Isekai Maou – Impressões Finais
Primeiramente, peço desculpa aos leitores por ter parado as reviews e me ausentado do blog novamente, mas tive alguns problemas pessoais envolvendo trabalho, faculdade e a família, então tive que me afastar um pouco do Intoxianime, mas estou de volta (e espero ficar aqui por um bom tempo).
Indo ao que interessa, Maou Isekai terminou e chega aquele momento que fazemos o somatório dos pontos positivos e negativos típicos da obra. Sendo sincera, para um ecchi que o foco é apenas fanservice descompromissado, o anime e a obra conseguiu me agradar de forma considerável, conseguindo me fazer rir e me divertir.
Levando em consideração que este tipo de obra não é a que normalmente comento e me animo a ver, foi uma experiência interessante e um pouco sofrida, já que que tive que me adaptar ao tipo de publico voltado a obra.
Então não faria sentido eu reclamar de ecchi em uma obra que é focada nisso. É como reclamar que um cachorro é um cachorro, ou seja, o ecchi é um elemento em destaque na obra, e resmungar disso é desnecessário.
Primeiramente, um ponto que venho destacando bastante neste anime é que apesar de ser um isekai com ecchi genérico, ele tem enredo. Ou seja, independente de ser simples e clichê, pelo menos o autor se dá cabimento em criar sentido para a história e seus personagens.
Diferente de muitas obras isekai e ecchi que não possui um background que é trabalhado para os personagens, no qual as situações e personagens são jogados para você daquela forma e pronto, Maou , mesmo não tendo um enredo inovador e personagens super complexos, tenta desenvolver o elenco e as situações arquitetadas.
Mostrando, portanto, as motivações e problemas pessoais do sujeito da história que são os seus personagens e o mundo apresentados. Ele também não esquece estes problemas magicamente depois de solucionar uma situação problema.
Mas tenta progredir com eles no plot, pelo menos no que diz respeito ao Diablo e seus traumas internos com relacionamentos humanos. Pode ser uma tática usual, mas acaba dando alguma cor ao protagonista que não fica totalmente vazio.
O que pode desgastar é realmente o fato de já ter trocentas obras com este mesmo tipo de construção, então acaba sendo mais do mesmo para muitas pessoas, mas nem sempre o mais do mesmo é totalmente ruim, depende de como você trabalha ele.
Além disso, os diálogos internos acabam dando mais personalidade e tom ao personagem que acaba se tornando bastante simpático com suas caras e bocas. Apesar que o autor podia ter ousado mais e feito um personagem menos santo.
Ou seja, mesmo demonstrando ter atração por suas companheiras do sexo oposto, Diablo ainda é aquele cara gente boa e virjão que se sente culpado em tocar em uma mulher.
Outro ponto positivo, é que mesmo Diablo tendo derrotado todos os seus inimigos, o que já era um tanto esperado por ele ser overpower ( e a história ser clichê), o autor já deu pequenos indícios dele poder encontrar adversários mais complicados com a progressão da trama, já que o próprio Galford apresentava habilidades mais difíceis de se lidar.
Contudo, é meio broxante ver que como o autor caminhou com o problema da Rem. Ele ter transformado uma lorde demônio em uma loli super inocente e gente boa era algo que nem eu cogitava que ele ousaria fazer.
E não por ser algo inesperado, mas por ser meio óbvio. Ainda tinha esperança que ele não fosse levar para esta resolução de colocar mais um ali no harém do protagonista.
Além disso é a velha formula do “nem tudo aparenta ser o que é” e que os humanos são mais corruptos que os próprios monstros e demônios que vemos em varias obras por aí.
Neste caso, queria que ele levasse para uma resolução típica de despertar de um demônio malévolo e termos uma luta épica. Mas esta é apenas uma opinião pessoal.
Contudo, para uma obra com o típico intuito de criar um bando de adoradoras querendo agarrar o protagonista, gostei do autor esta mostrando que nem tudo acaba 100% bem no final, como no caso da morte do irmão de Shera ( que cai entre nós, mereceu ficar sem a cabeça)
Mas infelizmente, ainda é problemático você ver uma situação na qual a pessoa é praticamente humilhada, torturada e quase estuprada pelo próprio irmão, mas pede para o herói poupar a vida dele porque ser do próprio sangue.
Sinceramente, creio que alguém que passe por isto estaria querendo mais ver justiça e o cara pagar pelo o que fez. As pessoas não são sempre benevolentes e misericordiosas, elas sentem ódio e possuem desejos de vingança.
Então é complicado ver apenas o Diablo demonstrando ter tendência a este tipo de atitude e fora dele, uma personagem bem secundária.
Olha, as situações que o autor coloca não são ruins e correspondem bem a casos encontradas em um ambiente medieval no qual temos casamentos por poder, guerra e politicagem, mas ao inserir algo assim, coloque mais peso na ação de resposta dos personagens.
Outro aspecto são os personagens secundários, os que foram apresentados com mais evidencia como a cavaleira real e o paladino, possuíam um extremo potencial por serem personagens com mentes distorcidas, mas foram praticamente subaproveitados pela trama.
Sendo que um teve uma morte bem rápida, o que dificulta explorar este tipo de personagens, já que você taca eles na historia e o descarta rápido para focar apenas naqueles que farão parte do harém do protagonista.
Como uma obra de fantasia que se ambienta em um cenário como o apresentado de politicagem e corrupção, poderia se trabalhar mais os outros corpos da historia, ou seja, estes antagonistas e personagens que aparecem mesmo que pra morrer.
Agora saindo do enredo fantástico e olhando o aspecto de ecchi, a historia é bem moderada, apresentando muitas situações de fan-service gratuito, mas que tem uma boa mescla com as situações mais serias, então não acaba sendo algo tão pesado neste sentido para quem não curte ecchi com muita exposição.
Agora para quem procura algo mais hardcore, o anime é bem levinho no fanservice , sendo algo bem no aspecto de querer que você dê algumas risadas e te entregue aquele fetiche de prachê, com um pouco de ação, do que algo focado apenas no fetiche em si.
Indico este anime para pessoas que não querem algo muito sério, que gostam de ecchi ou não se incomodam com ele, assim como para pessoas que não gostam tanto de ecchi, mas curtem um isekai mais levinho, mas não tão bobinho.
Nota
Entretenimento – 7,5
Roteiro- 7
Trilha Sonora- 5
Direção- 7
Animação- 7
[yasr_overall_rating]
#Extras