Tate no Yusha #09 á #11 – Impressões Semanais
Depois de uma longa jornada pelos purgatório da faculdade, retorno bravamente para vocês com as impressões da fadiga jornada do herói do escudo.
E como o esperado, o anime já esta fechando o seu primeiro arco com a apresentação do que acredito ser a primeira antagonista de fato da história, e que provavelmente apresentará uma ameaça mais real.
Porque o rei e sua filha, apesar de infernizarem a vida do Naofumi, não são realmente adversários diretos do herói.
E falando da realeza, tivemos a apresentação da segunda princesa, a Melty que, atendendo as minhas preces, além da rainha, ao que tudo indica, é igual a mãe e não possui, aparentemente, aversão e preconceito ao escudo, salvando o sangue dessa família.
O que é interessante, mas, infelizmente, ainda não tivemos explicação mais clara para toda esta perseguição ao Naofumi, além do que já foi mencionado dele ser um herói que era mais gentil com os demi-humanos. E olha que já transcorreram 11 episódios. Seria propicio a começarem a trabalhar isto.
E sobre a rainha, mesmo tendo segundos de tela, mostra que sua real preocupação são os heróis serem bem tratados e conseguirem vencer as ondas, o que de fato é sábio, porque, independente de credo e preconceitos, o que esta em jogo ali é o mundo deles.
Mas o que me chama atenção de fato é que parece que ela realmente esta presa em algum assunto delicado em outro reino que, curiosamente, pelo aspecto dos guardas, é tecnologicamente superior ao país dela. Qual assunto? Suponho que uma hora o anime deixa mais claro.
E isto seria bom até para a expansão do próprio universo, já que se temos outros países, vamos ter outros sistemas de governo, outras culturas e sociedades ali. E claramente, mais pessoinhas interessadas em se aproveitar dos heróis.
O que pode acabar dando mais pluralidade e cor ao show, não ficando preso a algo muito centrado a uma região ou cultura apenas, mas pintando um cenário fantasioso mais vasto e rico .
E falando em cultura, também vale notar que ainda não tivemos uma explanação sobre a religião e no que as pessoas daquele reino acreditam, o que sabemos é que há uma igreja controlada por um papa e que seus devotos possivelmente também tem aversão ao escudo.
Valendo observar que uma das freiras trocou maliciosamente a água benta do herói, o que não acredito que seja apenas obtenção de lucro em cima da ingenuidade alheia, e aquele sorriso do papa me passa uma sensação ruim, sério, é sorriso de bondade forçada.
Cabendo aqui um pequeno resmungo, estou apreciando consideravelmente bem a narrativa, mas ainda continuam mostrando este menosprezo ao protagonista e aos demi-humanos apenas em momentos pontuais, o que faz que as coisas fiquem muito superficiais e jogadas ao público.
Na novel, acredito que isto é construído de forma bem mais presente e a sensação, é que realmente a Raphtalia e o Naofumi são escória da escória e tratados bem apenas por N pessoas da população, e não por todos. Porque realmente, se nos atentarmos o anime dá impressão que só a princesa, o rei e os fantoches da corte (talvez da igreja também) não gostam e desprezam eles.
Enquanto a postura do Naofumi perante a Melty, achei bastante plausível, já que ele não teve experiências realmente agradáveis com o pai e a irmã dela, então não esperava outra reação dele, do que declinar qualquer coisa que ela fosse o pedir ou falar. Além do mais, querendo ou não, ela também acabou trazendo mais confusão para ele.
O que achei realmente legal de fato no episódio é que eles suavizaram o tratamento dele a ela, porque na novel e no mangá, ele foi bem mais hostil e agressivo ao descobrir que ela fazia parte da realeza. O que acaba deixando sua reação mais natural e racional do que simplesmente sair cuspindo ácido em cima da garota.
E confesso que em alguns momentos eu gosto que o personagem abra o verbo, mas neste em especifico, na minha opinião, ele ter uma ação mais contida do que extremamente hostil é mais palpável.
E falando em abrir o verbo, gostei da maturidade do protagonista de colocar seus ressentimentos de lado e tentar abrir o olho dos heróis para o fato de que novamente aquilo não era um jogo, e que precisavam trabalhar juntos ou não expulsariam a onda.
Mas novamente cai naquele problema da narrativa querer fazer que o protagonista se sobressaia sobre os outros heróis e seja o único ser pensante ali, deixando a coisa bem preto e branco, isto não me agrada. Queria pelo menos em algum momento uma atitude mais madura e racional dos outros heróis também.
Agora em relação a ação, como esperado, a staff continua bem fria. O anime é visualmente bem acabado e possui certa fluidez, mas não possui coreografias. A ação é muito seca e parada. E este é o problema de aventuras com magias, a maioria do tempo o personagem acaba muito parado.
Não porque não se possa atribuir movimento a um combate utilizando pirotecnia, mas porque realmente a maioria desses animes acaba não tendo animadores que façam um storyline mais dinâmico, aí realmente a ação se dá quase em um ponto só.
Então, me sinto meio decepcionada porque esperava que contratassem pelo menos alguns animadores mais experientes e talentosos para desenharem a ação do clímax, mas pelo visto estava sonhando demais. Só espero que o embate de semana que vem tenha um pouco mais de cortes interessantes, já que é o desfecho da primeira parte dessa temporada.
Nota do autor: 3.4/5
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