Darling in the Franxx #19 – Explicações, finalmente! | Impressões Semanais
A análise escrita é do redator Marcelo. A análise em vídeo acima do Marco.
Deixando um pouco de lado o foco no grupo de crianças, o episódio de Darling, dessa semana, traz um compilado de informações importantes sobre o mundo do anime, explicando boa parte das duvidas em relação a formação da sociedade, e como as crianças se tornaram o que são, além de estruturar um pouco mais o que a APE é.
Logo de cara, o episódio já começa levantando um questionamento do Dr. Franxx a respeito das ações tomadas sobre a Kokoro e o Mitsuru. A resposta dos líderes, no entanto, mantém a mesma linha de raciocínio.
Eles dizem querer limpar as irregularidades para evitar problemas, mas parecem não se importar com a dificuldades e falta de apoio que essa decisão pode criar no esquadrão 13, como o próprio Dr. apontou, ou seja, para quem buscava uma explicação mais elaborada, ou uma justifica inteligente por trás da volta do casal para um grupo que conhecia seu passado, podendo assim questionar as ações dos adultos, não foi dessa vez que aconteceu e, ao menos até aqui, tudo continua na típica arrogância burra de vilões genéricos.
Por outro lado, a questão da permanência do anel surge como uma deixa para explicar como o processo de apagamento das memórias aconteceu, já que, pelo que entendi, segue um sistema diferente do usado pelo Dr. Franxx, tanto que ele não fez parte do procedimento.
Segundo os líderes, não há maneiras de reverter a situação, o que claro, não significa nada, já que tem sempre o poder do amor e amizade para fazer aquela bela mágica e acertar tudo.
Nesse caso em questão, eu não acho que seria muito inteligente usar um mecanismo desses, já que daria um tom mais maduro para obra deixar o Mitsuru e Kokoro como exemplos do sistema abusivo, do só dar um happy ending para todo mundo, fazer eles recuperarem a memória através de algum evento chave.
Deixando de lado essa questão das memórias, o episódio traz as tão esperadas explicações sobre como o mundo chegou ao ponto de depender das crianças para se defenderem.
Como o imaginado desde o início, a APE estava por trás de como as coisas aconteceram, e que o uso excessivo da nova fonte de energia acabou gerando os problemas como os Urrossauros, assim como se tornou um dos fatores para diminuição da população, causando efeitos negativos no ecossistema da Terra.
Tanto a origem do grupo, quanto a dos Urrossauros ainda se mantiveram com um tom de mistério, sem dizerem claramente quem são, ou como surgiram ali no meio dá treta, mas, obviamente, deve acontecer nos próximos episódios e concretizar melhor o que cada lado é (APE x Urrossauros).
Para complementar um pouco mais dessa questão, o episódio usa o passado do Dr. Franxx para contar os fatos, o que em si não chegou a ser um problema para mim, e me manteve entretido, mas é nítido que o background dele não é muito empolgante, ficando com o estereótipo de cientista que teve suas perdas, e “carregou” o futuro da humanidade com seus experimentos.
A tentativa de romance dele até que foi legalzinha, com a cena do jantar, e a mulher quase levantando uma placa para ele entender o que ela estava insinuando, porém, quando chega o momento da perda, isso quase não faz diferença por conta da forma rápida que acontece, e logo você entende que o objetivo ali não era desenvolver o Dr. Franxx, mas só contar a história, o que por sinal, tem algumas coisas que podem incomodar.
O primeiro, é a maneira como os flashbacks se intercalam com as cenas do presente. É legal fazer essas jogadas temporais, mas os cortes não foram lá muito bons, e a sensação de pausa na narrativa acaba chamando muita atenção, sem contar que, para um episódio carregado de informações, explicações e eventos, isso deixa uma sensação maior de que as coisas estão indo rápido demais, já que os pulos entre passado/presente sugerem que a informação foi comprimida para caber ali.
Segundo, e complementando o final do parágrafo de cima, seria a dita sensação de rush. Particularmente não é algo assustador, ou gritante, talvez para maioria isso nem chega a pesar, mas acaba se tornando meio evidente que condensaram muita coisa em vinte minutos.
Foi o anúncio de um grupo excêntrico influenciando a sociedade, revolução tecnológica, paradigma nas visões e conceitos de humanidade, prelúdio do fim do mundo, surgimento de uma ameaça, desenvolvimento de tecnologia para remediar isso e estabelecimento de um sistema para “cultivar armas”, tudo em vinte minutos, e ainda com os ditos cortes para o presente.
Até mesmo a cronologia dos eventos dentro da própria história parecem rápidos demais. Mesmo tendo a desculpa de que a fonte de magma fizeram a humanidade dar um salto gigante em desenvolvimento, ainda soa meio exagerado terem evoluído tanto em menos de um século.
Fora que, algumas questões ficaram meio jogadas ao vento, sem explicações claras, como por exemplo, o propósito dos pilotos terem que possuir órgãos reprodutores para pilotar.
Isso já tinha sido falado anteriormente no anime, mas levando em conta que os projetos dos Franxx tinham sido iniciados quando a humanidade já tinha abandonado essa função, ao menos para mim, parece meio ilógico algo depender disso apenas “porque sim”.
Por final, temos o diálogos das crianças com a APE dá o ponta pé inicial na revolta… Ou quase isso, já que acaba sendo mais um acordo, do que um motim, mas seja como for, as declarações do Hiro deixam claro que eles não tem mais qualquer admiração pelos adultos, e que pretende seguir seu próprio caminho.
Mas, em verdade, o que chama atenção na parte final é a revelação da origem da Zero Two, com o Dr. Franxx conseguindo DNA da Princesa Urrossauro para seus experimentos, o que, dependendo de como seguir, pode transformar o Dr. em um belo alvo para os fãs, por conta dos maus tratos com a waifu.
Agora é esperar pelo dia nove, e saber como será o desenrolar da história.
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E você, que nota daria ao episódio?
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Extra
O anime, de fato, justifica a necessidade de ter dois pilotos, e o motivo de terem que ser um casal “saudável”, já que ajuda a aliviar o estresse pela pilotagem através das relações intimas (sem espírito de 5º séria aqui). Isso não é novidade, e é um comportamento presente em algumas espécies de animais, onde o sexo, ou troca de carinhos, acontecem para diminuir a tensão dos indivíduos.
Agora, o que quero saber é o porquê do protótipo exigir órgãos reprodutores, justamente para uma sociedade que tinha acabado de abrir mão disso.
Isso não é natural demais? Tipo, o Papai aceitar falar com eles sobre apagar memórias, eles querem falar sobre o assunto sabendo que poderiam receber uma punição parecida…