Tensei Shitara Slime Datta Ken – Impressões Semanais #08 e #09

Alternando a conclusão de um drama com o início de um novo arco, o anime foi bem movimentado nessas últimas duas semanas.

Seguindo os passos da mestre?!

Anteriormente, eu havia destacado o bom trabalho com a história da Shizu. Porém, uma questão que perdurava sobre mim desde quando assisti ao episódio um, era a seguinte: como o Rimuru irá adquirir a forma humana? Inconscientemente, eu suspeitava, porém, não queria acreditar que essa mimetização seria proveniente da Shizu.

Analisando friamente, a própria abertura e o encerramento já entregavam isso nas entrelinhas. Já perceberam que a opening sempre traz a Shizu sozinha? Outro detalhe que eu percebi, foi a não presença dela junto do grupo no último quadro. Já a ending traz ela solo; protagonizando a maior parte do tempo de tela.

É interessante quando há esse tipo de pista para o telespectador. Em obras de ação eu costumo não reparar tanto. Porém, em obras de comédia romântica, por exemplo, é comum a existência de aberturas que entregam o apanhado geral do enredo a você.

Em linhas gerais, a morte da Shizu, pelo menos para mim, foi impactante ao mesmo tempo que não foi. De todos os personagens que apareceram até agora, ela foi a melhor introduzida. Isso acaba gerando um certo envolvimento. Basicamente, apresenta-la; visto a infância que teve, além de todas as dificuldades, realmente me fez querer que ela tivesse um momento de alegria na vida.

Impactou em partes, mas em outras não. Resumidamente, a morte dela foi totalmente à serviço do roteiro. Posso ter deixado isso passar despercebido, porém, em nenhum momento foi mencionado algo do tipo: “se o Ifrit for separado de seu corpo, você morre”. Não que esse tenha sido o motivo, entretanto, a causa da morte dela, ao meu ver, ficou perdida.

Há duas vantagens nesse acontecimento: a nova forma do Rimuru e seu crescimento emocional. Em linhas gerais, acho que a Shizu merecia mais tempo. É uma personagem que desperta o interesse; coisa rara de se ver. O passado dela com as crianças e todo o plot envolvendo o tal lorde demônio são bem significativos. Espero que o Rimuru encontre a solução para os problemas que ela deixou sem resolver.

Falando sobre a forma humana do Slime, pessoas vinham comentando que queriam logo a versão “menininha” do protagonista. Caíram no clique bait. Obviamente, os assíduos leitores do mangá já sabiam. Foi uma surpresa positiva para mim essa questão dele ser assexuado. Afinal, não faria muito sentido ser uma garota…

É uma cilada, Bino!

A Shizu deixou um grande legado de vida para o Rimuru, porém, não obstante, também deixou alguns poderes interessantes. Realmente, dedicar alguns minutos do anime para o protagonista descobrir sobre seus poderes pode ser maçante para alguns. Entretanto, por mais que o ritmo fique mais lento, é o tipo de coisa que eu aprovo. Pelo menos há uma origem para o poder; quando o mesmo for usado.

Particularmente falando, eu odeio poderes que saem sabe se lá de onde para o personagem principal usufruir.

Depois de nove episódios, parece que a gangue toda que figura na opening se reuniu. Os ogros finalmente apareceram! A luta foi normal para mim, nada demais. Espero que estejam guardando os sakugas para arcos futuros. O embate soou muito mais psicológico; sobretudo, não deixa de ser interessante ver o Rimuru usando a “pressão” de sua presença para evitar conflitos.

Não houve um cliffhanger, porém, o assunto do próximo episódio já foi introduzido: os orcs. A curiosidade fica presa ao que aconteceu com os ogros e o tal ser que os atacou. Em suma, foram dois bons episódios. Alguns pontos negativos, como os citados, porém, em um balanço final, eu diria que os prós foram muito maiores frente aos contras.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras: 

Goblin SAFADO! Deixa o Goblin Slayer-san ficar sabendo disso…

Como sempre, o poder do Rimuru continua me surpreendendo. Mesmo sabendo que ele não é o ser mais forte desse mundo.

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.