Steins;Gate 0 #05 e #06 – Impressões Semanais

Primeiramente, peço desculpa pelo atraso da postagem, mas por motivos de força maior, que incluem não tirar notas vermelhas na faculdade, tive que causar este infortúnio.

Agora, partindo para o que interessa, o novo Steins;gate está mantendo uma boa dose de tensão. O enredo consegue ser dinâmico mesmo em episódios com um foco maior em uma interação mais light entre os personagens.

Portanto, o anime está conseguindo ser um bom entretenimento. Contudo, é inegável que houve uma ligeira queda na direção nestes dois últimos episódios, que não me impactaram tanto como eu esperava.

Sendo que eu elogio bastante a produção e o roteirista por tentarem prender a atenção do público com clifhangers, desencadeando situações psicológicas mais densas, acontecimentos mais fortes ou abruptos.

Mas o uso muito constante desse artifício às vezes pode ser um tiro pela culatra, dependendo, é claro, de como você arma este momento no enredo e o executa para o seu público.

Pelos diálogos estava tão óbvio o que ocorreria, que perdeu a graça quando aconteceu XD

A exemplo, o ataque dos Rounders não conseguiu me marcar de forma tão expressiva  como uma situação idêntica na série anterior.

Isto porque já era algo quase totalmente esperado, e o emprego morno da trilha sonora não conseguiu elevar as emoções do público.

Na verdade, a OST é boa, mas apenas o emprego dela não consegue realçar os sentimentos que a cena deveria passar.

Além disso, senti que o timing para o emprego e intensificação da OST não estavam muito bons, então talvez isto tenha colaborado para falta de mais tensão.

Outro fator é a escolha por determinados ângulos e closes que podem destacar mais uma cena, ou acabar a tornando apenas razoável, ou funcional.

Reparem que a tensão psicológica desencadeada por Okabe ao ver Moeka conseguiu ser mais expressivo do que o assalto dos Rounders.

Estes closes conseguem passar mais tensão do que as cenas dos Rounders

Isto porque o storyboard conseguiu focar ângulos que ressaltaram este sentimento, e o timing com a trilha sonora estava ótimo.

Enquanto na cena deste episódio, o conjunto todo se tornou apenas funcional e não conseguiu destacar tanto a tensão.

Portanto, na minha opinião, as cenas da Kagari e do ataque, apesar de serem dois pontos-chave na narrativa, não conseguiram passar o mesmo clima e intensidade de uma cena um pouco mais simples como a citada.

Em relação a Moeka,  já que citamos ela, nesta linha estou cada vez mais crente que ela e Tennouji não serão a ameaça secundária.

Apesar da indagação dela quando Okabe falou que encontraram a possibilidade da Kagari ser suspeita, não creio que repetiriam muitas coisas da primeira série, porque não teria graça.

O que acho interessante, é que Tennouji parecia receoso e ciente que estava sendo observado, o que me faz pensar que este grupo de mercenários é totalmente diferente do que encontramos nas outras linhas temporais.

E algumas cenas construídas na narrativa dos dois episódios foram bastante funcionais para encorpar cada vez mais os mistérios na trama, como o foco ligeiro no olhar da professora Reyes no templo e a aparente perseguição a Maho.

Aquelas olhadinhas super suspeitas que te deixam com uma pulga atrás da orelha XD

O que me faz pensar que ela e Leskinen possam ser as reais ameaças, ou estarem escondendo alguma coisa em relação ao sistema Amadeus, ou a viagem no tempo.

E isto que talvez esteja desencadeando estas mudanças na linha beta que o Okabe está vivendo, mas é apenas uma suposição.

Contudo, é óbvio que estes dois personagens não seriam adicionados na narrativa se não tivessem importância significativa em eventos futuros, então estou torcendo para que as tramas se entrelacem (tanto a de Amadeus, quanto a da Terceira Guerra Mundial).

Sendo sincera, o ponto que eu mais apreciei nestes dois episódios ( e que o autor esmigalhou depois) foi o desenvolvimento dado ao Okabe, que aparentemente estava aceitando aos poucos a morte de Kurisu.

Se conformando que a pessoa que ele conheceu em seus saltos no tempo, pelo menos na linha que ele decidiu viver, não existe mais, e não poderia mudar isto.

E que a Amadeus é realmente algo totalmente diferente, assim como a Kagari, mesmo sendo parecida com a pessoa que ele amou, não é a Kurisu.

Uma pena que o autor é sádico e joga este monólogo de crescimento pessoal do personagem quase em uma lata de lixo ao desencadear a reviravolta com os Rounders.

Praticamente, quando o personagem dá um passo para sua recuperação, o roteiro dá uma rasteira para que a mente dele seja estraçalhada de novo.

Resumindo, os episódios foram bastante eficientes para apimentarem um pouco mais a trama, jogando mais peças no tabuleiro e adensando os problemas com os quais o Okabe terá que lidar.

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E você, que nota daria aos episódios?

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Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.