Darling in the Franxx #16 – Impressões Semanais
O texto abaixo é do redator Marcelo, enquanto o vídeo acima é do Marco. Cada um foca em aspectos diferentes, então é ideal ver/ler os dois.
Voltando do seu descanso de uma semana, Darling traz um episódio bem leve, onde o principal foco é mostrar a relação das crianças, assim como o estado em que elas ficaram após os acontecimentos da última missão.
Para quem esperava algo mais movimentado, que já levasse a algumas explicações e teorias sobre aquela mão gigante, as coisas não devem ter funcionado muito bem, por mais que o anime até tenha algumas informações, somente os segundos finais do episódio dão aquele up sobre o futuro da história, e parecem desenvolver algo.
Basicamente, esse episódio é um daqueles casos de transição, que servem para preparar o terreno para o que vai vir, assim como fechar algumas pontas que ficaram para trás depois do clímax. A conversa dos Líderes é um bom exemplo disso, e cria algumas deixas para o que vai acontecer a seguir, como a menção dos pontos de controle que eles conseguiram, assim como as estimativas de baixa que tiveram.
O clima de slice of life no esquadrão também funciona na mesma linha, e serve para mostrar como as coisas ficaram depois da volta da Zero Two para o grupo, com ela demonstrando uma boa mudança de comportamento, e agindo de forma mais amigável com o grupo.
Eu imaginei que ela fosse passar a ser mais dócil, porém, não tanto quanto esse episódio mostrou. Chega a ser até meio estranho alguns momentos onde ela interage com as outras garotas e, ao menos para mim, deu até a sensação de que aquilo era artificial demais.
Não somente isso, a situação deles ali também ajuda a expressar um pouco mais sobre o cuidado dos adultos com as crianças. O Dr. Franxx parece estar usando aquele descaso para testar algo, mas o mais interessante acaba sendo a forma como isso reflete na percepção das crianças sobre os adultos.
Darling às vezes tenta algo mais simbólico na sua narrativa, então a maneira como ele expressa a dependência das crianças como o sistema, pode ser interpretada como uma crítica a religião e coisas do tipo. Enquanto recebiam as graças do Papai, e todos os mimos, eles se mantinham fiéis, agradecendo pelo que recebiam, mas a medida em que foram sendo deixados a própria sorte, acabaram esquecendo disso, como mostra na última refeição deles, e passando a se rebelarem pela falta de atenção.
Já a parte final, onde o Hiro discursa e tudo mais, vem para fechar essa ideia sobre eles dependerem unicamente de um propósito de vida, e levantar um belo death flag, com os personagens descobrindo outras possibilidades, apenas para perder isso depois.
Mas! Se tratando de Darling, eu sou vou botar fé quando ver o caixão fechado e os personagens velando o corpo, do contrário, é apenas falação para levar tensão, e depois jogar fora, então para mim tanto faz se aquilo era para criar clima.
Para encerrar, depois de passar por todo esse momento família que o episódio tenta vender, a aparição de uma garota misteriosa, que lembra um pouco a Zero Two, surge para criar aquele suspense e levantar perguntas sobre quem é. Ela também aparece rapidamente na nova opening, e tem um aspecto bem curioso, mas por enquanto, é cedo para falar, ou considerar algo.
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E você, que nota daria ao episódio?
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Extra
Mesmo entendendo como funciona esse episódio, eu achei ele meio… Hum… Chato. A relação dos personagens durante os vinte minutos me soa tão artificial, o que chega a ser estranho até, porque Darling vinha conseguindo criar uma boa harmonia entre os personagens. A Opening e Ending deram mais o que falar do que o episódio no fim das contas.