The Promised Neverland #01 – Impressões Semanais

Não tem como falar do anime sem tocar nos momentos chaves, o que, obviamente, estragaria as surpresas de quem ainda não assistiu. Ou seja, caso você esteja aqui mais para saber se vale ou não a pena começar esse anime, sugiro assistir o episódio antes, já que vale sim, muito a pena, ou ao menos ter consciência de que o texto a seguir pode influenciar suas experiências depois.

Dito isso, e sem mais delongas, vamos ao que realmente interessa.

Vamos para a terra do nunca.

Uma das coisas que mais me agrada em Yakusoku no Neverland é a forma como o autor parece tentar o tempo todo te deixar o máximo curioso sobre o que está acontecendo no mundo da obra.

Dá para perceber isso logo pelos primeiros minutos do anime, onde você tem um grupo de crianças sendo apresentadas de forma alegre e extrovertidas, mas carregada de elementos que vão aos poucos te chamando a atenção para o que está acontecendo ali, naquele orfanato aparentemente normal.

Os números nos pescoços das crianças, os uniformes padronizados e o estranho teste em que elas são submetidas com a maior naturalidade possível, além daquela sensação de que tem alguma coisa de errado ali, vão naturalmente ganhando destaque e fazendo com que sua atenção fica foca naquilo.

São coisas como essas que fazem o enredo ir ganhando força, e te deixando curioso para saber até onde aquilo vai, e o que realmente está por trás de todas aquelas indiretas que a narrativa te dá.

Eu acho isso muito bacana, principalmente por ser feito através de  indicações mais visuais, já que deixa a história mais dinâmica de acompanhar, do que ficar ouvindo um personagem se questionando sobre os números, apenas para fazer a exposição da existência deles, por exemplo.

Dá para saber que tem algo ali, mas o que seria esse algo?

Já aproveitando para falar um pouco da ambientação do anime, acho que esse foi um dos aspectos que até então mais se beneficiaram da adaptação.

Além de uma direção que consegue pontuar bem os elementos do cenário onde devemos olhar, como o calendário marcado, e os ditos números no pescoço, a forma como o orfanato ganhou vida me deixou bem satisfeitos de acompanhar.

O mangá pode ter uma boa arte, mas essa composição que os sons e a animação criam é algo que só dá para sentir nas adaptações, e o anime conseguiu fazer isso muito bem, aproveitando aquela cena do pega-pega para criar um ambiente relaxante para as crianças, ao mesmo tempo que já da indícios das suas capacidades, e de como existe um algo a mais naquele lugar.

Um ambiente curioso por si só.

Falando nas crianças, o elenco do anime, ao menos para mim, consegue ser bem simpático, até mesmo as crianças que são mais secundárias, como a Conny, que tem uma papel importante nesse início para impressionar o espectador.

A Emma tem aquele jeito de garota energética que aparece bastante por aí, mas ao mesmo tempo tem uma personalidade mais divertida. Os dois garotos ficando naquele padrão mais reservados, mas também não soam como completos clichês do tipo, o que garante diálogos e interações divertidas de acompanhar.

A partir da semana que vem as coisas devem começar ficar ainda mais interessante, porque vai dar para ver eles em ação, então é capaz de ganharem ainda mais simpatia quando colocarem as suas ditas inteligências para funcionar.

Uma apresentação rápida, mas eficiente.

E claro, depois de tudo isso, não dá para deixar de falar sobre o bendito plot twist do final que é simplesmente… É, eu não sei o que colocar aqui, porque é algo muito bem jogado.

Mesmo que dê para ir sacando algumas coisas durante o episódio, a forma como ele é feito é algo que fica muito legal, principalmente por conseguir chocar as pessoas com as ações das criaturas.

A garotinha fofinha ter morrido, e depois ser colocada em um vidro, traz uma imagem bem pesado, e a forma como a Emma e o Norman reagem aquilo tudo cria um clima de tensão que realmente impressiona.

Novamente, mérito da direção e animação por conseguirem fazer a cena passar as devidas emoções quando necessário.

Mesmo imaginando o pior, ainda é surpreendente.

Para completar, o anime consegue finalizar em um ponto que te deixa bem ansioso pela semana que vem, com a revelação de que o orfanato nada mais é do que uma fazenda para aquelas criaturas se alimentarem, e que a “Mamãe” encontrou o coelho da Conny, obviamente, ligando os pontos que alguém esteve ali.

Aproveitando, eu gostei de como esse episódio conseguiu deixar o terreno preparado para os confrontos que vão vir.

Tanto por parte das crianças, quanto por parte da responsável pelo orfanato, já deu para ter uma ideia do que eles podem fazer, e ter uma noção das capacidades de cada um.

Já fica a sugestão de que, mesmo para crianças inteligentes, não vai ser tão simples superar a mulher.

Yakusoku no Neverland vinha sendo, literalmente, uma grande promessa da temporada, e ao menos por enquanto, essa promessa vem sendo cumprida de forma bem competente.

O anime tem a disposição uma história que ajuda bastante a deixar as coisas interessantes, então se manterem esse nível de qualidade, é capaz de tudo terminar muito bem no final.

Ansioso pela semana que vem, onde iram começar as batalhas estratégicas e o desenrolar dessa história.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

E morreu ;-;
Já dá para ficar com medo dela só por isso…
Quer ver isso na prática xD
Só para esclarecer, eu li o mangá, mas não totalmente, então tem bastante coisa que ainda não sei sobre as criaturas.
Rapaz…
… Parecem bem simpáticos.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.