Ijiranaide Nagatoro-san – A inovadora comédia romântica com uma vilã e Bulling!
Um romance inovador para variar, é como eu definiria Ijiranaide Nagatoro-san, uma comédia romântica onde uma garota perversa fica fazendo bullying com um garoto isolado e envergonhado, até que os dois acabam se apaixonando um pelo outro, gerando uma estranha relação sádica.
A história começa com a heroína notando o protagonista e começando a tirar sarro dele das mais diferentes formas. O bullying não chega a agressão física pesada, mas não é brando também, o que vai fazer o povo do politicamente ter um treco e vontade de escrever um textão querendo dizer o que pode e não pode em ficção. Eu? Adorei! Uma protagonista feminina que parece uma vilã é bem vinda para variar.
Embora a coisa comece meio agressiva, ela vai gradativamente começando a gostar do protagonista, e vice-versa. O bullying continua, mas começa a parecer mais uma espécie de preliminares ou provocação afetiva hardcore do que algo feito para machucar psicologicamente.
É justo encarar como uma versão hardcore de “Karakai Jouzu no Takagi-san” também. Mas aqui a heroína consegue ser bem mais diferentona devido a personalidade sádica e as constantes caras de psicopata que me fazem morrer de rir. Existe ecchi também, mas até o momento bem pouco e leve.
Uma introdução bem vinda foram as amigas da protagonista, o grupo das garotas “descoladas” da classe que tratam mal os excluídos. A situação fica bem interessante quando elas tomam atenção no protagonista e tentam fazer bullying com ele, só para a heroína começar a defende-lo em uma cena muito engraçada. Em suma, ela começa a enxergá-lo como uma posse pessoal, que só ela pode zuar e ter contato físico (sim, quase uma yandere).
A graça, no entanto, é a inversão. Na maioria das obras, a heroína, quer seja popular ou não, é super gente boa, e aqui ela e suas amigas são praticamente as vilãs da história interagindo com um protagonista no modelo excluído. Ele, por sinal, não tem nada de inovador, quem leva a obra nas costas é a protagonista femina, mas é compreensível que para as piadas funcionarem era necessário uma garota Alpha e um garoto Beta, e foi o que ganhamos.
Inesperadamente, ela começa a ter efeitos positivos na vida do protagonista também, o tornando mais sociável, e até o ajudando a entrar em forma (mas não sem um pouco de bullying motivacional). E claro, ele descaradamente se apaixona por ela também.
Em suma, é uma obra começou com uma ideia simples, e que poderia perder a graça rápido, mas o autor soube introduzir novos fatores e progredir a relação dos personagens o bastante ao longo dos capítulos para manter você interessado naquele romance esquisito. Quem quer uma comédia romântica diferente para variar, com certeza vale a pena dar uma chance a essa.
PS: O mangá tem apenas 4 volumes e está vendendo mais de 100k por volume, então o anime é quase garantido daqui 1 ou 2 anos. Até por ser um modelo de obra meio diferente do normal.