Darling in the Franxx #21 – Impressões Semanais
Aos poucos, por mais que de forma meio torta, Darling in the Franxx vem explicando tudo o que precisava para fechar essa questão da invasão alienígena, e os verdadeiros habitantes da Terra. Se na semana passada algumas perguntas ficaram para trás, com esse episódio, elas são justificadas, dando um “encerramento” para os acontecimentos anteriores, e criando um gancho bem curioso para a semana que vem.
Muita gente foi pega de surpresa na semana passada pelo surgimento dessa terceira raça, e uma súbita invasão alienígena, com naves caindo do céu e gerando uma bagunça no meio do tradicional confronto contra os Urrossauros.
Tentando amenizar essa sensação, o episódio dessa semana explica um pouco melhor como aconteceu a primeira invasão, e como era o planeta antes do surgimento dos VIRM.
Particularmente, depois de passar por essa fase de “Ué, terceira raça? O que que está acontecendo aqui?”, eu passei a achar um pouco mais interessante a ideia, ainda mais depois de entender melhor como tudo aconteceu.
Aquele rápido flashback sobre o ápice da civilização dos Urrossauros foi o bastante para me satisfazer, e até mesmo achar um pouco interesse o que pensaram para história.
Eu gosto quando tentam fugir do básico, criando algumas releituras para os seres humanos e coisa do tipo, então, essa ideia de que Terra nunca pertenceu a humanidade, ou melhor, que a humanidade nunca foi uma raça ali propriamente dita, fez Darling ganhar alguns pontinhos comigo.
Claro, eu ainda não aprovo a maneira como o roteiro estruturou isso e, infelizmente, isso ainda é o maior peso para me fazer dizer que achei realmente bom todo esse súbito desenvolvimento das raças, mas em uma visão menos técnica, e mais particular, esse episódio trouxe uma boa adição para mim.
Junto desse aprimoramento das explicações da semana passada, existe uma tentativa de dar um pouco mais de relevância aos Nines.
Isso, ao menos para mim, nunca foi um mistério, então não posso chamar de plot twist, ou qualquer coisa do tipo. Era meio óbvio que eles eram clones, ou no mínimo geneticamente semelhantes a Zero Two, o que não chega a causar muita surpresa em mim.
O interessante, no entanto, foi darem um pouco mais de destaque ao emocional do esquadrão. Infelizmente, eu não posso dizer que é algo totalmente elogiável, já que o grupo vinha sendo deixado em escanteio, e apenas com aquele ar de vilões que estão ali para provocar, então a empatia para simpatizar com as cenas acaba sendo fraca.
Porém, ainda achei válido tentar mostrar que, mesmo em uma situação de crise e abandono, eles ainda se mantiveram fiéis ao Papai.
Até mesmo um dos membros chegou a ser morto, o que não pesa muito, mas ao menos gera algumas cenas bem legais, como o Alpha surtando e tentando ser mais relevante para os eventos ali.
Já do lado do Hiro, foi legal terem usado o esquadrão para ir atrás deles e tentar resolver o problema com a dita bomba. Esse esquema de trabalho em equipe é uma dos pilares que Darling tenta vender, então quando funciona acaba sendo bom.
No entanto, achei meio repentino a forma como a Ikuno “pagou” pelo uso de energia.
Sim, existe um contexto, e não foi nesse episódio que adicionaram os efeitos colaterais que as crianças sofriam, mas eu ainda senti que faltou aquele timing para fazer valer a cena.
Esse esquema de “tudo ou nada” não funciona bem para mim, ou seja, vê-la dar um tiro com todo o poder, e ficar com o cabelo branco acaba sendo apenas isso, uma cena.
Me deixa interessado em saber o que vai acontecer, principalmente por estarem tentando gerar a dita tensão em batalha que vinha cobrando, mas é meio irrelevante no momento.
O discurso do Hiro também acaba indo pelo mesmo caminho… Não vou dizer que foi ruim, ou mal feito, mas não conseguiu me impactar, por não fugir das típicas linhas de motivação de herói ( esse é papel dele, então não dá para reclamar muito).
Infelizmente, mesmo não abusando tanto nesse episódio, os problemas do roteiro ainda continuam bem visíveis, principalmente nas benditas conveniências.
Hackearam a arma dos Urrossauros por sei lá quanto tempo, o Dr. Franxx criou um Strelizia 2.0 em cima disso, mas nunca suspeitaram que a porta trancada poderia abrir com o DNA da raça responsável.
Mas até aí, tudo bem, dá para jogar algumas desculpas. O negócio é que quando descobrem que daria para abrir com o DNA da 001, o Dr. Franxx decidiu revelar um braço mecânico que tinha o bendito DNA, e que ele, como um grande cientista que é, sabia que poderia funcionar para abrir a porta.
Além disso, no grande momento de crise, o anime decide brincar de Dragon Ball Z e revelar que a bomba foi feita em Namekusei, e que não explode quando o cronômetro chega em zero, e… Bem, no sexto episódio eu já reclamei bastante sobre esses “poderes milagrosos” que aparecem em situações de crise.
As cenas da Zero Two indo até o Hiro são legais, e carregadas do romance que cresceu entre os dois, mas o desenrolar dela não me agrada (pura questão de gosto). Esse tipo de coisa me tira qualquer motivação em dar importância para o que aconteceu, ou vai acontecer, já que, se iriam fazer um combo de chifres guiados pelo emocional, eu não preciso me dar ao trabalho de considera algumas coisas.
Mas, calma. Se o último parágrafo te fez pensar que eu estou hateando a cena do casal, a coisa é muito pelo contrário. De fato, eu tenho meus problemas com as ideias expostas ali, mas eu gostei bastante do clima, em especial, pelo pós-crédito.
A cena da Zero Two daquela forma me pegou muito de surpresa. É o tipo de coisa que mostra como dá para se trabalhar bem com previsibilidade, e ainda usar ela ao seu favor.
Eu não sei se dar para dizer que ela está morta, até porque, pode ser apenas um estado de coma, ou coisa do tipo, mas terem colocado aqui, faltando três episódios para o final, quebra muito as minhas expectativas, e isso de forma bem positiva.
Talvez o anime termine de forma clichê, porém, eu quero muito ver como vai ficar o enredo depois dessa cena.
Sinto que vou ser decepcionado, principalmente por achar que forçar aquela retirada, faltando tão poucos episódios, pode deixar muito corrido, mas isso é coisa do futuro.
Mantendo a exposição um pouco pesada, Darling traz outro episódio explicativo, porém, bem mais controlado. Ainda tem seus problemas, mas o gancho do final consegue marcar da maneira que deve, cobrindo essas falhas e dando um bom motivo para voltar semana que vem.
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E você, que nota daria ao episódio?
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