certo e errado, e quem somos nós para julgar isso sem saber a situação de alguém. Pode ter soado como uma defesa, mas acredito que um dos objetivos da obra também sempre foi colocar isso em questionamento.
É errado cometer suicídio e abandonar a filha? É errado querer sem vendida e não ligar mais para a própria vida? É errado usar uma pessoa? Enganar? Assassinar? Ficar impune? Dentre todas essas situações nas quais a Chise resolveu dando tudo de si, provavelmente uma única vez pensamos sobre a situação de quem cometeu esses erros, porque fomos obrigados a pensar nisso durante a obra.
Assim, também aprendemos o quanto o autoconhecimento e as pessoas ao nosso redor podem nos ajudar, que conseguimos nos guiar sozinhos quando amadurecemos. Que é difícil entender a humanidade, mas na verdade é difícil entender nós mesmos.
Fechamos uma história dramática com um quê romântico, fazendo jus a seu título. Revimos mais uma vez todos os personagens que passaram na história, porém o mais importante nisso foi ver a Chise de noiva.
Inicialmente foi bem engraçado, mas não consegui enxergar um fechamento melhor para toda aquela enrolação da história do casamento, o que tinha definitivamente dado o pontapé inicial para a relação da Chise e do Elias.
Foi naquela simples cena que vimos que ambos cresceram, mesmo que ainda falte um enorme caminho para eles. O romance que foi explorado de forma rasa, acabou se desenvolvendo um tanto longe dos nossos olhos, mas ainda assim foi o suficiente.
Terminamos, portanto, a história de um mago e sua aprendiz, voltamos ao inicio do aprendizado e das redescobertas desses personagens. No fim, esse final não pareceu 100% um final, apenas um “até logo e vida que segue”. Dessa forma é muito mais fácil se conformar com ele. E mesmo com tantos erros, primores técnicos e lentas histórias, é possível guardar Mahoutsukai com boas memórias.
[yasr_overall_rating size=”medium”]
E você, que nota daria ao episódio?
[yasr_visitor_votes size=”medium”]
Extras