Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl #13 – Impressões Finais

 

Chegamos ao fim da longa jornada do Sakuta e seus amigos, e em conjunto, também chegou a hora de falar com foi acompanhar essa obra, e tudo mais que envolveu essas curiosas Síndromes da Adolescência, o romance entre os protagonistas e o bom e velho drama.

Agora é esperar pelo filme.

Depois daquele final dramático da semana passada, eu queria muito ver o Sakuta sentir a perda da outra Kaede e, felizmente, o anime conseguiu fazer isso de forma eficiente, com ele se questionando e perdendo o seu ponto de apoio até chegar a um estado de desespero.

Por mais que tenha certos pontos para serem melhorados em cima do rush e da direção, deu para ficar impressionado com os momentos em que o Sakuta fica em desespero, e sentir como essa fase consegue mostrar todo o drama que a mudança da Kaede causou sobre ele, e como não era tão simples assim ficar feliz com a volta da irmã ao normal.

Isso também vale para mim, porque eu realmente senti a perda da outra personalidade, e de como parece simplesmente injusto ela sumir depois de tanto esforço.

Eu até parei para imaginar como teria sido, caso tivessem focado mais na Kaede durante o anime, porque o peso dessa separação ficaria ainda mais forte com você entendendo melhor as considerações que ela fez ao decidir se esforçar para sair de casa.

Uma pena não ter tanto tempo para esse arco.

Mas, mesmo que toda essa situação com a Kaede provoque um impacto no Sakuta, o que marca o episódio acaba sendo a volta dela, dá misteriosa Shouko.

Depois desse surgimento em um timing perfeito, acho que é bem óbvio que ela é algo criado pelo próprio Sakuta para confrontá-lo/confortá-lo sobre essa falta de capacidade que ele tem para resolver os problemas da irmã.

Aconteceu quando ela deixou de ir para escola, e voltou a aparecer agora que ele perdeu a antiga Kaede, o que faz uma ligação bem forte sobre o gatilho que leva ao aparecimento da Shouko.

Agora fica o mistério sobre quem era a garota do fundamental, e se aquela não poderia ser uma aparição inconsciente que o Sakuta fez para amenizar alguma coisa que estava sentido no momento.

A grande pergunta.

Outra coisa que achei legal, foi o leve cliffhanger que a ela fez durante a conversa entre os dois, puxando esse questão do Sakuta ter um certo ressentimento por estar ajudando as outras garotas, mas não conseguir fazer o mesmo com a irmã.

Em vista que esse seria o início do arco do possível desenvolvimento do Sakuta, levantar algo que relaciona os demais arcos acaba sendo uma jogada inteligente, principalmente por trazer um aproveitamento maior para essa atual situação em que o protagonista estava.

Ter alguém para provocar o Sakuta é interessante, já que ele normalmente tem o controle sobre a situação, então a Shouko, mesmo que brevemente, já mostra que pode ser uma boa adição para história.

Depressão bateu forte.

A única coisa que me incomodou um pouco ali, é que o bendito rush continuando sendo forte, e por mais que tenha gostado de como o surgimento da Shouko causa um reviravolta nos eventos, ele tem uma resolução muito rápida.

A cena do Sakuta na banheira conseguiu me tocar bastante, com ele chorando e sentindo o peso que a antiga Kaede tinha, assim como as falas da Shouko carregam bastante importância, mas depois dali tudo segue uma linha simples.

Ele deu uma risada meio perturbada, conversou com a Mai, foi para o hospital e acabou na sala da Futaba questionando sobre o surgimento da Shouko como se nunca tivesse problemas.

É compreensível que ele estivesse usando uma máscara para tentar parecer bem, mas tudo dentro de uma mesmo momento cria aquela sensação de que o comportamento dele não é nada natural.

A crise romântica segue um linha parecida, sem dar aquele tempo para acentuar o problema e ter uma resolução de fato acontecendo.

Para ser sincero, levou até um tempo para processar qual foi o motivo da crise. De início parecia ter relação com a Shouko ter voltado, mas depois tomou ares de que foi pelo esquecimento do aniversário da Mai, então acaba caindo naquele tipo de situação que precisava ser melhor explicada e trabalhada para levar a um compreensão melhor.

O maldito tempo…

Felizmente, isso não chega a se tornar um grande problema, e ainda dá para ficar interessado com o desenrolar das coisas, mostrando o Sakuta indo atrás da Mai para tentar resolver a situação.

As cenas dos dois abraçados também é bonita, e por mais que tenha aquela trollagem do beijo mais uma vez, a escolha de fechar o anime com um destaque para o casal é algo que acho interessante, e que funciona bem.

O problema, no entanto, é que essa questão do fechamento me leve a ter que falar sobre uma outra coisa que não me deixou muito feliz.

Foi tão longe para…

Tudo estava indo bem até ali. O drama da Kaede tinha funcionado, a surgimento da Shouko criou um desenvolvimento inesperado e promissor para o Sakuta, e a relação da Mai com ele estava prestes a ter uma nova evolução, só que tudo termina por aí mesmo.

A Shouko eu já imaginava que fossem deixar em aberto, mas eu esperava que tivessem dado um desfecho mais significativo para o problema a Kaede, e não terminar tudo justamente no que poderíamos chamar de clímax.

Não tem uma explicação mais aceitável para Síndrome da Kaede; ela, mesmo que um pouco mudada, ainda continua com problemas para ir para escola; a antiga Kaede continua como um fantasma na história, e tudo fica com aquela cara de que não teve fim.

O Sakuta ressentiu a perda da irmã? Sim, claro, mas isso não explica muita coisa, e não resolve o problema para nenhum dos lados, só cria uma situação de aceitação.

Colocar a Kaede lendo o diário, como se fosse recuperar ao menos as memórias no futuro, é  o básico do básico, o que me deixou um pouco decepcionado, já que esperava algo mais sólido para todo o problema dela, como foi nos outros arcos.

Espero que ao menos resolvam isso na DLC… Quer dizer… No filme…

É inegável que a obra tenha seus problemas, principalmente na parte final, onde o ritmo das coisas, combinado com alguns arcos mais fracos, fizeram com que desse uma decaída na qualidade, mas no geral, Seishun Buta foi uma obra bem gratificante de acompanhar, ainda mais se for na mentalidade de servir como um bom entretenimento.

Para quem gosta de obras com um foco maior nos personagens, e em certos aspectos mais introspectivos das suas personalidades, certamente vale a pena dar uma chance. Se não for seu caso, é bem provável que o romance, e a personalidade do protagonista consigam prender sua atenção.

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E você, que nota daria?

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Extra

Koga com amiguinhas, Sakuta apresentando a Mai para os pais, Futaba de boa como o outro lá… Todo mundo feliz.

Olha… Particularmente achei uma briga tão boba, para um casal que parecia ser tão maduro e aberto a diálogos…

Cicatriz para automutilação, Shouko para redenção… Vamos ver se o filme me faz errar.

“Certeza que vai rolar beijo… Ou não” ¯\_(ツ)_/¯

 

 

 

 

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.