Tensei Shitara Slime Datta Ken #01 e #02 – Impressões Semanais

Nota do revisor: Breno é um novo redator do blog em fase de testes. Ele vai fazer reviews de Slime e Juliet essa temporada.

Então você é um diretor de anime e chegam com a seguinte proposta para você: “então, meu caro, adapta uma obra que tem uma slime de protagonista”. Certamente, você ficaria assim (????). Porém, parece que Kikuchi Yasuhito, diretor de Tensei Shitara, não teve medo e encarou a proposta, se saindo melhor do que muitos esperavam dele.

No primeiro episódio, foi legal a exploração e a descoberta dos poderes, porém, eu não aguentaria ver mais um episódio onde não saíssemos desse mesmo ambiente. Se optassem apenas por mais uma conversa expositiva, ficaria monótono, porém, não foi o caso, mesmo que grande parte do segundo episódio tenha sido isso.

Não sei, me diz aí!

Essa caverna também nos apresentou ao dragão Veldora – engraçado, pois conheci o primeiro dragão tsundere da história. O personagem parecia ser um inimigo ou algo do tipo, entretanto, o roteiro surpreende trazendo uma relação de companheirismo entre um slime e um dragão (meio rápida até).

 

Outro quesito muito legal a se destacar na obra é a sua opening. A animação foi feita, inteiramente, pelo excelente animador Ryouma Ebata. Além das lutas, as transições de Rimuru entre slime e sua “versão humana” mostraram-se muito competentes; bom, pelo menos na abertura, afinal, ainda não vimos isso de fato no anime.

 

Engraçado mesmo foi assistir a Goblin Slayer no sábado e, na segunda-feira, se deparar com goblins como criaturas inofensivas que precisam da ajuda de uma slime para se defender (????). Sim, são obras diferentes, são visões diferentes, mas é curiosa essa coincidência de transmissão que nos leva a essa analogia. Depois do episódio 1 de GS, não consigo vê-los de outra forma.

Ó grande e poderoso ser!

A questão da aura do Rimuru exposta foi interessante. Ver que ele é um ser tão poderoso foi algo, curioso? Não sei o termo para isso, entretanto, é algo que é bom mas ruim ao mesmo tempo.

Sim, há um contrassenso na minha última frase, porém, isekais com protagonistas acima da média em questão de poder não são novidade nenhuma. Na minha opinião, chega a ser um ponto maçante, pois já sabemos que basta o protagonista chegar e tudo será resolvido… Disso vem a parte ruim, entretanto, a parte boa foi mostrar que, mesmo sendo um slime, Rimuru é acima da média graças as suas habilidades.

Em suma, o ponto negativo é o mais do mesmo – protagonista acima da média. O ponto positivo, por sua vez, é mostrar que não se deve subestimar uma obra só pelo fator “oi, eu sou um slime e sou o protagonista!”.

Se colocar ele com o Ainz em um x-1 quem leva a melhor?

Resumindo, Tensei Shitara começou surpreendendo em seu primeiro episódio, entretanto, diminuiu um pouco o ritmo em seu segundo. Espero que coisas como diálogos expositivos não sejam utilizadas com abuso, uma vez que, torna tudo muito parado. Quanto a Rimuru, diria que um desenvolvimento ideal seria uma progressão linear de seus poderes; sim, que surjam dificuldades e que não seja tudo resolvido com um estalar de dedos. (Espera, que dedos?).

A Light Novel e o Mangá estão entre os mais vendidos do Japão, por isso, espero que tal adaptação não nos traia com um desenvolvimento aquém do esperado.

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E você, que nota daria ao anime?

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Menção honrosa a esse amigo do protagonista que se livrou de todas as provas em seu PC.

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.