Tate no Yuusha #07 e #08|Impressões Semanais
O vídeo é impressões do Marco. O texto impressões da redatora Sirlene dos episódios 07-08.
Primeiramente, peço desculpas aos leitores por não ter postado as impressões de semana passada, dado problemas com o cabeamento de fibra na minha cidade, fiquei um tempo sem conectividade, voltando a ter internet de fato só no sábado.
Segundo, que sinceramente se tem uma coisa que sou realmente semelhante ao Marco é que não gosto muito de dragões em CG em animação 2D.
Não que o de Tate seja o pior que eu já tenha visto, mas, novamente, temos o problema de que o CG acaba destoando do 2D , por mais que você suavize, o dragão parece um objeto que esta fora de todo o ambiente.
Além de ter risco de termos alguns movimentos robóticos e não naturais na movimentação, que acabam não aparecendo aqui porque o dragão-zumbi quase não sai do lugar.
Terceiro… Naofumi, deixa de ser protagonista virjão padrão, saia do father zone e aceite logo os avanços da Raphtalia meu filho se não a coitada acaba desistindo.
Mas, parando com a brincadeira e indo pra seriedade, apesar da autora explicar que o desenvolvimento dos demi-humanos pode ser acelerado, principalmente para eles se adequarem ao nível e serem mais úteis, ainda não engulo muito bem esta paixonite da Raphtalia.
E olha que eu gosto bastante de romance e não vejo problema de uma escrava, ou aprendiz, acabar desenvolvendo sentimentos para com o seu mestre.
Contudo, em Tate isto é tudo repentino demais, muito brusco e acelerado, o que não dá tempo para pessoas como eu aceitarem aquilo como algo natural e não como autor inserindo romance porquê sim.
Então compreendam que não acho absurdo a Espada do Naofumi ter interesses por ele, mas que acho absurdo a forma em que este interesse é construído.
Basicamente, saímos do carinho e do apego que Raphtalia ganhou por Naofumi para amor em poucos episódios.
Compreendo também que ela já é praticamente uma adulta e tenha desenvolvido desejos inerentes de uma mulher, mas convenhamos, uma boa dosagem e bom senso seria bem-vindo.
E, se alguém ainda tinha duvidas das intenções da meio-guaxinin, o sétimo episódio praticamente acaba com qualquer incerteza: a garota esta caidinha nos encantos do herói do escudo.
A segunda parte foi praticamente mostrar os ciúmes e o desejo da Raphtalia em ter uma aproximação maior, e mais da atenção de Naofumi.
Já que, querendo ou não, ela acaba tendo que dividir os cuidados e afeto de seu senhor com a Filo, que acaba sendo bem inocente
A filorial vê Naofumi quase como pai, mas mesmo assim desperta incomodo na sua onee-san, porque está não tem mais tanto espaço com quem deseja por causa dela.
Mas é interessante ver que, apesar desse descontento, Raphtalia também possui um relacionamento até que saudável com a Filo, mesmo que ache a disputa das duas infantil e bobinha demais.
Não sou fã desse tipo de coisa dentro de uma obra, principalmente quando é recorrente demais, sendo que, uma vez ou outra, é até legal, mas em Tate é muito presente em toda a interação das duas, chega a ser meio excessivo.
Agora, saindo um pouco dos avanços de Raphtalia e seu desejo do protagonista se tocar que ela é realmente uma mulher e não a filha dele.
É interessante notar que o protagonista continua com sua postura de comerciante, e de querer que as pessoas não gostem dele, não sei se é um tipo de autoproteção pra não ser senti traído de novo.
Mas isto demonstra que ele ainda não superou totalmente os seus fantasmas e traumas, até porque ele novamente se deixa levar pelo escudo da ira.
E como o nome daquela série diz, aquele escudo é uma maldição, mas a peculiaridade sobre maldições é que elas podem ser desencadeadas por outra pessoa ou pela própria pessoa.
E neste caso, a maldição da ira foi algo que ele mesmo desencadeou pelo ressentimento para com o mundo.
Vale notar que a raiva ou a ira podem ser uma virtude, porque a energia dessas emoções se direcionadas são motores para grandes transformações.
Observem que a Ira com propósito gera Justiça, mas a Ira desmedida gera apenas Vingança. Justiça e vingança são duas coisas bem distintas, mesmo que muitas vezes se confundam.
Parando um paragrafo para fazer aquela publicidade intelectual marota, para compreender mais profundamente este pensamento, recomendo a Virtude da Raiva de Arun Gandhi
E no caso do oitavo episódio, o que vemos claramente é a geração de desejo de vingança ao ponto do Naofumi acabar atacando Raphtalia sem perceber.
Contudo, é tudo apenas razoável e cumpre apenas com o básico, na verdade, esta direção é bem mediana, tenta ser o mais fiel o possível ao original e não ousa modificar quase nada.
Ai que vem o problema, às vezes alguma modificações podem ser positivas, como tornar o ato um pouco mais demorado para criar uma ação e tensão maior e neste trecho não senti tanta tensão, ou emoção, como o que podia ser gerado.
Porque toda a ação se desenvolve aceleradamente, assim como os momentos mais emotivos, o que pode ser um fator para a falta de tensão real, já que não temos tempo de digerir direito os sentimentos.
E aqui também entra a importância da trilha sonora , ela, neste caso, deveria ajudar a adensar as coisas e tornar tudo mais significativo por incitar nossas reações, mas a composição é apenas razoável e não destaca tanto as emoções em tela.
O que é uma pena, porque todo o ato em questão tinha um grande potencial, mas foi subaproveitado, além disso, o sentimento de culpa do herói poderiam ter sido mais explorado, o que lamento muito.
Mas o que eu não gostei de fato foi aquelas interações na volta da Filo. A galinha é meio sem noção e as ações dela são cabíveis, mas o Naofumi não tinha necessidade de ser tsundere naquele ponto.
Além disso, mesmo que por pouco tempo, é como se ele esquecesse tudo o que aconteceu e, pior ainda, se esquecesse da situação da Raphtalia, o que considero um erro gravíssimo, já que meio-guaxinim estava em estado critico.
Com um membro de sua party todo ferrado, acho que a reação mais verossímil seria cortar o papo furado, ser mais direto, resolver logo a situação e levar o indivíduo para receber as medicinas necessárias.
No entanto, os dois episódios me agradaram de forma considerável por mostrar o quanto Naofumi esta se ligando a suas companheiras, e como eles realmente se importam uns com os outros.
Além de salientar que os outros heróis realmente não estão pensando em suas ações e tratam tudo aquilo com a maior simplicidade e frivolidade possível, não pensando em consequências.
Já que por duas vezes, o herói do escudo teve que resolver malefícios gerados por atos impensados de outros heróis.
E mesmo que o anime não tenha destacado tanto, Ren não tinha necessidade de matar aquele dragão, já que a criatura ficava na dela e não incomodava o vilarejo humano.
Então ele realmente só foi matar a criatura e sacrificou outras vidas no processo pela simples ambição de pegar o material do dragão que necessitava.
E outra coisa que o anime não mostrou, aquele dragão-zumbi estava possesso por ter sido morto por um humano e sem propósito algum.
Em suma, espero que a autora dê sentido a isto em algum momento e, através desses erros, os outros heróis em algum ponto também cresçam e amadureçam como o Naofumi.
Já que não dá pra ficar eternamente nesta mecânica do herói do escudo consertando o desastre dos outros, e apenas ele se envolver realmente com os problemas da população.
Nota do autor: 3/5
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