Tensei Shitara Slime Datta Ken #23 – Impressões Finais
Vocês já pararam para pensar no quanto as coisas são efémeras? Em um dado momento, parecia que o anime de Slime nunca chegaria ao fim, certo? Pois bem, depois de 23 episódios, cá estamos fazendo as impressões finais dessa obra que dividiu muitas opiniões.
E o último episódio trouxe soluções e um final que deixa muitas questões. Entretanto, vamos focar na solução do caso das crianças primeiro. O Rimuru mostrou o motivo de ser o protagonista e cumpriu o compromisso que ele firmou com a Shizu (que foi o grande fundo de todo o enredo dessa primeira temporada).
O primeiro a ser “salvo”, se assim podemos dizer, tratou-se do menino Gale. Ele não conseguiu invocar um espírito superior, entretanto, entrou uma sacada muito legal. Rimuru conseguiu absorver aqueles espíritos menores e convertê-los em espíritos superiores. Dessa forma, Gale ficou “protegido” por um espírito de terra.
Alice veio, subsequentemente, ao palco. Outra que não conseguiu invocar um espírito superior por conta própria. Então, Rimuru utilizou o mesmo processo. Resultando, assim, em um espírito superior com o atributo de “espaço” para a jovem Alice. Chamo à atenção para a trilha sonora do momento, sério, me senti jogando Pokémon. Uma musiquinha de vídeo-game muito nostálgica.
O Kenya, vulgo Bakugou, foi o terceiro. E eu juro que não esperava menos dele. O guri conseguiu invocar um espírito superior sem nem orar. Esse, com o atributo de luz, que, logo estabilizou a energia desse jovem “sangue quente”. Suspeito que tenha sido devido a sua personalidade forte.
Ryouta veio logo depois e recebeu de Rimuru um espírito com uma mescla de atributos. Água e vento. Agora, todas as atenções para Chloe. Primeiro ponto engraçado foi a briga dela com a Alice (no fundo) por causa de ciúmes. Afinal, a Alice deu um beijinho no rosto do sensei.
Todavia, Chloe não parou. Como já diriam os piadistas, quem tem limite é município. Chloe foi agraciada com a presença do espírito superior do tempo. Fato que preocupou bastante a Ramiris. Detalhe que bota, por tabela, todo mundo em uma curiosidade. Além disso, há o enorme interesse do Veldora na mocinha, o que nos leva a indagar ainda mais a respeito dela.
Enfim, o Rimuru cumpriu com o compromisso dele com a Shizu-san. E aí vem o maior questionamento: teremos uma segunda temporada? Primeiramente, a segunda parte do episódio foi mais naquele clima de finalização, com o Rimuru lembrando de todos os ocorridos durante o anime.
Cena bastante interessante, inclusive. Me lembrei do final de Pokémon XYZ, onde tocou a nostálgica primeira abertura da saga e mostrou um compacto de toda a jornada de Ash. Enfim, aqui, não foi diferente, uma música bastante envolvente compactuou a jornada do slime também.
Se levarmos em consideração, o final foi aberto ao passo que também foi fechado. O anime, pelo que eu soube por alto, fez sucesso. O que não inviabiliza a realização de uma segunda temporada. Há material para isso. Entretanto, o clima de “missão cumprida” ficou muito escrachado para o telespectador.
A ideia que o diretor quis passar, na minha concepção, foi de que o Rimuru cumpriu a “principal missão” dele: Shizu-san e as crianças. E hoje em dia, não existe mais aquele conceito de “Happy End”, muito pelo contrário, o que os roteiristas buscam passar hoje (isso em qualquer tipo de produção) é que a vida continua.
Makoto Shinkai é um exímio em fazer isso em seus filmes, vide 5 centimeters per second. Sobretudo, se o anime de Slime não vier a ganhar continuação, não estranhem, pois com o final que teve, a vida do Rimuru continua, decerto, porém, o objetivo foi cumprido.
Nota do autor para o episódio: 3.8/5
Rápida Review do anime
Foi uma história de altos e baixos, como eu mesmo já disse. Entretanto, é um anime que cumpriu com o seu objetivo de ser uma obra de fantasia. Se o anime de Slime fosse um time de futebol, e o diretor o treinador, eu diria que ele preferiu fazer o tipo de jogo onde as decisões mais contidas eram as preferidas.
Não que isso justifique as lutas pouco movimentadas, mas acredito que por limitações de material humano, o anime preferiu ser mais “pé no chão”. Um começo agradável, um meio muito disperso e um final compacto resumiriam bem a obra.
Apesar dos rushs, extremamente criticados pelos assíduos leitores do mangá, o roteiro se fez competente em algumas horas, entretanto, soou bastante preguiçoso em outras. Visto isso, vou seguir minha concepção de nota para animes que julgo bons.
Nota final: 7/10
Nota explicativa: rapaziada, ressalto que o episódio 24 da obra será um Gaiden, ou seja, é como se fosse uma DLC. A história principal terminou nesse.