SAO Alternative #01 a #05 – Impressões Semanais
SAO Alternative, por enquanto, vem se mostrando um spin off razoável de sua série principal com o foco em novos personagens que se demonstram até que simpáticos e carismáticos, o que é essencial para captar a afeição do público.
Para amantes de ação desenfreada, a série tem bons momentos de tensão e confrontos com animação decente que acabam entretendo e divertindo o espectador, com algumas cenas aqui e ali um pouco mais aprimoradas. Apesar de que a mesma ainda apresenta alguns problemas também recorrentes em seu precursor.
E talvez o mais visível deles, que também me incomodam e muito na história principal , seja a conveniência do roteiro em criar condições de protagonismo. As habilidades de velocidade da LLENN são deveras apelativas e muito superiores ao dos demais jogadores de GGO.
Na verdade não teria problema nenhum ela ter tais habilidades se outros jogadores também pudessem a desenvolver, mas como a história é roteirizada, parece que é uma característica única a personagem e ela tem tal capacidade porque Deus quis.
Então, compreendam que personagens pequenos realmente costumam focar mais em agilidade para ganharem mais velocidade e se especializam em serem furtivos para tirarem vantagem de sua estatura
O que por si só já dificulta que personagens maiores os atinjam com facilidade, mas sem um pouco de coerência vai parecer apenas o autor querendo torná-la roubada por ser a protagonista.
Mas ignorando este pequeno detalhe, o show consegue segurar a atenção do público com facilidade, já que a interação da garota com M e Pito é agradável e funcional a maior parte do tempo, com os dois personagens citados servindo como tutores dela no mundo online.
Além disso, a personagem apresenta algumas características interessantes como ser bem observadora e aprender com facilidade, o que não faz que ela seja apenas levada ou carregada por outros membros do seu grupo.
Ou seja um gênio brilhante, já que é uma iniciante, que não precisa do resto do elenco para nada além de serem suportes descartáveis utilizados apenas como objetos motivacionais para determinadas ações.
Contudo, o que mais me agradou na obra é retratarem algo que gosto em jogos online multiplayer cooperativos, a interação de equipe que é essencial . Por mais que você possa fazer muitas coisas sozinho, jogos como GGO forçam você ter que entrar em uma equipe, às vezes até fixa, em algum momento.
Principalmente porque com um grupo melhor estruturado e com pessoas que você já conhece o nível de suas habilidades facilita o seu próprio desempenho e o trabalho em cobrir falhas do grupo (você já conhece a pessoa, então sabe onde ela erra mais ou onde ela é mais vulnerável).
Sendo este um dos motivos da protagonista jogar. Gostei de abordarem como jogos online podem ajudar as pessoas a aprenderem a socializar, já que muitas missões ou eventos requerem uma boa comunicação com membros de sua equipe.
Muitas pessoas só retratam o meio virtual como uma fuga da realidade e não observam que o mesmo também pode ser um mecanismo para que pessoas mais retraídas se soltem com facilidade (pelo fator do anonimato) e também consigam amizades virtuais que podem acabar a ajudando com problemas de seu cotidiano, como o complexo da protagonista.
E em relação aos problemas de Lhenn com sua altura real, apesar de achar que ela dramatizou um pouco demais (também sofro com minha altura, mas não me odeio por isto),é compreensível.
Já que muitos indivíduos não gostam realmente do seu corpo ou certas características dele, o que pode ocasionar algumas barreiras psicológicas que interferem no social.
E o primeiro passo da protagonista em rumo ao desejo dela de ter um círculo de amigos é romper a muralha que ela mesmo construiu para si.
Além disso, o autor deve gostar de brincar bastante em inverter a altura ou aparência dos personagens no mundo real. Porque o esquadrão de lolis foi engraçado, mas um tanto desnecessário, acaba sendo meio forçado.
Este show também pode se tornar um tanto cansativo, já que por focar em um tipo de jogo mais estratégico, você tem a famosa explosão de texto para o leitor conseguir entender as táticas utilizadas e as mecânicas de batalha.
A direção condensa isto tentando inserir cenas mais movimentadas e algum evento durante os diálogos, mas mesmo assim, para quem queria uma ação menos expositiva, este não é seu tipo de anime.
Outro problema é se utilizarem sempre a mesma fórmula da velocidade ou sorte de outro mundo de LLENN para a personagem tirar vantagem ou vencer batalhas.
Isto pode acabar desgastando o espectador e quebrando com a surpresa já que os resultados sempre serão óbvios ou muito previsíveis.
Também é bom termos um pouco de tensão e a sensação que a protagonista não vai vencer sempre, mesmo possuindo membros experientes em seu time.
Portanto, SAO Alternative se mostra um anime de ação que consegue divertir e entreter o público, com um elenco até que funcional . No entanto, apela demais para conveniências do roteiro para a protagonista se sobressair.
O que pode desgastar um público mais exigente. Afinal, as pessoas podem usar a suspensão de descrença para se entreter, mas com o tempo acabam se cansando disso.
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E você, que nota daria ao episódio?
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